Coluna Esplanada

Arquivo : 2016

PT e senadores encampam projeto Lula 2016
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Paulo Paim - o senador é o general no front do projeto do Barba

Paulo Paim – o senador é o general no front do projeto do Barba

Com a certeza da iminente ascensão de Michel Temer ao gabinete presidencial e o alto risco de não voltar mais ao Palácio como mandatário, o ex-presidente Lula soltou o seu projeto de Poder: a antecipação das eleições presidenciais para outubro deste ano, simultâneas às eleições para prefeitos e vereadores.

O PT já encampa o discurso, uma PEC foi apresentada no Senado e um grupo de senadores ligados a Lula, capitaneados por Paulo Paim (PT-RS), já busca apoio em entidades civis.

O escrete a favor da antecipação da eleição – o projeto Lula 2016 – diz já ter 30 senadores que avalizam a proposta. O presidente do Senado, Renan Calheiros, é um deles.

Lula não vê outra saída para manter o PT no Poder – Dilma perde o Poder agora, mas o ex-presidente quer aproveitar sua exposição e os índices nas pesquisas de popularidade para tentar voltar ao Palácio por voto popular.

Paulo Paim e João Capiberibe (PSB-AP) visitaram ontem o presidente da OAB Nacional, Cláudio Lamachia, para pedir apoio. O conselho da Ordem vai avaliar.

O projeto de Poder de Lula de voltar ao Planalto é latente entre senadores há dias. O ex-petista Walter Pinheiro, a caminho da secretaria de Educação do Governo da Bahia, é outro aliado a encampar o discurso da antecipação das eleições.

“O Congresso é corporativista. Para votar a PEC da ‘Janela’ (que permitiu a troca de partidos) foi ligeiro. A PEC das Eleições deveria ter o mesmo tratamento”.

O Blog no Twitter e no Facebook


Renan terá lista de projetos prioritários, sem interface com a Câmara
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai receber semana que vem listas de cinco projetos prioritários apresentados por cada partido. Foi um pedido dele para os líderes esta semana, e a lista conjunta vai nortear a pauta da Casa este ano.

Mas engana-se quem pensa em sintonia com a Câmara Federal. Não haverá interface com o Salão Verde. Cada Casa cuida de sua pauta, um sinal de que a relação com o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) continua distante, e desafinada, em se tratando do Palácio do Planalto como pano de fundo.

O Blog no Twitter e no Facebook


Relator se respalda na CGU para cortar R$ 10 bi do Bolsa Família
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto: Ag. Câmara

Foto: Ag. Câmara

O relator do Orçamento, deputado Ricardo Barros (PP-PR), está disposto a manter corte de R$ 10 bilhões do Bolsa Família.

Baseia a tesourada em auditorias da CGU que identificaram beneficiários irregulares: “Não há como sustentar o insustentável”, defende Barros.

O relator também questiona o silêncio da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello: “Não compareceu e não atendeu aos pedidos da comissão (de Orçamento)”.

Inconformado com a possibilidade corte no Bolsa Família, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) cruzou nesta terça (15) os corredores da Câmara acompanhado de assessores do MDS que insistiam terem enviado informações do programa ao relator-geral.

O Blog no Twitter e no Facebook

Com Walmor Parente


Deputado alerta para orçamento minguado do Exército em 2016
Comentários Comente

Leandro Mazzini

qg

O QG em Brasília

Fechado o Orçamento da União de 2016, o deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) alerta para as contas do Exército: O Governo previa R$ 490 milhões para a Força, e reduziu para R$ 330 milhões.

Essa soma, segundo o parlamentar, não cobre as despesas de custeio somadas ao pagamento de pessoal.

Não é de hoje que a caserna vem passando perrengue com o Governo. Os Orçamentos dos últimos anos vêm oscilando entre R$ 300 milhões e R$ 400 milhões. Houve casos de quartéis dispensarem soldados nos fins de semana para economizar refeições.

Integrante da Comissão de Orçamento, Izalci conseguiu recompor em R$ 60 milhões a destinação de verbas, que serão direcionados ao Sistema de Vigilância da Amazônia.

O Blog no Twitter e no Facebook


Suspense no Rio: Paes buscaria outro partido para lançar Pedro Paulo
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Pela foto, vê-se o tamanho do apadrinhamento que respalda a escolha de Paes.

Pela foto, vê-se o tamanho do apadrinhamento que respalda a escolha de Paes. Foto extraída do diariodorio.com.br

Tudo pela prefeitura, tudo por PP. Eis o lema do prefeito Eduardo Paes, em segundo mandato, disposto a encarar até grãos caciques do PMDB para lançar seu predileto à sua sucessão, o secretário de Governo e amigo de décadas Pedro Paulo Teixeira, deputado federal licenciado.

A despeito de toda a velada rejeição no partido ao nome de PP – como Pedro Paulo é conhecido entre os mais próximos – o prefeito estuda até filiar o encrencado pré-candidato em outro partido. Cogitou o PDT. Quem revela é o próprio presidente nacional da legenda, Carlos Lupi: Houve reunião há um ano entre eles, mas nunca mais tocaram no assunto desde então. O episódio ocorreu em meio a um estremecimento da relação entre Paes e o deputado estadual Jorge Picciani, manda-chuva do PMDB no Estado. Mas fizeram as pazes.

O caso indica que não está descartada a hipótese de Paes recorrer ao PDT ou a outra legenda – a imprensa carioca já especula o PSD – para filiar o amigo e lançá-lo. Se isso ocorrer, Paes peita o PMDB e acena que pode fazer campanha com a máquina municipal para seu candidato, sem precisar do atual partido. Um grande risco. Isso seria, porém, um enterro de suas pretensões também na legenda, em razão de o prefeito hoje ser um potencial nome peemedebista para ser lançado ao Governo do Rio ou à Presidência da República.

CASO DE POLÍCIA

Pedro Paulo tem sido alvo de revelações na imprensa nada animadoras, todas casos de polícia. Primeiro, surgiu um B.O. policial de agressão à ex-esposa. Depois, um registro de que teria ameaçado sumir com a filha do casal. E também ( leia aqui ), a Coluna Informe do Dia revelou que ele foi réu nos anos 90 por homicídio culposo, por atropelamento. O caso sequer foi julgado e prescreveu.

Mesmo assim, há uma grande e poderosa conjuntura de caciques a favor da escolha de Paes, vê-se pela foto acima.


Cúpula do PMDB defende coalizão, mas prepara rompimento com elegância
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses, é o porta-voz da mudança programática. Foto: ABr

Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses, é o porta-voz da mudança programática. Foto: ABr

Fundador da legenda, um dos expoentes do PMDB e maior conselheiro do vice-presidente Michel Temer, o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Wellington Moreira Franco, entregou para o senador Romero Jucá (RR) a tarefa de redigir o programa de Governo do partido para 2018 e apresentá-lo no congresso da legenda em outubro.

Embora todos neguem aos holofotes, é o pontapé para o rompimento gradativo com o PT, com elegância e sem traumas – ao contrário do perfil de Eduardo Cunha (que, aliás, está agradando a todos: o partido precisa de um pitbul sem coleira).

“Temos programação com o objetivo de realizar o sonho grande da maioria dos militantes de eleger pelo voto secreto e direto o presidente da República”, adianta Moreira Franco.

Para isso, Moreira – ex-deputado e ex-governador do Rio – lança mão dos números que sustentam o PMDB como o maior partido do Brasil. São milhares de prefeitos e vereadores, cabos-eleitorais que podem fazer a diferença em 2018. O que não ocorreu até agora, desde Orestes Quércia, porque o partido decidiu se aliar a PSDB e depois PT. Mas em 2018, garante Moreira, será diferente.

Numa radiografia inédita do PMDB, Moreira Franco descobriu que o partido é forte na ponta, nas bases, mas não sabe transferir esse poder eleitoral para o cume. Traçou estratégia para 2016 que passa pela filiação de nomes de peso nas capitais e cidades com mais de 200 mil habitantes, para candidatos a vereador e prefeito. Aposta neste grupo para reforçar uma candidatura em 2018 ao Planalto. “Isso é fundamental para consolidar o projeto”.

Não fala em potenciais candidatos. “Cada dia com sua agonia. Lançar um nome agora significa queimá-lo”. Conota, nesta tese, que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, é um balão de ensaio. Hoje Paes é candidatíssimo ao Governo do Estado.

Moreira pesquisou também a atuação do PMDB nas redes sociais, e descobriu uma atuação lastimável. Vai investir pesado na internet para as duas próximas eleições. Acredita no poder da rede que atinge todas as classes e idades.

Porém como gritar pela independência do partido em 2018 sem melindrar o vice-presidente e manda-chuva Michel Temer, aliado máximo do PT e da presidente Dilma Rousseff? A grita do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é uma válvula de escape direcionada e bem desenhada. Não que essa guerra declarada dele tenha sido planejada, mas o respeito à decisão de Cunha passa pelo “espaço democrático” que o PMDB preza e que estará no novo estatuto.

“Cunha é militante, tem muita presença no partido, tem o ponto de vista pessoal dele. A democracia interna, o direito ao debate e ao contraditório só fortalece o partido”, encerra o conselheiro do partido.


Alckmin pode apoiar Marta para a Prefeitura de SP
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Alckmin e Marta - há quem garanta que ambos já conversam no cantinho. Foto: Folha

Alckmin e Marta – há quem garanta que ambos já conversam no cantinho. Foto: Folha

O PSDB pode bater pé, gritar, mas não tem ainda um candidato forte à Prefeitura de São Paulo. Seus dois maiores expoentes estão seguros politicamente. Geraldo Alckmin segue no Governo; e José Serra, no Senado, não dá sinais de que pretende se aventurar novamente.

Por isso, neste cenário socialistas já indicam, nos bastidores, que Alckmin pode até lançar um candidato tucano (um nome novo), para disputar a Prefeitura de São Paulo ano que vem. Mas seu projeto para valer é apoiar Marta Suplicy – que está prestes a se filiar ao PSB para concorrer ao cargo – desde o primeiro turno, mesmo que veladamente.

O apoio a Marta no PSB passa pelo projeto nacional que Alckmin esboça para 2018 – quanto mais próximo do partido que lhe dá o vice no Governo, menos resistência terá numa eventual proposta de coalizão se sair candidato a presidente.

Tucanos e socialistas garantem que, mesmo que fique neutro ou apoie um candidato tucano num primeiro turno, o governador apostará toda a estrutura e militância em Marta se ela avançar num eventual segundo turno contra o esperado candidato Fernando Haddad (PT).


Kassab escala time para 2016: Índio, no Rio, e Patah, em SP na lista
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Índio da Costa - o ex-vereador e deputado está entre as prioridades do PSD. Foto: UOL

Índio da Costa – o ex-vereador e deputado está entre as prioridades do PSD. Foto: UOL

Índio da Costa, vice de José Serra na chapa presidencial em 2010, deve se lançar candidato a prefeito do Rio de Janeiro.

Atualmente o seu PSD está na base do prefeito Eduardo Paes (PMDB), mas Índio, ex-vereador e hoje deputado federal, é uma das apostas do presidente do PSD, Gilberto Kassab, na tentativa de conquistar prefeituras de capitais. Se questionado na Câmara, o deputado dribla, não diz nem sim, nem não.

Os outros na lista preliminar do PSD para disputar prefeituras são o presidente da central sindical UGT, Ricardo Path, para São Paulo; o deputado Danrley, para Porto Alegre; e o delegado Eder Mauro, para Belém, com o mote Segurança, cuja região metropolitana tornou-se uma das mais violentas do País.

Completa o escrete Kassabiano o federal Diego Andrade, que pode disputar Belo Horizonte. Com o fim do segundo mandato de Marcio Lacerda (PSB), iniciou-se uma corrida partidária local porque, por ora, não surge um nome de peso para a capital em nenhuma legenda.


Com meia bancada na mira do STF, PP terá relator do OGU 2016
Comentários Comente

Leandro Mazzini

barros

A (des)articulação do Palácio do Planalto resultou em mais uma aberração, na visão de muitos congressistas: Todo poder ao famigerado PP.

O deputado federal paranaense Ricardo Barros (PP), da terra do falecido Janene e ligado ao ex-ministro Paulo Bernardo (PT), será o relator do Orçamento para 2016. Engenheiro e empresário, Barros está no quinto mandato.

Com a corda no pescoço em metade da bancada na Câmara, por suspeitas fortes de envolvimento no caso do Petrolão, pelo visto o PP continua em alta cotação junto aos ministros palacianos.

 


< Anterior | Voltar à página inicial | Próximo>