Coluna Esplanada

As digitais de Renan nas tentativas para barrar Temer

Leandro Mazzini

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Começou a autofagia no PMDB.

Embora ele tenha negado a tramitação, há digitais certeiras do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na ação do sexteto de senadores que pede o impeachment conjunto de Michel Temer com a presidente Dilma Rousseff – por ele ter assinado decretos de liberação de créditos sem autorização do Congresso Nacional.

Outro carimbo de Renan está em duas frentes: no discurso de colegas de que a Casa Alta não analisará o impeachment de Dilma enquanto a Câmara dos Deputados não atender a ordem do STF de instalar comissão para analisar o caso Temer; e no pedido de antecipação das eleições para presidente em outubro.

Renan e Temer não se bicam mais há anos. Entre portas, Temer o chama de ingrato, porque ajudou nas peças jurídicas que seguraram o senador em 2007 no escândalo da amante – que apeou Renan da presidência, mas segurou seu mandato.

Renan toca o impeachment a contragosto. É aliado de primeira hora da presidente Dilma e de Lula. E procrastinando o debate ele ajuda a dupla petista – além de incomodar Temer.

Fato é que Renan não engole o fato de Temer ter tomado seu lugar na chapa como vice de Dilma, aproveitando o escândalo de 2007.

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