Coluna Esplanada

Após capital aberto, Caixa vai sair da jurisdição da PF

Leandro Mazzini

Foto extraída de oalvoradense.com.br

Foto extraída de oalvoradense.com.br

A Caixa vai sofrer um efeito paralelo ao financeiro e na estrutura com a iminente abertura do capital, programada pela presidente Dilma para levantar dinheiro para o Governo.

A partir do momento em que passar a ser S.A. , o banco, mesmo sob comando do governo federal, deixará o rol de instituições públicas na alçada da Polícia Federal.

Em suma, na eventualidade de assaltos, não será mais a PF quem vai investigar e a jurisdição – e não jurisprudência, como divulgado antes – passa a ser da Polícia Civil de cada Estado. A diferença é que as polícias estaduais não têm o preparo e o instituto de criminalística de ponta que os federais possuem.

Ao concretizar a operação, a Caixa passará a ser instituição de capital misto a exemplo do Banco do Brasil. O BB já não é jurisprudência da PF há muitos anos.

HIGH TECH

É a PF quem investiga até hoje assaltos a agências da Caixa. Prendeu tantos bandidos que a corja evita o banco como alvo, e a instituição teve redução drástica de ocorrências.

Em 2013, a PF matou em confronto uma quadrilha no interior do Maranhão que aterrorizava cidades do Nordeste em assalto a bancos. Após meses de investigação, os federais chegaram à quadrilha pelo exame de DNA da saliva numa guimba de cigarro deixado por um dos bandidos numa agência assaltada. Dali descobriu quem eram e passou a monitorá-los.

A PF hoje opera com equipamentos de alta tecnologia internacional. A Criminalística tem um scaner que mapeia em 3D cenários de crimes em poucos segundos.