Coluna Esplanada

Verborragia figadal de Ciro contra Cunha foi o precedente da vingança

Leandro Mazzini

Ciro: sua verborragia figadal contra Cunha foi o precedente para a vingança do presidente da Câmara contra o irmão. Foto: politicabahia.com.br

Ciro: Ele precedeu o irmão no ataque a Cunha, que esperou o momento para se vingar. Foto: politicabahia.com.br

Vem de longe a ira dos irmãos Gomes com o agora presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e vice-versa.

No último mandato que exerceu, o então deputado Ciro Gomes (2006-2010) atacou o peemedebista em plenário. Eduardo guardou o episódio, embora tenha o rebatido de pronto.

O episódio: Cunha arregimentou apoio para obstruir uma votação pró-governo. Irado, Ciro, aliado do presidente Lula, soltou o verbo ao microfone: disse que Cunha agia assim porque talvez não tivesse sucesso em alguma negociata com o Palácio.

Em outra ocasião, em 2010, de saída da Casa, Ciro disse numa entrevista que o PMDB é um 'ajuntamento de assaltantes', o que causou mais ira dos parlamentares da legenda.

Daí Cunha, desta vez, usar a força do cargo para se vingar. Não só convenceu os líderes a fazerem fila na tribuna para atacar o irmão dele, Cid Gomes, sobre a infeliz frase '400, 300 achacadores', como depois enviou junta médica da Casa para investigar se Cid realmente estava doente ou driblava a convocação da Câmara, diante de licença médica repentina.