Coluna Esplanada

Sem quatro diretores, ANTT agoniza na regulação

Leandro Mazzini

Na iminência de receber quatro diretores efetivos, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sofre com desorganização. A presidente Dilma segura as indicações (todas de partidos políticos) há um ano.

Enquanto isso, a ANTT faz papel figurativo. As reuniões deliberativas têm acontecido com interinos. Já houve casos de fiscais sem acompanhamento policial apanharem de motoristas armados ou furiosos nas estradas – são registrados na agência. E o órgão não conseguiu ainda organizar a licitação para as linhas de ônibus no entorno do Distrito Federal, uma das regiões mais críticas.

Não houve licitante para dois dos quatro lotes no DF, onde a bagunça reina nas rodovias. As atuais empresas de ônibus estão mergulhadas em multas, sem como pagar.

Procurada ontem, a assessoria ainda não se manifestou sobre o preenchimento das vagas.

BALA PERDIDA

A ANTT acumula polêmicas. É sob sua tutela que segue indefinido (e fora dos trilhos) o projeto do trem-bala Rio-São Paulo, que já consumiu R$ 1 bilhão em estudos.

'INVASÃO'

Em agosto, com a concessão das rodovias, 22 servidores do DNIT, órgão do Ministério dos Transportes, foram remanejados para a ANTT para atuarem como fiscais. A agência fez concurso para fiscais mas não convocou.

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