Coluna Esplanada

Operação da PF cerca Canhedo (ex-Vasp) e família em Brasília

Leandro Mazzini

Dezoito mandados de busca e apreensão e onze de condução coercitiva – no qual um deles resultou em prisão – e R$ 875 milhões em dívidas com o Fisco.

Este é o saldo até agora da Operação Patriota, da Polícia Federal em Brasília, que cercou o empresário Wagner Canhedo (ex-dono da Vasp) e sua família. Seu filho, que controla o grupo de empresas, foi detido por porte ilegal de armas.

A PF deflagrou a operação para investigar indícios de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e falsidade ideológica, porque os Canhedo são suspeitos de utilizar de 'laranjas' para driblar a Receita e não pagar dívidas de suas empresas.

A operação ocorreu nas residências, escritórios da Viplan – a maior empresa de transporte coletivo do DF, de propriedade da família – e no Hotel Nacional, também de propriedade de Canhedo.

Segundo a PF, 'as investigações, iniciadas em meados de 2014, revelam que os gestores do grupo empresarial constituíam empresas de fachada, em nome de “testas de ferro”, o que possibilitava movimentar livremente os recursos que deveriam saldar suas dívidas, dentre as quais as tributárias'. Um auditor fiscal foi nomeado para intervenção nas empresas.

HISTÓRICO

Em agosto de 2013 o patriarca da família foi detido em casa, no Lago Sul de Brasília, por agentes da Polícia Civil de Santa Catarina, cumprindo mandado condenatório de 4 anos, 5 meses e 10 dias de prisão por sonegação fiscal naquele Estado. Canhedo recorre da sentença, de primeira instância, que determinou prisão no regime semiaberto à ocasião.

A sentença foi motivada por sonegação com a falência decretada da Vasp em 2008 em SC.