Coluna Esplanada

Arquivo : Amazonas

Ex de Brunet, bilionário pode virar senador
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Leandro Mazzini

Há uma velada expectativa num grupo político do Amazonas, que pode levar para o Senado o empresário bilionário Lírio Parisotto, segundo suplente do senador Eduardo Braga.

Neste caso, eventual processo judicial com a ex-mulher Luiza Brunet, que o acusa de agressão, vai direto para o Supremo Tribunal Federal.

O cenário envolve o Tribunal Superior Eleitoral, que pode decidir em breve pela cassação do governador do Amazonas, José Melo (PROS), já cassado pelo TRE por irregularidades na campanha de 2014.

Se o TSE endossar a condenação, quem assume a vaga de governador é o segundo colocado, o senador Braga – cujos advogados já requereram ao Tribunal Regional a posse imediata, por ora negada até o julgamento em última instância.

A primeira suplente no Senado é a esposa de Eduardo Braga, que o acompanhará para Manaus em caso de posse no palácio, abrindo caminho para Parisotto na Casa Alta.

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Decreto de Dilma sobre terras no Amazonas irrita Planalto e bancada
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Leandro Mazzini

O presidente Michel Temer está às voltas com uma situação de vendeta da presidente afastada Dilma Rousseff.

A equipe do Planalto descobriu que na véspera de seu afastamento, Dilma assinou muitos decretos, e um deles preserva integralmente para a União uma área de 2,8 milhões de hectares no Amazonas, que era demanda do Estado e da bancada para ‘estadualização’ – a transferência destas terras federais para o Governo local.

Cobrados pelos parlamentares, os ministros palacianos, indicam que foi revanche da petista, pela votação em peso dos deputados do Norte pró-impeachment.

O decreto saiu numa edição extraordinária do Diário Oficial, cujas páginas em análise revelam o fel despejado pela caneta presidencial. E contra muita gente.

Mas ao de assinar com o fígado, pode sobrar para Dilma. As canetadas deverão ser alvo de ação por improbidade administrativa em alguns atos.

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Brasil condena suspeito de ser espião russo
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Leandro Mazzini

QG-Amazonas

Um incidente diplomático é tratado sob sigilo entre os governos do Brasil e Rússia.

O Superior Tribunal Militar condenou há dias a um ano de prisão o russo D.A.S. por ter invadido um quartel do Exército em Manaus (AM). Mas o caso é tratado como tentativa de espionagem.

Passando-se por turista, o russo portava máquina fotográfica, mochila e passaporte duplo (Rússia/Equador). Apesar de ampla entrada no QG, ele pulou muro alto e foi flagrado por soldados numa área estratégica do Centro de Instrução de Guerra na Selva, onde há documentos científicos sobre a região amazônica.

Ao ser preso, o russo tentou se passar por turista, mostrando mapa e dizendo em inglês que pensava ser zoológico. Não convenceu. Para os soldados, turista não entra em zoo pulando muro.

Para piorar sua situação, identificado como ‘jornalista’ depois, o serviço secreto brasileiro descobriu que o russo nunca exerceu a profissão.

Embora a sentença tenha saído agora – ele pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça – o caso ocorreu em abril de 2013, e D.A.S. ficou preso até junho daquele ano no QG. A Embaixada russa conseguiu liberá-lo e o suspeito hoje está em Moscou. Se ele pisar aqui, vai em cana.

Oficialmente, o estrangeiro foi preso e condenado pelo crime do artigo 302 de Código Penal Militar – “Penetrar em fortaleza, quartel, estabelecimento militar, navio, aeronave, hangar ou em outro lugar sujeito à administração militar, por onde seja defeso ou não haja passagem regular, ou iludindo a vigilância da sentinela ou de vigia”.

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Senadores do Norte atacam apagão, de olho na hidrelétrica Brasil-Bolívia
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Leandro Mazzini

Há uma bancada unida apeliada veladamente no Senado de Geradore$ de Energia. É um grupo com discurso afinado em prol de uma obra bilionária e binacional que pode sair do papel.

Os senadores Jorge Viana (PT-AC) – na tribuna -, Ivo Cassol (PSDB-RO) e Valdir Raupp (PMDB-RO) fizeram discursos ferozes no plenário do Senado na tarde de terça-feira contra o apagão que atingiu a região nos últimos dias.

Há quem aponte uma relação direta da grita com a demanda pela construção da hidrelétrica Brasil-Bolívia, que pode levar R$ 5 bilhões. O projeto já foi apresentado ao ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB-AM), outro entusiasta da proposta.


PF investiga ligação das FARC com tráfico internacional de madeira ilegal
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Leandro Mazzini

Foto: Ibama

Foto: Ibama

A Polícia Federal investiga no Norte do País a suspeita de envolvimento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia no tráfico internacional de madeira. Há suspeita de extração ilegal dentro do território brasileiro.

A região de fronteira com a Colômbia, na chamada “Cabeça de Cachorro”, no Amazonas, é totalmente coberta por densa e fechada floresta, o que dificulta em muito a fiscalização.

Para os delegados na região, o combate ao crime ambiental é muito difícil também porque o crime está intrínseco às comunidades:  pelo menos 80% das comunidades dependem disso.

Dados oficiais em mãos dos investigadores especialistas em crimes ambientais mostram que a floresta amazônica no território brasileiro já perdeu 25% de sua mata nativa com desmatamentos.

Foi constatado também nas investigações preliminares que há um círculo profissional no crime ambiental. A madeira extraída ilegalmente no Brasil é “esquentada” com notas fiscais no Peru. De lá, volta transportada pelos rios amazônicos até a Guiana e Venezuela, de onde é exportada para Estados Unidos e Europa.

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Rei da Jordânia passa dias incólume em aventura pela Amazônia
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Leandro Mazzini

O rei Abdullah, na moto branca, à esquerda: seguido por dois seguranças em todo o trajeto. Foto: Folha BV

O rei Abdullah, na moto branca, à esquerda: seguido por dois seguranças em todo o trajeto. Foto: Folha BV

O Rei da Jordânia, Abdullah II bin al-Hussein, passou uma semana viajando de moto em estradas da Amazônia, incólume, seguido por dois seguranças.

Quando foi descoberto por pulares, mandou os pilotos de seu jato particular o buscarem em Boa Vista (RR) – o destino final de seu roteiro de aventura.

Abdullah sobe no jato com roupa de motoqueiro logo após descer da moto. Foto: Folha BV

Abdullah sobe no jato com roupa de motoqueiro logo após descer da moto. Foto: Folha BV

Tudo aconteceu há poucos dias, e ele quis refazer o trajeto feito pelo ídolo David Beckham. Veja detalhes na reportagem da Folha de Boa Vista.  

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Eduardo Cunha no festival do boi de Parintins
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Leandro Mazzini

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) desembarca no domingo à tarde em Parintins (AM) para prestigiar à noite a tradicional festa dos bois Garantido e Caprichoso. Deve ficar no camarote do Governo.

Mas Cunha garante agenda de trabalho. Na segunda-feira cedo deve visitar uma fábrica da Microsoft na Zona Franca de Manaus. E depois promove audiência da Câmara Itinerante na Assembleia Legislativa. Ainda dá uma passada no encontrão de pastores promovido pelo deputado Silas Câmara.


Tucano Virgílio passa de fênix a novo morubixaba do Amazonas
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Leandro Mazzini

aliedo-uolqui

No auge de sua glória política, pouco mais de quatro anos atrás, o ex-presidente Lula propalava para aliados que queria aposentar adversários, ou encerrar as suas carreiras políticas, e elencou seus principais alvos: Excluir do Senado nomes importantes do PSDB como Tasso Jereissati, Arthur Virgílio e Sérgio Guerra (in memoriam), entre outros. De certa forma conseguiu. Jereissati voltou para os negócios, Guerra preferiu uma eleição vitoriosa para a Câmara e Virgílio foi derrotado por Vanessa Grazziotin (PCdoB). Opositor mais ferrenho de Lula e do PT, Virgílio foi para Portugal e muitos deram sua vida pública como encerrada. Seu retorno em 2012 e a eleição para a prefeitura de Manaus – com vitória sobre Grazziotin, num tira-teima de 2010 – mostraram que o tucano tornou-se uma fênix da política nacional.

É comum no bordão popular e na literatura política classificar líderes partidários e mandatários poderosos como caciques – o Brasil está cheio deles, de Norte a Sul. Não é diferente na cosmopolita Manaus. Ao ressurgir forte na capital, embora longe do cenário nacional, o prefeito Arthur Virgílio Neto tornou-se um dos novos caciques da política local, ou o morubixaba escolhido pelos manauaras. Morubixaba é o manda-chuva, chefe temporal, conta o dicionário. E também no vocabulário do poder amazonense. Já foram morubixabas recentes Amazonino Mendes e Eduardo Braga, que perdeu a eleição para o governo do Amazonas. Braga ‘caiu para cima’ e foi nomeado ministro de Minas e Energia (no cargo, empurrou para Deus a responsabilidade do setor elétrico e de literalmente mandar chuva para que se evite apagão).

Ainda sob desconfiança, os manauaras deram chance a Virgílio de se reerguer, e ele tem se esforçado para isso. Assumiu a prefeitura inchada com 33 secretarias, reduziu para 23 e agora quer tocar o governo com 19 pastas. Em tempos de recessão na economia, segue a linha de outros gestores e pretende segurar 12,6% do Orçamento de R$ 4 bilhões deste ano. Também estuda cortar 300 cargos comissionados, reduzir em R$ 10 milhões os custos com frota veicular e renegociar a dívida ativa do município com os bancos – almeja assim segurar mais uns R$ 100 milhões.

Boa vontade, obviamente, não falta. Caberá a Virgílio provar a competência para isso, e também a manha política para gerir com o apoio da Câmara Municipal – ele elegeu os últimos dois presidentes. Virgílio renasceu devagar para a política desde 2012, sem a atenção dos adversários do Sul do País que olham para os próprios umbigos e não observam o potencial do Norte que elege expoentes como Vanessa, Eduardo e o senador eleito Omar Aziz – outro morubixaba que hoje anda de mãos dadas com o prefeito. Bem avaliado, Virgílio elegeu o filho Arthur Bisneto o deputado federal mais votado do Estado. E os números que têm em mãos não o desmentem: pesquisas internas apontavam que, se candidato ao governo ano passado, venceria com folga.

O prefeito não quis deixar o mandato pela metade, sabe que há muito a fazer no município. E também porque apoiou incondicionalmente o governador eleito José Melo (PROS) – na última terça abraçou o aliado no velório da mãe do governador, antes de conversar com o repórter ao telefone. Abatido, revelava nas palavras a sensação de impotência do homem diante da morte, a única das certezas da vida. E tem investido em vidas – construiu mais 12 creches (Acredite, Manaus, com mais de um milhão de habitantes, só tinha uma até poucos anos atrás). Na esteira, ergueu também 22 Unidades Básicas de Saúde, para atendimentos emergenciais e clínicos, a exemplo das famosas UPAs do Rio de Janeiro.

Na saga de não-aliado do governo federal, diz que espera contar com o bom senso da União em prol dos manauaras. Ano passado teve dedos de prosa com o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, atrás de recursos de ministérios para a prefeitura (Manaus tem contado apenas com os repasses constitucionais obrigatórios). Contará agora com a atuação do filho em Brasília, que terá muito de competência a provar. Outro teste.

Virgílio é candidato à reeleição, essa é outra certeza no projeto político. A incerteza está na vaga do vice na chapa. Hoje, disputam a indicação o ex-deputado estadual Marcelo Ramos (PSB) e o atual presidente da Assembleia Legislativa, Josué Neto (PSD).

Um detalhe. Atentem para o paulista-manauara Omar Aziz (PSD). Um vice discreto de Eduardo Braga no governo, assumiu a vaga, foi reeleito em primeiro turno, fez o sucessor em 2014, elegeu-se senador e ainda enterrou a pretensão do ex-aliado de voltar ao Governo. Caiu nas graças do presidente do PSD, Gilberto Kassab, e pode surpreender muitos colegas no Senado que se acham professores de estratégia.


Amazonas tem um novo morubixaba político: Omar Aziz
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Leandro Mazzini

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Omar, o novo cacique do Amazonas. Foto: EBC

O novo morubixaba dos manauaras é o senador eleito Omar Aziz (PSD) – uma cria do… derrotado ao governo Eduardo Braga (PMDB). Aziz ainda apadrinhou o governador reeleito.

José Mello (PROS) foi reeleito governador do Amazonas e mandou de volta ao Congresso o poderoso senador Braga, ex-governador por dois mandatos.

Aliás, não rendeu a esperada repercussão nas urnas a revelação da gravação de secretário de Mello negociando – dentro de presídio – 100 mil votos e ‘paz’ nas ruas com o chefe do tráfico no Estado ( lembre aqui )

As voltas que o mundo dá passam pelo Amazonas: Eduardo Braga apadrinhou no Poder Omar (que era vice-governador); Omar, por sua vez, apadrinhou Mello, agora eleito. Omar e Mello hoje são adversários de Eduardo, que ficou isolado. Por ora.


Campanhas em três Estados são movidas a dossiês com áudios e vídeo
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Leandro Mazzini

Um festival de dossiês

Vídeo, áudios, foto em atitude suspeita – vale tudo na reta final de campanha na tentativa de derrubar adversários nas urnas.

Pelo menos três casos vieram à tona nos últimos dias, e podem causar estrago na candidatura de postulantes a governos. Material guardado há meses ou anos depois de descobertos, e divulgados agora para atingir em cheio campanha de adversários.

No Pará, vazou áudio de 2011 da filha do governador Simão Jatene (PSDB) com curioso interesse nas empresas devedoras do Estado.  O MP e a Assembleia vão investigar por que Izabela Jatene queria a lista das 300 maiores devedoras. Ela foi pega sem querer num grampo da Polícia.

No Amazonas, foi descoberto e divulgado o áudio do subsecretário de Justiça do governador José Mello (PROS) negociando votos com o maior traficante do Estado, e dentro da cadeia.

E no Amapá, um vídeo do governador Camilo Capiberibe com suposta propina. O vídeo não tem áudio, é apontado de quando deputado estadual. Não há provas de que recebe dinheiro, mas ele guarda apressado dois pacotes numa bolsa.