Coluna Esplanada

Cunha na presidência é vitória dos conservadores e evangélicos

Leandro Mazzini

A vitória do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na eleição para presidente da Câmara dos Deputados é também uma conquista especial para a bancada evangélica e o grupo de perfil conservador na Casa.

Evangélico, Cunha foi o principal articulador em prol de projetos de lei contra a legalização do aborto e em especial até contra direitos de homossexuais.

Foi sob sua grita que o Ministério da Saúde recuou de portaria que mudou a nomenclatura dos procedimentos por aborto sob risco para gestante – o que, para juristas, abriria brecha para a legalização do aborto nos hospitais.

Cunha já prometera à bancada evangélica durante a sua campanha que trataria com cautela todos os projetos de leis, terminativos (conclusivos nas comissões) ou não, sobre temas polêmicos.

Um dos projetos que prometeu tocar pela bancada evangélica é sobre a criminalização do infanticídio indígena, tratado pela Funai como algo normal pela tradição de etnias.