Avaliação de chefe intimida servidores de ministério
Leandro Mazzini
A Portaria nº 521, de 27 de dezembro de 2012, estabelece critérios e procedimentos de avaliação para servidores e seus chefes em cada setor do Ministério das Comunicações.
Louvável, em especial por se tratar de um órgão público, não fosse o fato que tem incomodado bastante os funcionários e conota assédio moral: cada servidor que avalia seu superior no cargo deve dar uma nota e é obrigado a assinar o formulário.
Desde 2013, o processo ocorreu por duas vezes na pasta e intimida os funcionários de vários departamentos. Com receio de serem retaliados, avaliam bem, muito bem, seus chefes.
A avaliação é específica para chefes que ocupam cargos de Gratificação de Desempenho de Atividade de Cargos Específicos (GDACE), os indicados políticos.
Segundo o Ministério, foram realizados ‘dois ciclos de avaliação'. O primeiro foi sobre o período de 1º de janeiro de 2013 a 31 de agosto do mesmo ano; e o segundo de 1º de setembro de 2013 a 31 de agosto deste ano.
Os servidores – que também se autoavaliam – têm de dar aos chefes nota de 1 a 5, para conceitos ótimo, bom, regular, insatisfatório, ruim. A grande maioria das notas, claro, vão de bom a ótimo, dizem fontes da pasta.
Haverá nova avaliação em janeiro. De acordo com a assessoria, cerca de 50 servidores da pasta fazem as avaliações dos chefes. O ministério não informou quantos são os superiores e suas notas.