‘Bengalada’ do Congresso já é admitida pelo Palácio
Leandro Mazzini
A 'bengalada' que vem aí, espera-se, pelos movimentos e discursos dos presidentes da Câmara e Senado, já é sentida e admitida discretamente no Palácio do Planalto.
Os ministros palacianos dão o Planalto como derrotado na 'PEC da Bengala' na Câmara, que pode ser aprovada em 2º turno semana que vem e promulgada pelo presidente do Congresso, Renan Calheiros, aumentando a aposentadoria dos ministros de cortes e tirando poder de cinco indicações da presidente Dilma apenas para o Supremo Tribunal Federal.
Na reunião com líderes no Palácio do Jaburu, o deputado Hugo Leal (RJ), vice-líder do PROS, foi o único a perguntar aos ministros presentes e ao vice-presidente Michel Temer se havia uma orientação para a base governista votar. Foi um silêncio absoluto. E não tocou-se mais no assunto.
Não há clima nem para negociação. Não bastasse o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, não dialogar com o ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, o presidente do Senado, Renan Calheiros, se afastou de fato da presidente Dilma – nem atendeu um telefonema dela há dias – e cravou que vai promulgar a PEC no mesmo dia que ela for aprovada pela Câmara.
A conferir.