Coluna Esplanada

Arquivo : ameaça de morte

Embaixador do Brasil deixou Venezuela por ameaça de morte
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Leandro Mazzini

Atualizada Terça, 29, 12h45 – Embaixador do Brasil na Venezuela até seis meses atrás, José Marcondes de Carvalho deixou às pressas Caracas porque ele e a esposa, uma artista plástica peruana ( e não venezuelana, como publicado anteriormente ), foram ameaçados de morte. O Ministério de Relações Exteriores e o governo brasileiro tratam o caso sigilosamente.

Marcondes ficou apenas dois anos em Caracas, dos cinco previstos, e as tratativas para sua substituição foram céleres. O substituto Ruy Pereira, 59 anos, assumiu em Novembro passado.

Marcondes segue a linha do governo na parceria com a Venezuela, mas a esposa, uma crítica ferrenha da era Chávez e do presidente Nicolas Maduro, não segurou a verve e virou alvo de ameaças anônimas. O que motivou o casal voltar junto para o Brasil.

Apesar da identidade com o Chavizmo, comenta-se nos bastidores do Itamaraty que o embaixador brasileiro também não teria conquistado a simpatia do regime, como tinha seu antecessor, o embaixador Antonio Simões.

Simões foi confidente de Chávez, recebeu dele a principal medalha de mérito do País, e hoje ocupa o cargo de Subsecretário-Geral para a América do Sul do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Atualmente, o ex-embaixador José Marcondes é secretário de Ciência e Tecnologia do Itamaraty. É quadro de peso no MRE – foi negociador-chefe do Brasil na ONU sobre Mudanças Climáticas.

A Coluna tentou contato pessoalmente com José Marcondes por três semanas, com pedidos pela assessoria do MRE, mas ele não quis falar. Procurada desde quinta-feira (24), a assessoria não se pronunciou até o momento.

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3º TEMPO

Filiado ao PSB e pré-candidato ao Senado ou Câmara, o presidente do Atlético Mineiro, Alexandre Kalil, revelou a amigo da Coluna que seu maior cabo-eleitoral namora sério e está apaixonado. É o craque Ronaldinho Gaúcho.

GÁ$$

O gás produzido no Brasil pela Petrobras é alvo de disputa judicial no Rio entre a Comgas (Raizen e Cosan) – que distribui gás em São Paulo – e a Petrobras, por conta da diferença de preço cobrada a menor para a outra companhia distribuidora (com 100% de participação da BR), a Gás Brasiliano. A diferença de preços praticados entre as duas concorrentes de São Paulo é considerada muito grande e o grupo Comgas acionou a Justiça para que ela receba o gás também no mesmo preço da companhia associada da Petrobras.

MUNDO CRUEL

Morreram o boxeador americano Rubin Carter, o Hurricane, e o jornalista U Win Tin, em Mianmar. E daí? Carter ficou na cadeia por 19 anos por crime que não cometeu (era o único negro num bar lotado de vigaristas brancos onde três destes morreram). Carter interrompeu uma potencial carreira de sucesso numa época em que o segregacionismo era coisa do passado nos EUA. Já Win Tin passou 25 Natais detido por.. criticar a ditadura de seu país. E esses são os casos mais famosos.

PIADA PRONTA

A estreia-relâmpago do drone da Marinha portuguesa, com tecnologia nacional, parece parceria com o governo do Brasil, que mandou um satélite para a água. Veja vídeo aqui

MOTOQUEIRO FANTASMA 

Um motoqueiro ainda não identificado rasga em alto som e velocidade o Eixão Sul de Brasília quase todo fim de tarde, onde pouco aparecem viaturas da PM.

O APENADO.. 

Depois de passar pela OAB do DF e pelo conselho federal, o processo de cassação do registro de advogado de José Dirceu parou na seccional de SP. Condenado e apenado, Dirceu mantém a carteira da Ordem, que pode lhe garantir trabalho no semi-aberto.

.. E O FORAGIDO 

Já para a OAB seccional gaúcha, a guilhotina funciona rápido. Em poucos dias cassaram o registro do advogado Maurício Dal Agnol por ser indiciado pela PF. Aliás, Dal Agnol, acusado de golpe milionário em 30 mil clientes, continua foragido.

É FATO

Do deputado Hugo Motta (PMDB-PB), o mais jovem do Congresso, sobre a tradicional desconfiança do povo com os trabalhos em Brasília: Agradeça se andar devagar (O Congresso); na maioria dos casos nada anda. E se andar depressa, pode desconfiar.

QUADRIENAL 

A unificação das eleições para cada quatro anos tem ganhando consenso entre políticos. A ficha caiu diante da pressão popular: a cada dois anos deputados e senadores vão para as bases para ajudar a eleger prefeitos e vereadores – seus maiores cabos eleitorais, e cobram deles empenho nas eleições seguintes, quando todos somem de Brasília. Assim a política – e na esteira a gestão pública – paralisa o país por quatro a cinco meses de dois em dois anos.

EM CAMPO 

O procurador da República na Paraíba Duciran Van Marsen Farena lança hoje na Faculdade de Direito da USP o livro A Copa da Corrupção.

DATA VENIA

digitalnews

Foi no programa do jornalista Edgar Lisboa na Rádio Digital News (aqui) que o presidente do TCU, ministro Augusto Nardes, deu o pontapé contra a malsucedida indicação pelo Congresso do senador Gim Argello (PTB-DF) para o tribunal. Entrelinhas, Nardes indicara que candidato a ministro ali tem que ter ficha-limpa. Como notório, o senador é alvo de seis processos no STF.

PONTO FINAL

O Lula disse que o julgamento do mensalão no STF foi 80% político e 20% jurídico. No Supremo, o que se diz é que Lula é 20% razão e 80% demagogo.

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