Coluna Esplanada

Cotado para vice de Aécio, Marconi é cobiçado por PP

Leandro Mazzini

Foto extraída do Jornal Opção.

Foto extraída do Jornal Opção.

O tucano Marconi Perillo recebeu propostas de pelo menos três partidos para filiação. O assédio aumentou há meses com rumores de que o governador de Goiás é o preferido de Aécio Neves para vice na eventual candidatura a presidente.

Marconi já recebeu dirigentes do PSD – o próprio Gilberto Kassab o sondou – PR e PP. Este último mexe com o brio do goiano.

Enquanto infla o PSDB local com seus mais fiéis aliados, a fim de controlar a legenda mesmo se fora dela, a estratégia de Marconi é se filiar a partido tradicionalmente aliado do PSDB para ganhar tempo de TV e reforçar alianças se for confirmado como vice na chapa.

O PP pode ser uma opção segura para Marconi com o aval do vice-governador do Rio Francisco Dornelles, tio-primo de Aécio, que avalizaria a filiação. E também com aval do senador Ciro Nogueira, presidente do partido.

Marconi, porém, tem diferenças locais a resolver se optar pelo PP. Ainda não engole o ex-governador Alcides Rodrigues, que saiu do PP estadual mas deixou aliados fortes na legenda no Estado.

Na busca por projeção nacional, após quatro mandatos de governador e um de senador, Marconi tem sido discreto nas agendas em outros Estados para não atropelar Aécio.

Para os tucanos ligados a Aécio, o governador de Goiás é potencial vice pelo recall de votos que traz e por ser um expoente político não apenas de Goiás, mas do Centro-Oeste, com bom trânsito também entre os empresários de variados setores.

Mas nem todo o cenário é um céu limpo e bonito para o bater de asas dos tucanos. Aécio andou estranhado com Marconi desde meados do ano passado, com uma aproximação do governador – estratégica para ele, por sobrevivência financeira – com a presidente Dilma.

Elogios rasgados do governador à presidente em visitas dela a Goiânia, e dele ao Planalto, acenderam o alerta no PSDB sobre as reais intenções do tucano. A aproximação se deu principalmente pela negociação da venda de parte da Celg, a central elétrica estatal, para a Eletrobrás por R$ 2 bilhões.