Suspeita de maracutaias derruba coligação de Agnelo no DF
Leandro Mazzini
Os eleitores do Distrito Federal enterraram o governo do PT. O governador Agnelo amargou um vexatório 3º lugar.
Pesaram no dedo, na hora do voto, as fortes suspeitas de maracutaias, em especial a de superfaturamento do Estádio Mané Garrincha. As obras da arena e entorno alcançaram incríveis R$ 2 bilhões.
O ex-secretário de Saúde Rafael Barbosa, que tentou a Câmara, também não se elegeu. É alvo do Ministério Público por tentar superfaturar aparelho fisioterápico em R$ 3,5 milhões.
Dançou o candidato ao Senado Magela, ex-secretário de Habitação. Antes da candidatura e durante a campanha, Magela prometeu a eleitores da região de Sobradinho um mega Minha Casa, Minha Vida, mas queria prédios num terreno do DF cedido há 30 anos para a Embrapa, onde hoje funciona a principal sede de pesquisas da estatal, reconhecida internacionalmente. ( Lembre aqui, nota 'Olho Grande' )
A má gestão de Agnelo atrapalhou também a candidatura de outro ex-secretário, o de Segurança, Sandro Avelar (PMDB) – delegado da PF e conceituado na região. O petista Patrício (ex-Cabo), que presidiu a Câmara Distrital, teve frustrada a eleição para a Câmara Federal, a exemplo do delegado.
CRISE NAS CONTAS
Com a derrota de Agnelo, a face oculta da situação do DF veio à tona ontem: Falta comida para servidores em 16 hospitais porque fornecedores não recebem há meses.
Há indicativos entre gabinetes do Palácio Buriti que as contas em atraso de fornecedores do governo do DF somam R$ 1,3 bilhão.
Durante a Copa, para não fazer feio para o mundo, Agnelo priorizou recursos para o evento e interrompeu o repasse para entidades de tratamentos a dependentes químicos.