Coluna Esplanada

Arquivo : 2018

Cotado para vice de Aécio, Marconi é cobiçado por PP
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Leandro Mazzini

Foto extraída do Jornal Opção.

Foto extraída do Jornal Opção.

O tucano Marconi Perillo recebeu propostas de pelo menos três partidos para filiação. O assédio aumentou há meses com rumores de que o governador de Goiás é o preferido de Aécio Neves para vice na eventual candidatura a presidente.

Marconi já recebeu dirigentes do PSD – o próprio Gilberto Kassab o sondou – PR e PP. Este último mexe com o brio do goiano.

Enquanto infla o PSDB local com seus mais fiéis aliados, a fim de controlar a legenda mesmo se fora dela, a estratégia de Marconi é se filiar a partido tradicionalmente aliado do PSDB para ganhar tempo de TV e reforçar alianças se for confirmado como vice na chapa.

O PP pode ser uma opção segura para Marconi com o aval do vice-governador do Rio Francisco Dornelles, tio-primo de Aécio, que avalizaria a filiação. E também com aval do senador Ciro Nogueira, presidente do partido.

Marconi, porém, tem diferenças locais a resolver se optar pelo PP. Ainda não engole o ex-governador Alcides Rodrigues, que saiu do PP estadual mas deixou aliados fortes na legenda no Estado.

Na busca por projeção nacional, após quatro mandatos de governador e um de senador, Marconi tem sido discreto nas agendas em outros Estados para não atropelar Aécio.

Para os tucanos ligados a Aécio, o governador de Goiás é potencial vice pelo recall de votos que traz e por ser um expoente político não apenas de Goiás, mas do Centro-Oeste, com bom trânsito também entre os empresários de variados setores.

Mas nem todo o cenário é um céu limpo e bonito para o bater de asas dos tucanos. Aécio andou estranhado com Marconi desde meados do ano passado, com uma aproximação do governador – estratégica para ele, por sobrevivência financeira – com a presidente Dilma.

Elogios rasgados do governador à presidente em visitas dela a Goiânia, e dele ao Planalto, acenderam o alerta no PSDB sobre as reais intenções do tucano. A aproximação se deu principalmente pela negociação da venda de parte da Celg, a central elétrica estatal, para a Eletrobrás por R$ 2 bilhões.


Ciro e Marina iniciam a corrida por 2018
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Leandro Mazzini

ciroemarina

As prévias do pleito municipal estão longe, 2017 nem desponta no calendário das tratativas do Poder pelo Planalto, mas dois pré-candidatos para a próxima eleição presidencial não querem perder tempo.

Ciro Gomes, agora no PDT, e Marina Silva, enfim com sua Rede Sustentabilidade criada, põem os pés na estrada neste mês.

A direção do PDT descobriu que antes de lançar Ciro Gomes candidato a presidente deve trabalhar duro para neutralizar resistências internas a seu nome. A fama de Ciro e do irmão Cid Gomes em confusões no PPS, PSB e PROS precede a dupla.

Ciro entrou no PDT com a garantia de Carlos Lupi de que terá a legenda para disputar o Planalto. O roteiro começa nesta semana. Ele será homenageado em Campo Grande (MS) e Cuiabá (MT). Semana que vem passa por Teresina (PI) e até fim do mês visita Campinas (SP). Ex-ministro de Lula e Dilma, Lupi será o anfitrião nas viagens.

Em novembro, Ciro aposta no Rio. Visitará diretórios do PDT na capital, Baixada e Norte fluminense.

Com a Rede criada, Marina Silva reiniciará gradativamente a reabertura das “Casas de Marina” Brasil adentro – obviamente comitês “disfarçados” para driblar a lei eleitoral. Legalmente, tem o respaldo para promover diálogos com setores da sociedade, sem conteúdos de cunho eleitoral.

Já o senador evangélico Magno Malta (PR-ES) corre com a criação do Partido da Valorização da Vida. Embora negue sair do PR, seu projeto é se lançar pelo Vida como o candidato dos cristãos ao Planalto.

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Jair Bolsonaro disputará prefeitura do Rio pelo PSC
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Leandro Mazzini

Bolsonaro - Tratativas avançadas com pastor Everaldo. Foto extraída do midiamax.com.br

Bolsonaro – Tratativas avançadas com pastor Everaldo. Foto extraída do midiamax.com.br

O polêmico deputado federal Jair Bolsonaro (PP) já tratou com Pastor Everaldo, presidente do partido, e vai se filiar ao PSC em breve.

Bolsonaro vai disputar a prefeitura do Rio de Janeiro e será o candidato da legenda ao Planalto em 2018.

Pesquisas nas mãos do PSC indicam que há potencial de ascensão nas urnas para um candidato conservador e de direita no País. O pleito do Rio será um teste para Bolsonaro.

O deputado parece já estar em pré-campanha. Passou o fim de semana em Belém, na festa do Círio de Nazaré, segundo sua assessoria.

Bolsonaro não vai esperar a “janela” de meados de 2016, sancionada na lei da reforma política, para trocar de partido. Sua defesa vai alegar que o PP, enrolado no Petrolão, fugiu aos preceitos da ética do estatuto. Assim o partido não poderá exigir seu mandato.

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Jantar no Rio vai selar PMDB na oposição e lançar Paes ao Planalto
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Leandro Mazzini

Paes: o anfitrião tomou a iniciativa de provocar o grito de independência. Foto: ABr

Paes: o anfitrião tomou a iniciativa de provocar o grito de independência. Foto: ABr

O PMDB não quer e não vai esperar o fim do Governo para desembarcar. Aproveitará a má fase do aliado PT e já pretende demarcar território com vistas à eleição presidencial daqui a três anos.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), convidou as bancadas do partido na Câmara e Senado para um jantar e passeio pelas obras da administração.

No jantar na Gávea Pequena, na próxima quinta (9), a turma vai saudá-lo como potencial candidato ao Planalto. Na sexta, a ‘press-trip’ peemedebista visita as obras do Porto Maravilha – a maior obra no Brasil do…PAC, financiado pela gestão do PT, iniciado no governo Lula e tocado pela gestão Dilma Rousseff.

O comboio de deputados e senadores também passará pela Vila Olímpica de Deodoro (Zona Oeste) e pelo Parque Olímpico em construção na Barra.

Embora Paes seja saudado como presidenciável, o movimento é mais partidário do que pessoal. Na verdade, o prefeito é candidatíssimo ao Governo do Estado.

Os entusiastas do projeto de independência do partido em relação ao PT e do pré-lançamento de Paes formam um poderoso trio da capital, dois deles com projeções em Brasília: A ideia, com o consentimento do prefeito, partiu dos Picciani – Jorge, o pai, presidente da Assembleia Legislativa; e Leonardo, o líder do PMDB na Câmara dos Deputados. E com o aval do presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

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BALANÇO 

Mas o partido não está unido. Dos 72 deputados federais eleitos – 67 em exercício e cinco licenciados – alguns poucos ainda votam com o Governo e são fiéis ao Planalto. Caso, por exemplo, de Darcísio Perondi (PMDB-RS), que fez coro com o PT contra a redução da maioridade penal.

Entre os 17 senadores, pelo menos três são declaradamente apoiadores da presidente Dilma, mas nem tanto alinhados como no primeiro governo: Edison Lobão (MA), Eunício Oliveira (CE) e Roberto Requião (PR).


Alckmin surpreende PSDB com estratégia para 2018
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Leandro Mazzini

Governador de SP agrega partidos que antes caminhavam com Aécio. Foto: ABr

Governador de SP agrega partidos que antes caminhavam com Aécio. Foto: ABr

Os aliados de Aécio Neves, presidente do PSDB, estão surpresos com a desenvoltura de articulação do governador Geraldo Alckmin, e indicam que o paulista quer forçar o PSDB a escolher entre ele e o senador mineiro na candidatura presidencial de 2018.

Numa engenharia administrativa envolvendo o Palácio dos Bandeirantes, Alckmin articulou no início do ano a composição do seu secretariado no Governo de forma que ‘promoveu’ à Câmara dos Deputados os suplentes José Penna (PV) e Roberto Freire (PPS), ambos presidentes nacionais de seus partidos.

O governador paulista ainda conta com o PSB de São Paulo na aliança e na gestão, com o vice Márcio França. E hoje tem o apoio incondicional do senador e ex-governador José Serra – outro tucano que, agora em destaque menor, também está no páreo.

Para o PSDB, a estratégia de Alckmin passa a ficar mais clara. O paulista está somando tempo de TV para apresentar à mesa da executiva em 2018. Já conta com PPS e PV.

Enquanto isso, mineiramente Aécio mantém o controle do partido: é o presidente, detém apoio da grande maioria dos delegados e tem o Senado como vitrine. Mas o quadro pode mudar internamente no PSDB com a convenção deste ano, na qual Alckmin tentará emplacar quadros seus na Executiva.

A despeito do cenário de rivalidade, aecistas e alckmistas o consideram natural, avisam que não há racha no partido e que as movimentações de ambos os presidenciáveis são positivas para marcar território eleitoral e mostrar que o PSDB, embora muito cedo, já vislumbra resultados nas eleições presidenciais.


Plano B para 2018: Kassab negocia entrada do tucano Marconi no PSD
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Leandro Mazzini

Foto extraída do jornalopcao.com.br

Foto extraída do jornalopcao.com.br

Ao passo que patrocina a recriação do PL, o ministro das Cidades e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, sonha com o governador de Goiás, Marconi Perillo, na legenda para lançá-lo a presidente em 2018 – em caso de a parceria atual desandar com o PT.

Pragmático, o tucano no quarto mandato de governador, avalia cenários com cautela. Kassab passou por Goiânia três vezes nos últimos dois meses para conversar com Marconi, e ambos se falam ao telefone, otimistas, pelo menos duas vezes por semana.

Mas o governador não descarta a filiação ao PSD no início de 2018. Após ser tratado com desdém pelo senador Aécio Neves e levar um gelo do PSDB diante das citações na CPI do Cachoeira, Marconi se sentiu desprestigiado, e discretamente tem reclamado do tratamento do partido para o Estado importante no cenário político-econômico do País.

Para o PSD a importância é puramente eleitoral e empresarial, a despeito da figura do governador goiano. Uma vez de malas prontas para o PSD, Marconi levaria consigo um séquito fiel de mandatários e militantes, e o portfólio de financiadores de campanhas no Centro-Oeste.

Não é segredo em Goiás que, após o Senado e o Palácio das Esmeraldas, Marconi quer alçar voo nacional. Mas no PSDB não tem espaço para seu projeto. É o sexto na fila.

Mesmo que eventualmente Aécio Neves não se lance ao Planalto daqui a três anos, a ordem no escrete tucano para a candidatura é: Geraldo Alckmin, José Serra, Tasso Jereissati, Beto Richa e Marconi.

POTE DE OURO

A tarefa de ressuscitar o PL está com Cleovan Siqueira, que manteve o registro do finado PL em cartório de Goiás, e agora se uniu a Kassab no projeto junto ao Tribunal Superior Eleitoral.


Paes avisa ao PMDB: não quero ser bucha para 2018
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Leandro Mazzini

Charge de ALIEDO

Charge de ALIEDO

Nome potencial do PMDB como candidato a presidente da República após 28 anos, para daqui a três anos, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, vive um dilema.

Sente-se afagado pela cúpula da legenda ao passo que, conhecedor dos seus pares e de experiências passadas, já mandou o recado: não quer ser bucha para futuras negociações de aliança.

‘Se for, quero ser candidato para valer’, disse Paes há poucos dias a aliados do Rio.

Mas este é o plano B. Paes está no segundo mandato e o plano A é suceder Luiz Fernando Pezão no governo do Estado.

MOVIMENTO

A citação de Paes como cotado para 2018 não é um movimento carioca da legenda. Foi cotado por Eduardo Cunha e Pezão, mas também pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO). O maior artífice por ora é o presidente da Câmara, que voltou a citar Paes em discurso na sexta-feira, em Curitiba, no lançamento da Câmara Itinerante.

Ocorre que o PMDB pós-Paes não tem candidato forte ainda. Os dois cotados são Pedro Paulo, secretário da Prefeitura, e o líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani.

Estima-se que outros candidatos do Rio serão Marcelo Crivella (PRB), Marcelo Freixo (PSOL) e o hoje vereador Cesar Maia (DEM), ex-prefeito por quatro mandatos.

EX-TUCANO 

O mais curioso deste cenário pró-Paes é que ele deve sua meteórica ascensão ao ex-governador Sérgio Cabral. São amigos de longa data , e Cabral, que na década de 90 fez uma frustrada campanha à prefeitura do Rio, há poucos anos vislumbrou em Paes a oportunidade de emplacar um nome do partido no comando da capital e acertou.

Entre 2003 e 2006, Eduardo Paes desfilava apenas como mais um deputado federal tucano sem grande expressão no Congresso, atacado por petistas e em especial pela tropa do então presidente Lula.

Foi nesta época que Sérgio Cabral o convidou a se filiar ao PMDB e o avisou do plano de alçá-lo à prefeitura. Uma vez eleito em 2008, Paes tocou a administração com um esmero não esperado pelo carioca, e ganhou a simpatia da população como ‘o garoto do Rio’ que representa a cidade. O que o levou facilmente à reeleição em 2o12.

A conquista junto ao COI do projeto do Rio para sediar a Olimpíada de 2016 tornou-se seu grande trunfo – outro patrocínio de Cabral – e já se torna a grande vitrine internacional para o peemedebista pleitear seu lugar junto à cúpula para uma disputa presidencial.


Lula x Mercadante – 2º round
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Leandro Mazzini

Foto de arquivo: extraída do clubesat.com

Foto de arquivo: extraída do clubesat.com

Tem digitais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a gritaria da base governista para que a presidente Dilma demita o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que coordena a interlocução com o Legislativo.

Parte do PT – os Lulistas – e todo o PMDB querem a vaga por dois motivos. Primeiro, porque a articulação com Mercadante e Pepe Vargas (Relações Institucionais) está um desastre. E segundo porque interessa ao próprio Lula neutralizar o ministro, um potencial candidato a presidente em 2018, quando Lula tentará voltar.

Nas conversas com a presidente Dilma Lula critica a composição dos ministros palacianos – depois de já ter feito o mesmo em rodinhas de aliados. Para Lula , Mercadante está concentrando muito poder e tornou-se uma ameaça imediata a ela própria.

BARBA X BIGODE

Lula e Mercadante já não se tratam mais como antes há meses. Quando o ex-presidente percebeu as iniciativas do ministro para concentrar poder e o seu projeto pessoal de se lançar à Presidência em 2018.


Lula e Mercadante já duelam pela candidatura de 2018
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Leandro Mazzini

Charge de ALIEDO - http://aliedo.blogspot.com

Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com

O ex-presidente Lula iniciou sua campanha na tentativa de voltar ao Palácio do Planalto em 2018, apesar da saúde em recuperação.

Numa nova Caravana pelo País – desta vez política-pessoal – pretende visitar aliados potenciais com a justificativa de segurar a base governista da presidente Dilma – a quem tem criticado veladamente.

O ex-presidente vai afagando antigos aliados na rota. Foi assim ao visitar Sérgio Cabral, o governador Pezão e o prefeito Eduardo Paes no Rio.

 

Ocorre que na outra ponta, ao lado de Dilma, literalmente, cresce a figura do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que também vai pleitear junto a ela – que tem a caneta e o Poder hoje – e ao PT o seu nome para disputar a sucessão.

O clima entre Lula e Mercadante é de desconfiança mútua. Enquanto Mercadante trabalha discreto, e forte, Lula na mesma intensidade, e em rodinhas, critica a equipe de Dilma e a articulação – um recado direto para ela e o chefe da Casa Civil.

Mercadante tem controlado todo o Governo e indicado nomes de sua confiança para cargos importantes. Todos os ministros do novo governo Dilma passaram pelo seu crivo. Tem se tornado assim um José Dirceu 2.0 – sem um mensalão, evidentemente.

Quer emplacar, para um exemplo, Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma, no comando da Autoridade Pública Olímpica (APO). Será boa vitrine para desfilar com o eventual sucesso das Olimpíadas após 2016.

Hoje, Lula não manda mais no Governo nem em Dilma, mas ainda é o manda-chuva do PT e o nome quase unânime para uma futura disputa presidencial, a depender de sua saúde.