Votos revertidos contra Cunha não foram só por pressão das ruas
Leandro Mazzini
Os dois votos revertidos contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética, que vão levá-lo à CCJ e ao plenário com alto risco de cassação, não foram motivados apenas por decisão pessoal dos deputados Tia Eron (PRB-BA) e Wladimir Costa (SD-PA) diante da esperada pressão dos eleitores.
Contam dois deputados pró-Cunha que os votos decisivos foram liberados horas antes pelos seus partidos porque o Governo Michel Temer não 'cumpriu acordos'.
Depreende-se do caso que Temer e ministros jogaram Cunha aos leões, em prol da estabilidade do Governo. Além disso, PSDB e DEM, fechados com Michel Temer, não apoiam o presidente afastado, e votarão pela cassação no plenário.
Vale lembrar que Temer já fechou aliança com Waldir Maranhão (PP-MA), o presidente interino da Casa, sucessor de Cunha, e que deve continuar no cargo mesmo sob protestos.
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