Renan Calheiros faz jogo de cena, mas quer reeleição em fevereiro
Leandro Mazzini
Atualização quarta, 5/11 – O senador Renan Calheiros diz que não quer mais o cargo, mas é jogo de cena.
Nos bastidores do Senado, o presidente do Congresso Nacional já articula uma recondução para o cargo em fevereiro.
O PMDB continua forte na Casa – terá em 2015 18 senadores, contra 12 do PT e 10 do PSDB – e Renan elegeu o filho governador em Alagoas. Não haveria cenário melhor para negociar com aliados
O Senado também não entra no jogo da Câmara – cada Casa é um caso, diz Renan a pemedebistas e aliados suprapartidários – e independentemente do resultado para a presidência da Câmara, o PMDB não abrirá mão do comando no Senado.
Ou seja, mesmo que o PMDB mantenha eventualmente o comando da Câmara, o PT não pode ficar de chororô para o Senado, não há trato.
Em tempo, aliado da presidente Dilma, Renan não presidiu hoje a sessão que marcou o retorno do presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) ao plenário. A missão ficou com Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). O que não quer dizer que Renan também não negocia com os tucanos a sua recondução.
Para a oposição, ainda é cedo para indicar algum nome. E vão indicar, obviamente. Mas é cedo só para eles, não para o PMDB e Renan.