Coluna Esplanada

Arquivo : 2014

Redes sociais pautam duelo dos debates na TV
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Leandro Mazzini

Nunca numa eleição o poder das redes sociais foi tão forte e decisivo para nortear o discurso dos presidenciáveis.

Dilma e Aécio vão para os debates nas emissoras de TV com o script pronto, mas são os comentários e repercussão no Twitter e Facebook, de suas falas durante o confronto, que estão norteando os rumos dos embates.

Durante os intervalos, os marqueteiros e assessores de imprensa de ambos levam para eles imagens e frases mais destacadas na internet – e o tucano e a petista decidem que rumo tomar.

Em tempo, apesar da onda Aécio crescente, o candidato não vingou no Twitter. Até este domingo pela manhã a conta oficial do candidato tucano tinha 179 mil seguidores contra 2,9 milhões da presidente Dilma.


Renan e Jucá arrecadam R$ 11 milhões para campanhas dos filhos
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Leandro Mazzini

renan

Jucá e Renan – uma dupla da pesada (na arrecadação). Foto: ABr

Caciques do PMDB e com posições importantes no Congresso Nacional, os senadores Renan Calheiros (AL), presidente da Casa, e Romero Jucá (RR), relator do Orçamento da União em 2015, mostram que estão com prestígio em alta com a executiva nacional do PMDB e grandes doadores.

Juntos, eles conseguiram arrecadar em menos de dois meses R$ 11 milhões para as campanhas de seus filhos aos governos de Alagoas e Roraima, respectivamente. Renan Filho (PMDB) a disputa, e Rodrigo Jucá é vice na chama de Chico Rodrigues (PSB) em Roraima.

Na primeira parcial divulgada para o TSE, Jucá arrecadou R$ 4,25 milhões para a coligação do filho. Só a direção nacional do PMDB passou R$ 2,25 milhões.

Entre os doadores de Jucazinho aparece a Telemont, com R$ 1 milhão. A Cosan, de Rubens Ometto, das usinas de cana e produção de etanol, doou mais R$ 1,5 milhão.

ECLÉTICO

Renan conseguiu para a campanha de seu filho R$ 6,80 milhões. O banco Safra doou R$ 300 mil; OAS, R$ 1 milhão; o Hospital 9 de julho é líder, com R$ 2 milhões.

DE CIMA

Entre os principais doadores de Renanzinho surgem Cosan e JBS, com R$ 1 milhão, cada. A direção nacional do PMDB repassou para o candidato R$ 1,6 milhão.

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SUBMERGIU..

armando ..em Pernambuco a candidatura e a campanha do líder nas pesquisas para o governo, Armando Monteiro Neto (PTB), o candidato de Dilma e Lula. Com a morte de Eduardo Campos e a grande comoção, Armando preferiu parar a campanha por sete dias para reavaliar o cenário e o discurso.

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‘POSTE’ ASCENDE?

Marqueteiros de todos os candidatos estimam que agora o ‘poste’ Paulo Câmara (PSB) pode crescer muito e ir a eventual segundo turno. As romarias permanentes à casa da viúva Renata e a perplexidade do povo nas ruas fortaleceram Câmara.

VELÓRIO ESQUENTADO

No Cemitério de Santo Amaro, onde foi sepultado Eduardo, só ouviam-se os gritos ‘Fora, Dilma, Agora é Marina!’.

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LEÃOZINHO

requiao Requião (PMDB) é um leão no Paraná, onde é candidato ao governo, e um Tchuthuca no Congresso Nacional. Explica-se: esbravejou na campanha há dias que vai fazer um pente fino nos contratos de reforma da Arena da Baixada, mas .. não assinou a CPI da CBF – FIFA proposta pelo senador Randolfe (PSOL-AP) em Brasília.

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PROVIDÊNCIA.. DO ÓDIO 

Até aliados dizem que não foi providência divina, como ela classificou, que salvou Marina da morte no avião em que estava Campos e equipe. Foi ódio mesmo. Ela não queria encontrar em Santos o deputado Márcio França (PSB-SP). Nem França a queria na frente dele. Marina e o deputado não se entendem. Marina então embarcou em voo comercial para São Paulo.

DELEGADOS 

Campos tinha reunião com a Associação dos Delegados da PF em Brasília na última sexta. Ele tinha consultoria de dois delegados para o plano de Segurança Pública.


Temer e Raupp iniciam caravana por palanques do PMDB
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Leandro Mazzini

A campanha de 2014 começou também para o PMDB, a eminência parda do Poder em Brasília.

Enquanto os holofotes estão sobre Dilma Rousseff (PT), que tentará a reeleição, e os eventuais candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), o vice-presidente Michel Temer corre pela paralela pelo seu PMDB.

Presidente licenciado do PMDB e manda-chuva de fato, Temer esboçou um roteiro para fortalecer o partido em todos os estados, e tomará a frente da discreta caravana, revela o presidente em exercício, senador Valdir Raupp (RO).

Temer e Raupp começam a percorrer as capitais e cidades-polo de cada estado semana que vem. O objetivo é garimpar potenciais nomes onde a legenda está ofuscada, fortalecer pré-candidatos aos governos e iniciar tratativas para coalizões onde houver espaço.

A meta, segundo Raupp, é fechar pelo menos 20 pré-candidaturas a governos do estado. E emenda: ‘E a ordem é composição onde houver cabeça da chapa’.

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RADAR LIGADO

Eduardo Campos (PSB) faz pesquisa diária. E coloca olheiros para verificar in loco as ações dos secretários no Recife e entorno. As orelhas fervem nas reuniões.

RALO AMAZÔNICO

A Controladoria Geral da União encontrou problemas de desvio de verba para Educação e Saúde em todos os 30 municípios do Amazonas fiscalizados, após sorteio, nos últimos anos. No Brasil, o percentual de cidades encrencadas é, em média, de 80%. A CGU deve fechar o cerco na região. Ou em breve a Polícia Federal..

FORNO MINEIRO

Se o prefeito de BH não entrar mesmo no páreo para o governo de Minas, Eduardo Campos terá problemas de encontrar candidato. Cotada, Maria Elvira Salles, do PSB Mulher, sofre restrições na cúpula nacional por ser recém-chegada ao partido. Outro nome soprado pelos socialistas é bem vindo. Trata-se do deputado Julio Delgado, que disputou a presidência da Câmara. Mas egresso de Juiz de Fora, seu nome não tem penetração no eleitorado de Belo Horizonte.

PALESTRANTE

O líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO), vai ao Espírito Santo na Quarta, palestrar sobre o Código Florestal. O público será formado por prefeitos e secretários. Será ciceroneado pelo deputado Camilo Cola (PMDB-ES).

DIRETAS DA OAB

Cumprindo promessa de campanha, o presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado, criou a Comissão Especial de Revisão do Sistema Eleitoral da Ordem. A ideia é implantar eleição direta para a presidência do Conselho Federal.

TRIBUNA & PALANQUE

Embora negue interesse no governo, o senador Pedro Taques (PDT-MT) tem reforçado as críticas às políticas locais do Mato Gross. “Pobre estado rico”, que tem 29 milhões de cabeças de gado, mas, segundo ele, fracas ações na Educação. Sobre uma pré-candidatura, Taques diz que todo dia alguém o lança. “É muito cedo para falar em candidatura. Estou preocupado com o meu mandato”, esquiva-se.


Dilma e Marina Silva disputam doações dos bancos para 2014
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Leandro Mazzini

Revela-se com a entrada de Marina Silva na corrida presidencial de 2014, contra a presidente Dilma Rousesff, uma disputa de bastidores por doações de campanha de grandes bancos privados – tradicionalmente alinhados com qualquer candidato que lhes garantir a manutenção da boa rentabilidade líquida.

Num efeito paralelo ao embate entre as senhoras, a Febraban, entidade que reúne as grandes instituições do setor, vê com cautela o governo petista desde que Dilma resolveu mexer no pote de ouro da receita trimestral dos bancões. Sem cálculos: ao forçar a redução dos juros via Caixa e Banco do Brasil numa medida popular, a petista mexeu com os brios do maior grupo de financiadores de campanhas (ao lado das empreiteiras).

Depreende-se do descerramento da cortina desses bastidores, com fatos recentes, estes movimentos: Itaú se alinha a Marina Silva. Enquanto Bradesco pode manter sua aliança com Dilma.

Assim que soube dos movimentos do tucano Aécio Neves para se aproximar dos financiadores, mês passado, a presidente Dilma apressou-se em costurar uma agenda para receber seus maiores patrocinadores de 2010: Cosan, Vale, Bradesco e Odebrecht (Leia aqui). Na campanha passada, apenas o Bradesco repassou para o comitê central petista a bagatela de R$ 1,66 milhão. Nas entrelinhas, a presidente não pediu só o compromisso do grupo com os programas federais pelo progresso do país.

Passado um mês, no último sábado, entra em cena do outro lado do palco a herdeira do Itaú como tesoureira do futuro partido de Marina Silva – a despeito de ser a única dos irmãos Setúbal sem ingerência nas atividades do grupo financeiro.

É inquestionável a admiração de Maria Alice Setúbal por Marina Silva, o engajamento em seu ideal político e a amizade entre as duas. A ponto de ser inevitável a associação da candidata que lançou a Rede Pró-Sustentabilidade com o Itaú, o maior banco privado do país, fundado por Olavo, pai de Maria Alice e conhecida como Neca.

Um: a cor da Rede é laranja, a mesma do bancão. Dois, Marina insistiu no termo Sustentabilidade; e qual o banco mais sustentável do mundo, como propala em anúncios? Três: Marina não incluiu na sua lista de doadores proibidos os bancos privados, que lucram bilhões por ano. Tampouco Dilma o fará.

A coluna procurou Maria Alice Setúbal. E ela dá sua versão: “Não tem nada a ver. Não tem dinheiro do banco na Rede”. Neca Setúbal admitiu, no entanto, que o banco de sua família “Pode ajudar, sim” Marina Silva com doação em 2014.

Pelo levantamento do blog, fica notório o interesse da instituição na presidenciável. Em 2010, o Itaú doou R$ 1 milhão para a campanha de Marina. E para o comitê nacional do PV, então partido dela, o Itaú Unibanco deu mais R$ 725 mil.

No mesmo ano, o grupo Itaú foi generoso e usou quatro CNPJs diferentes para doar para campanhas um total de R$ 36,2 milhões. Do Itaú Unibanco foram R$ 12.396.776,50 pelo CNPJ 24.130.411/0001-60; e R$ 23.6 milhões para candidatos diversos de vários partidos com o CNPJ 60.701.190/0001-04. O Itautec deu R$ 250 mil através de dois CNPJs.

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HOMEM-BALA

Deu no D.O.: O Ministério dos Transportes autorizou Bernardo Figueiredo, o chefe da Empresa de Planejamento e Logística – que só tem sete funcionários – a participar da “Brazilian Infrastructure Forum 2013”em NY e Londres. São aqueles eventos nos quais o ministro Guido Mantega (Fazenda), incumbido pela presidente Dilma, buscará investidores para PPPs em obras do governo.

LOGO ALI

A outra autoriza é a Sra. Silvana Lúcia Castro Barros. Vai a Montevidéu com tudo pago pela ANTT para evento oficial. Ela é contratada pelo Exército, que por sua vez tem convênio com a agência, que por sua vez… deixa em Brasília técnicos em regulação.

NA PAREDE

Na primeira reunião com líderes ontem, o novo presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), os encostou na parede. Quer o fim do pagamento dos 14º e 15º salários da turma, cuja tramitação parou. Só 29 dos 513 abriram mão em Janeiro.

DEMOROU 

Mal tomaram posse, Eduardo Cunha, o líder do PMDB na Câmara, e Henrique Alves estãoem colisão. Alvesprometeu ao PSD umas comissões, mas Cunha, para agradar a Garotinho (PR-RJ), neoaliado, trabalha para dar espaço ao PR. A disputa entre os caciques deu nisso: Henrique Alves vai criar três comissões, para alojar a todos, com desmembramento de Turismo e Esporte, Saúde e Assistência Social, Relações Exteriores e Defesa Nacional.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

A equipe do CQC faz pesquisa entre jornalistas para saber quem é contra a atuação da turma do humorístico no Congresso. Com certeza, só as direções do Congresso.


Tucanos já não se entendem sobre escolha
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Leandro Mazzini

O PT nada de braçada com a alta popularidade da presidente Dilma Rousseff, apesar dos entraves na economia. Já os tucanos começam a dar discretas bicadas no ninho.

Aécio Neves está numa encruzilhada. Há dois anos propalou que o PSDB precisava de prévias para escolher seu candidato ao Planalto. De um ano para cá, desconversou, e quer ser aclamado no partido. Agora é Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, quem pede as prévias. José Serra vai fazer o mesmo. E os tucanos começam a se bicar discretamente. De novo.

Aécio segue em boa relação com o governador Alckmin. Ambos querem escantear Serra para abrir caminho para 2014. Mas, tirando isso, não se afinaram para valer. Alckmin até tentou nomear Serra na Saúde, porém ele não quer.

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Dilma chama patrocinadores para 2014
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Leandro Mazzini

Roberto Stuckert Filho-PR

A disputa presidencial por 2014 já começou. Pelo menos nas finanças.

Não foi apenas para tratar do desenvolvimento do país que a presidente Dilma convidou para conversas os presidentes da Cosan, Vale, Bradesco e Odebrecht, na quinta e sexta-feira. De diferentes e lucrativos setores, eles são os maiores financiadores do PT e ela quer garantias de que manterão compromisso com sua gestão e o partido. Juntos, esses quatro grupos doaram oficialmente R$ 12,08 milhões para o PT em 2010, levantou a coluna. A agenda de Dilma tem motivo. Aécio Neves, o pré-candidato do PSDB, pediu aos economistas tucanos em Dezembro que procurem estes patrocinadores. Foi dada a largada para a disputa presidencial de 2014.

DA USINA. A Cosan, grupo usineiro, doou a bagatela de R$ 3,65 milhões para o PT nacional em 2010. Para o PSDB, repassou R$ 1,4 milhão.

DO BANCO. O Bradesco, segundo maior banco privado, repassou para os petistas R$ 1,66 milhão. Para o PSDB nacional, R$ 575 mil, e para o tucanato paulista e paranaense, R$ 750 mil.

DO CONCRETO. Maior empreiteira em atividade, a Odebrecht deu R$ 2,4 milhões para cada um, PSDB e PT nacionais. Para tucanos de Minas, estado de Aécio, foram mais R$ 200 mil.

GENEROSA. A mais generosa foi a Vale Fertilizantes. Foram R$ 2,05 milhões apenas para o PSDB mineiro. Mais R$ 1,45 milhão para o PSDB nacional e R$ 4,37 milhões para o PT.

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O plano de Eduardo Campos
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Leandro Mazzini

Em meio a especulações sobre o futuro político do governador de Pernambuco, líderes e expoentes do PSB consultados pela coluna revelam a estratégia de Eduardo Campos: se ao final do ano que vem a economia estiver balançando, ele se lança candidato a presidente em 2014. Do contrário, se alia a Dilma Rousseff – com PSB na coalizão ou propondo ser o vice dela. Fato é que na atual conjuntura político-econômica, Campos se anunciaria ao Planalto. Socialistas criticam o fraco PIB, a indústria travada apesar dos pacotes de isenções e o baixo investimento da União.

DESEMBARQUE… Independentemente do seu futuro, Campos vai se descolar do PT. ‘Ele vai desembarcar gradativamente’, avalia um deputado.

… E CHECK-OUT. O plano começou com o chega-pra-lá nos petistas na campanha municipal deste ano. O desembarque final será a entrega do Ministério da Integração.

AZUCRINA GERAL. Sinais do desprendimento: Campos deu aval para Júlio Delgado (PSB-MG) à Presidência da Câmara, e incitou o governador Cid Gomes (CE) a liderar colegas na briga dos Royalties.


Aécio e Serra marcam encontro. Alckmin não descarta candidatura
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Leandro Mazzini

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador José Serra (PSDB-SP) terão um encontro a sós depois do dia 15 de Dezembro. Vão delimitar o futuro de cada um. Aécio anunciará a decisão de se candidatar à Presidência da República em 2014. Espera que Serra confirme desejo à vaga no Senado. Mas antes, o senador mineiro vai a São Paulo semana que vem conversar com o governador Geraldo Alckmin. ‘Vamos falar disso (2014) e do futuro do partido’, diz Aécio. A aproximação é estratégia para neutralizar tentativa de Serra se reforçar no tucanato paulista.

UAI SÔ!? Aécio e Alckmin estão afinados. Mas em Julho, ao saber de declaração do paulista sobre eventual candidatura à Presidência, Aécio ligou cauteloso e o governador desconversou. Há testemunha.

PODER NO NINHO. Paralelo a esses encontros, seguem em Brasília negociações sobre o futuro presidente do PSDB. Alckmin quer o deputado Nogueira Duarte (SP). Aécio trabalha pelo senador Cássio Cunha (PB).

GANGORRA. Nada está decidido ainda sobre a candidatura de Aécio ao Planalto. Parte do PSDB considera Alckmin um potencial nome, pelo recall de 2006, e pelo PIB financiador ter base em SP.

 


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