Coluna Esplanada

Dívida de US$ 50 mil abre guerra judicial na família Scarpa

Leandro Mazzini

Anos 90. Era comum encontrar políticos de Brasília, entre ministros, ex-presidentes e até o então presidente do Uruguai, Jorge Batlle, nas festas da Família Scarpa nas suas mansões em São Paulo ou Punta del Este.

Mas o glamour passou, e agora Gilberto Bálsamo Scarpa processa o primo, o socialite Conde Francisco Scarpa Filho – o Chiquinho Scarpa – por um calote de US$ 50 mil daquela época.

No fim dos anos 90, Gilberto bancou em sua mansão em Punta Del Este festas nababescas para Chiquinho das quais participaram poderosos de Brasília, entre eles o ex-ministros, parentes do ex-presidente Collor, senadores, deputados paulistas e mandatários do Uruguai e Argentina. Assista aqui e aqui alguns vídeos das festas.

O caso tem script para um folhetim de TV. O empresário, mais recatado que Chiquinho e que já reinou no setor de fabricação de garrafas pet, diz ser credor de uma dívida de US$ 50 mil do cartão de crédito do primo ilustre, que pagou em 1995.

Gilberto vai além: desafia publicamente o primo a provar ser Conde e diz que título é figurativo e sem legitimidade, usado para ganhar fama e dinheiro.

O empresário afirma ainda que Chiquinho já prometeu a ele metade de sua fortuna. O playboy, que está na Europa, por mensagens no Facebook nega ter havido o trato com o primo.

O ex-rei da Indústria PET é descendente direto dos Scarpa. Ambos vêm do mesmo patriarca italiano. Nicola, avô de Chiquinho, fez riqueza como industrial.

Gilberto diz que o dinheiro não lhe faz falta, mas exige reconhecimento da família. Ostenta farto material que prova intimidade com Chiquinho, a quem chama de farsante. Nas redes sociais, tem postado links de vários vídeos das festas em Punta com a presença de Chiquinho.

Com Vinícius Tavares, da equipe de Brasília

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PROVOCAÇÃO

Por falar em Uruguai, o governo do país hermano vai abrir um cassino em frente à sede do Mercosul em Montevideo. Provocação ou simples coincidência, o único País da América do Sul que não permite cassinos é o Brasil, que tem o maior número de representantes no Parlamento latino.

DIREITO DE PROPRIEDADE

O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) apresentou voto em separado que impediu mudança no novo Código de Processo Civil. PT propunha realização de audiência pública prévia antes de juiz julgar reintegração de posse após invasões em terras públicas ou privadas.

ESCÁRNIO

O PL 2024/2007 que trata de perturbação em cerimônia religiosa, parado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, vai para a pauta da Comissão de Direitos Humanos. Aguarda indicação de relator por Feliciano (PSC-SP).

GARTENKRAUT  

Morreu ontem Michal Gartenkraut, ex-ministro do Planejamento. Ele atuava como consultor da Rosenberg & Associados em São Paulo.

RESPONSABILIDADE FISCAL 

A Câmara vai votar depois do recesso um projeto de lei do governo federal que trata do refinanciamento das dívidas de Estados e Municípios. Proposta rediscute Lei de Responsabilidade Fiscal e abre a porteira para “flexibilizar” despesas.

Com Vinícius Tavares, da Equipe de Brasília