Sem Paes na TV e experiência de Cabral, PMDB viu poder afogar no Rio
Leandro Mazzini
A cúpula do PMDB bate cabeça para entender como perdeu a segunda maior prefeitura do País, com a 'máquina na mão' no Rio de Janeiro (prefeitura e Estado) e Brasília e o sucesso da Olimpíada tendo Eduardo Paes como anfitrião.
Não foi só o 'sem-jeito' candidato Pedro Paulo Carvalho e o bordão 'bateu na mulher'.
Para caciques no Congresso, o partido e o comando da campanha erraram ao afastar do candidato o prefeito Paes – o garoto propaganda da cidade – e não consultar os mais experientes.
O ex-governador Sérgio Cabral só foi procurado nos últimos dias da campanha, quando mais nada poderia fazer.
Cabral vive um estratégico período sabático fora da política, mas foi ele quem tirou Paes do PSDB e o elegeu prefeito, e foi quem fez o sucessor Luiz Fernando Pezão no Governo.
A eleição interrompeu vitoriosa série de conquistas do marqueteiro Renato Pereira, que elegeu Cabral e Paes (duas vezes) e Pezão. Mas agora teve a mais estrondosa derrota.