Advogados querem acionar CNV por citação do Brigadeiro Eduardo Gomes
Leandro Mazzini
Um grupo de advogados capitaneados por Paulo Fernando Melo, de Brasília, e entidades civis em na capital federal esboçam uma ação judicial conjunta contra a Comissão Nacional da Verdade (CNV).
Os militares (a grande maioria veladamente) e alguns historiadores estão revoltados com a inclusão do nome do Brigadeiro Eduardo Gomes na lista de torturadores da Comissão Nacional da Verdade.
Lembram que o Brigadeiro foi o líder do Tenentismo, um dos heróis do ‘18 do Forte’ (levou tiro nos testículos), fundador da Força Aérea Brasileira e também liderou o movimento democrático que derrubou a ditadura de Getúlio Vargas.
A confusão se dá porque em 1964, quando já estava na Reserva e bem ancião, o Brigadeiro foi chamado pelo presidente Castelo Branco para ministro da Aeronáutica (por pouco tempo), e aceitou o cargo. Foi para casa antes dos relatos de torturas que teriam começado em 1968, com o decreto do AI-5.
Para piorar a situação do saudoso oficial, o Brigadeiro Eduardo Gomes – que dá nome, por ex., ao Aeroporto de Manaus – não deixou herdeiros que possam defendê-lo.