Coluna Esplanada

Projeto de lei expulsa por 5 anos de estádios os titulares do Racismo F.C.

Leandro Mazzini

juiz

O ex-juiz Márcio Chagas, que abandonou a carreira após ofensas (também no RS) – árbitro também chora.

A despeito de toda a repercussão nos casos de racismo contra o jogador Tinga, do Cruzeiro, em jogo no Peru, e Daniel Alves, na Europa, as tentativas de punições a torcedores estão fracassadas. O caso envolvendo o goleiro Aranha, em partida do Santos contra o Grêmio esta semana, não é o primeiro no Rio Grande do Sul: em abril, o juiz de futebol Márcio Chagas da Silva, negro, foi ofendido por torcedores durante Esportivo x Veranópolis, em Bento Gonçalves, e ao fim do jogo encontrou bananas em seu carro. Abandonou a carreira semanas depois.

As ofensas racistas no Brasil reacendem o debate para a necessidade de punições mais rígidas. No caso mais recente o de Aranha, o jogador foi chamado de macaco por um grupo de torcedores gremistas na quinta-feira em Porto Alegre (RS). Se já estivesse aprovado e sancionado, um projeto de lei teria enquadrado com rigor a cambada.

O PL 7383-14 foi apresentado no início do ano pelo deputado federal Alceu Moreira (PMDB-RS), mas com a Copa em junho, o recesso parlamentar em julho e as campanhas eleitorais em voga, nada mais tramitou no Congresso Nacional.

O PL proíbe o autor de racismo de frequentar eventos esportivos nos estádios por cinco anos. O texto modifica o Estatuto de Defesa do Torcedor (Lei 10.671/03) e deixa sob responsabilidade dos clubes donos dos estádios o impedimento. A medida, obviamente, será paralela a medidas penais e criminais contra os ofensores, tomadas pelas vítimas.

Logo depois de apresentado, a tramitação do PL parou na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

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DUAS RODAS

Um silêncio ensurdecedor tomou o comitê de campanha e a assessoria do governador Agnelo Queiroz (PT), candidato à reeleição no DF. Como a coluna revelou, ele não declarou ao TSE a moto Harley-Davidson que o derrubou numa voltinha em casa.

CALMARIA À MESA

Na quinta-feira, o presidente do PT, Rui Falcão, almoçou com dois convidados na churrascaria Fogo de Chão em Brasília, num papo animado. Não pareciam preocupados com a ascensão de Marina Silva nas pesquisas.

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A ONDA

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Na galeria Roberto Camasmie, na Bela Cintra em SP, foi para a vitrine um quadro com pintura do rosto da presidenciável Marina Silva. Não está à venda.

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CRIME ONLINE

Em tempos modernos, a campanha presidencial só tende a aumentar a baixaria… online. Foi um blogueiro tucano quem editou o vídeo em que Lula pede votos para Marina.

UM SÓSIA?

Lula entrou com gosto na campanha ara o governo de Pernambuco e o Senado. Diz na TV que Armando Neto (PTB) é mais preparado para o governo e que para o Senado João Paulo – com quem não se dá – precisa ser eleito para defender o Estado.

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FALOU DEMAIS

Causou revolta em diplomatas a declaração do ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, há dias, ao jornal Los Tiempos de Cochabamba, da Bolívia. Disse que já há uma punição a Eduardo Saboya – embora o Itamaraty ainda não tenha se declarado sobre a sindicância do caso de fuga do senador Roger Molina.

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Gilberto, em entrevista na Bolívia, disse que já há uma punição para Saboya, antes mesmo de resultado de sindicância. Foto: bsbcapital.com

GELADEIRA 

Ainda segunda Carvalho, o processo ‘segue pendente’ no Ministério das Relações Exteriores. Ou seja, pelo visto, a ‘geladeira’ aplicada a Saboya, por ter retirado Molina de La Paz sem anunciar aos superiores, já é parte do castigo..

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RAIOS X DO DF

O IBGE apenas constatou o que o mercado já sabe há meses. A coisa está mesmo feia na economia. No maior PIB per capita do País, Brasília, o número de famílias endividadas passou de 601.241 (81,2%) em julho para 617.796 (83,4%)

DADA A LARGADA

Cerca de 8.400 atletas, entre eles 1.200 Paralímpicos, vão desembarcar no Rio até ano que vem para provas de preparo em eventos-teste dos Jogos Rio 2016.

OS 'CRIMINOSOS' DO PSC

Quando a notícia chegou à cúpula do PSC, partido que preza pelos valores da família e idoneidade dos candidatos, foi uma bomba.

Três pretendentes à Assembleia de São Paulo e Câmara dos Deputados foram barrados nos cartórios eleitorais porque tinham, juntos, 79 crimes na ficha corrida.

Mas uma investigação feita pela legenda revelou a injustiça, embora tarde. Antonio José da Silva, com 40 crimes na ficha; Maria José da Silva (20 crimes) e José Carlos de Souza (19 crimes) foram barrados. Todos inocentes, a homonímia com criminosos condenados e detentos os tirou da eleição.

Os três, com os advogados, tiveram de percorrer cartórios eleitorais e o Tribunal Eleitoral para provar a inocência, mas já era tarde.

Antônio José e Maria José queriam disputar a Assembleia, e José Carlos a Câmara Federal. Detalhe, este último é cego.