Coluna Esplanada

Condução Coercitiva salva governadores da cadeia

Leandro Mazzini

Enquanto manda sem dó para a cadeia lobistas, secretários de governos, vereadores e afins, a Polícia Federal tem sido cautelosa quando as operações contra a corrupção chegam a governadores.

Eles têm sido poupados dos constrangimentos de voz de prisão e a PF tem usado o termo ‘condução coercitiva’ – quando o alvo não é detido, mas é obrigado a acompanhar os policiais para ‘prestar esclarecimentos’.

Foi assim ontem com o governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), e em maio com o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB).

A Operação Plateia, deflagrada ontem com foco em Rondônia, foi a maior da PF nos últimos anos, comemorou a corporação: 193 mandados, entre busca e prisão. Não se descarta que outras grandes autoridades – de prefeitos a governadores – sejam alvos de próximas operações.

MEMÓRIA

Silval Barbosa foi alvo da operação Ararath, em que 59 pessoas, muitas ligadas ao governo do Estado, foram alvo de investigação contra crimes financeiros e lavagem.