Coluna Esplanada

Texto de Dilma teve digitais de Lula – mas nem PT acredita mais

Leandro Mazzini

Antes de tornar pública a ''Mensagem aos senadores e ao povo brasileiro'', divulgada ontem, a presidente afastada Dilma Rousseff pediu a revisão e orientação do ex-presidente Lula da Silva.

O petista, que já admitiu não ser dado à leitura, achou a versão inicial muito 'técnica'. Esse foi um dos motivos do atraso de uma semana da divulgação da carta – tida como o último suspiro de Dilma.

Os ex-ministros de Dilma Jaques Wagner (Casa Civil), Mercadante (Educação), e Berzoini (Governo) foram escalados para posarem a seu lado.

Mas Dilma não convence mais, nem a Lula, nem ao PT, tampouco aos senadores com os votos já consolidados. Em reunião recente da cúpula do partido, somente Mercadante defendeu seu retorno ao Poder.

O episódio de ontem teve um efeito colateral no Congresso. Senadores aliados de Dilma não esconderam mágoas por terem sido vetados da leitura da missiva no Alvorada. Defensores mais fervorosos – como Kátia Abreu (PMDB-TO) – resmungaram que mereciam um lugar ao lado do púlpito improvisado.

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