Nova sede: Integração pode pagar R$ 100 milhões por 10 anos de aluguel
Leandro Mazzini
A assessoria do Ministério da Integração confirmou que há cláusula no contrato de aluguel da nova sede do Ministério da Integração, em Brasília, que permite a prorrogação por mais cinco anos caso interesse à pasta. Neste caso, o contrato de aluguel atual de R$ 50 milhões – como noticiou a coluna – pode dobrar.
Oficiosamente, servidores do alto escalão ligados ao ministro Fernando Bezerra (PSB) não descartam a prorrogação.
O suntuoso prédio de ferro, concreto armado e vidro foi erguido em poucos meses há dois anos. O contrato foi assinado em Outubro de 2011, mas a mudança gradativa da equipe começou após 120 dias e se finalizou há dois meses, com a chegada do ministro Bezerra.
São R$ 750 mil mensais (R$ 45 milhões em cinco anos), mais tarifas de água, luz e IPTU o que elevará o gasto para além de R$ 50 milhões.
A despeito do período de contrato, a nova sede é criticada nos bastidores do Poder em Brasília. Por três motivos: o que garante a existência da pasta numa eventual derrota eleitoral do atual governo em cinco ou dez anos. E se a mudança e o valor se justificam. O ministério deixou três andares vazios no Bloco E da Esplanada, onde funcionava, para reformá-los – há licitação em andamento. Alegou segurança dos funcionários. Mas no mesmo prédio funciona ainda o Ministério da Ciência e Tecnologia, em outros três andares.
O contrato surge num momento delicado para a pasta. Em que o ministério ainda deve repasses de verbas para combates a desastres causados por chuvas em centenas de cidades, e as obras de transposição do Rio São Francisco estão devagar, com trechos parados por decisão unilateral de empreiteiras.
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