Coluna Esplanada

Arquivo : agência

Abin inicia motim sigiloso contra controle do GSI
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Leandro Mazzini

Há um cenário de motim no serviço secreto do Governo.

Não adiantou a carta aberta de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) cobrando independência do órgão, sob comando civil, conforme determinou Medida Provisória da então presidente Dilma em setembro passado.

A medida dissociou a Abin do Gabinete de Segurança Institucional, dos militares, que fora instinto.

Mas o presidente Michel Temer reativou o GSI como prioridade no Planalto – a Coluna antecipou o caso –  e entregou para o general Sérgio Etchegoyen o comando da agência de inteligência.

Wilson Trezza tinha trato com Dilma de ficar só até os Jogos do Rio. Mas pediu demissão anteontem, após dura conversa com o alto oficial. Há clima de motin na Abin.

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Em carta para delegacia, bando chama povo de ladrão
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Leandro Mazzini

Um caso surreal na pequena Paraipaba, litoral do Ceará. Na madrugada de 29 de Outubro, um bando explodiu os caixas da única agência bancária, e acordou o povo.

Na colheita do que sobrou do dinheiro arremessado aos ares, os ladrões pouco pegaram e o restante do ‘trabalho’ foi feito por moradores eufóricos.

Dias depois, conta um amigo próximo dos investigadores, chegou à delegacia uma carta dos criminosos. Nela, eles disseram que não voltam mais: ‘Gastamos R$ 71 mil com o assalto e só recolhemos R$ 36 mil. Esse povo da cidade é muito ladrão!’.

Segundo IBGE, Paraipaba tem 31 mil habitantes. Em 2012, havia R$ 480 mil em depósitos à vista na cidade. E R$ 1,75 milhão depositados em poupança. Dinheiro que não fica na agência, obviamente. Os R$ 250 mil que haviam no local, no cofre em nos caixas eletrônicos, fizeram de Paraipaba mais um alvo nas altas estatísticas de roubo a banco no Nordeste com farto arsenal.

A polícia fez uma varredura na cidade. Foram devolvidos por moradores-assaltantes um computador e uma TV Led levados no entra e sai na agência do Bradesco.

Mas o bando não sabia que ali quem manda é a delegada linha dura Yasmin Ximenes. Concentrada desde então na investigação, há dias ela prendeu o olheiro do grupo. Ele revelou que, com o prejuízo, eles tentariam outra cidade próxima.

Com este, já passaram de 70 os roubos a bancos apenas no Ceará este ano. Na Sexta, a Coluna revelou que o BB pediu a um deputado que apresente uma PEC para mudar a lei, a fim de que a PF apure roubos à instituição.

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PASSAGEIRO SOFRE

No jogo de empurra entre Infraero, concessionários e os inquilinos das lanchonetes nos terminais Brasil afora, a inflação sobra para o passageiro. No terminal JK de Brasília, conferiu um leitor da coluna: um chiclete sai a R$ 5 (!), mesmo preço do cafezinho e da garrafinha de água. A cerveja a R$ 9, e capuccino custa R$ 10.

A FAVORITA

Pré-candidata ao Senado, a ministra Maria do Rosário (Secretaria de Direitos Humanos) quer fazer a secretária-executiva Patrícia Barcelos sua sucessora na pasta a partir de Fevereiro.

RECADO DO HOMEM 

O vice-presidente Michel Temer avisou ao PMDB do Paraná, que terá convenção dia 29 de Março, para os delegados aparecerem em massa. É que o esvaziamento pelo racha enfraquece o poder de barganha. Em crise existencial, o partido não decidiu se apoia PT.

GOOGLE + R$ 

Um rebuliço tomou conta da cúpula da Globo. Descobriram que, alavancado pelo Youtube e Gmail, o Google ultrapassou o Grupo Abril e hoje representa a segunda receita publicitária de mídia no Brasil. Atrás apenas do InfoGlobo.

CONGRESSO CURTIU 

O Facebook contratou escritório de advocacia em São Paulo para lobby no Congresso Nacional. A demanda é tamanha que os advogados passaram a morar em Brasília num apartamento alugado. E não apenas para acompanhar o marco civil da internet. Foi redação deles o parágrafo na minirreforma eleitoral que libera campanha política em redes sociais a qualquer momento.

OS ‘HAITICREANOS’

O presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), voltará ao Acre para conferir a situação dos haitianos. Eles não param de chegar a Brasileia. E a situação é pior que antes: 800 moram sob tenda feita para 200.

CESTA (BÁSICA) DO PMDB

A Conab virou boquinha de figurões do PMDB. Henrique Alves emplacou lá a ex-esposa Mônica Azambuja como assessora da Diretoria de Operações. Ela é assídua. Mas o filho do presidente do Senado, Renan Calheiros, continua sumido. Para constar, confirma a Conab: o veterinário Rodrigo Calheiros e Mônica ganham, cada um, R$ 10.031,19. Ele é lotado na Diretoria de Gestão de Pessoas e Modernização.


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