“Menina, onde fez a sobrancelha?”, pergunta militante GLBT a Feliciano
Leandro Mazzini
Se a polêmica viesse à tona há menos um mês, certamente marchinhas de Carnaval apareceriam com a polêmico sobre o pastor Marco Feliciano, deputado pelo PSC de São Paulo e novo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
O conservador parlamentar, crítico aberto da comunidade GLBT e de seus direitos adquiridos na Justiça, tem sido alvo há duas semanas de protestos no Congresso, em especial com cartazes criativos. Um deles, na quinta-feira passada, foi flagrado por fonte da coluna: ''Menina, me diz onde fez essa sobrancelha!?'' , mostrou um militante gay.
Ontem, na Câmara, mostra a foto do colaborador da coluna Vinicius Tavares, mais protestos na escadaria do salão branco, na Chapelaria.
O PSC manteve posição e não vai tirar o deputado do cargo. Em ordem tradicional pelo regimento, de acordo com o tamanho das bancadas, os partidos têm direito a escolher um deputado e indicá-lo para a presidência de tal comissão.
A despeito da figura polêmica do pastor, dois partidos que tinham esse direito abdicaram de indicar um nome, por considerarem a comissão não importante para seus interesses. Deu no que deu: as consequências do descarte tomaram demasiado tamanho e atenção da midia a ponto de ofuscar até a votação do Orçamento.