Caso Bolívia x Chile em Haia deixa Brasil em alerta com Evo
Leandro Mazzini
Diplomatas brasileiros estão atentos ao litígio entre Bolívia e Chile na Corte de Haia, na Holanda.
O presidente Evo Morales quer acesso ao mar e exige de volta naco de terra tomado pelo Chile no século 19, que dá acesso ao Oceano Pacífico.
Haia pode abrir um precedente perigoso se der ganho de causa à Bolívia.
Em 1899, a Revolução Acreana foi protagonizada por brasileiros residentes na região que se revoltaram contra o governo da Bolívia e tomaram à força de armas parte do território. A Bolívia cedeu e foi criado o Estado do Acre, pelo Tratado de Petrópolis em 1903.
E se Evo decide pedir de volta?, perguntam historiadores e diplomatas de plantão.
Vale lembrar que o presidente boliviano já ocupou militarmente uma refinaria da Petrobras em seu território, e a estatizou, durante o primeiro governo do amigo Luiz Inácio Lula da Silva. A petroleira foi reembolsada a preço de banana.
Hoje controlando o Legislativo e o Judiciário, Evo também tem atropelado a Constituição de seu país. Já conseguiu um terceiro mandato e acaba de ter aval para disputar um quarto. Fala abertamente em se reeleger por tempo indeterminado com respaldo da lei.