Coluna Esplanada

Arquivo : andrade gutiérrez

O HC da Lava Jato e a soltura do ladrão que foi ‘roubado’ pela loja
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Leandro Mazzini

Na última semana,  quando a Justiça Federal decidiu soltar executivos da Andrade Gutierrez, sob delação, envolvidos no esquema bilionário da Lava Jato, o Superior Tribunal de Justiça concedeu habeas corpus a um homem preso, desde agosto, por furtar um frasco de creme de pentear avaliado em R$ 7,95.

O curioso do caso: a defesa do preso destacou que o preço normal no mercado varia entre R$ 4,60 a R$ 5,08. Ou seja, a loja estaria roubando o ‘consumidor’ acusado.

E la nave va.

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Sem verba do PAC, Andrade Gutierrez descarrila em obra de ferrovia na Bahia
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Leandro Mazzini

A Andrade Gutierrez (AG) deixou obras do lote 4 da ferrovia Oeste-Leste em Brumado (BA) sob risco de quebrar a cadeia produtiva da cidade, da quitanda às subempreiteiras contratadas.

Apenas uma empreiteira, a Conep, segundo consta na praça, tem crédito de R$ 3 milhões. Mais de dez empreiteiras pequenas tinham contratos com a AG para motoristas e equipamentos, e levaram calote.

Em nota, a Andrade Gutierrez “esclarece que a construção da Ferrovia Oeste-Leste está paralisada desde julho de 2015 por falta de recursos financeiros federais suficientes para sua continuidade”. A empresa jura que não deve ninguém: “A Andrade Gutierrez afirma ainda que não há dívidas com subcontratadas”.

A AG tocava a obra em consórcio com a Barbosa Mello e a Serveng. Para o trecho de 178,28 km, levaram da União R$ 739,8 milhões.

A obra é uma locomotiva de empreiteiras enroladas na Lava Jato. Outros lotes são tocados, desde 2010, pela Mendes Junior, Galvão Engenharia e OAS. A obra tinha previsão de conclusão até início de 2013, mas avançou pouco.

A ferrovia foi idealizada pela Valec, braço do Ministério dos Transportes, para escoar grãos e minério do Oeste baiano e do Tocantins até o litoral sul da Bahia. Ao custo de R$ 4,2 bilhões, a ferrovia descarrilou na crise econômica. Para piorar, mais de 8 mil operários foram demitidos e o motivo da obra, o porto de Ilhéus, não saiu.

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Lava Jato taxia e pode aterrissar nos aeroportos concedidos
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Leandro Mazzini

O Galeão, no Rio - nas mãos da Odebrecht

O Galeão, no Rio – nas mãos da Odebrecht

Os experientes e bem informados empregados da Infraero, que conhecem os ‘hangares’ das concessões de lucrativos terminais e defendem uma CPI para investigá-las, indicam que a Operação Lava Jato está taxiando e pode aterrissar nas pistas controladas agora pelas empreiteiras – todas elas investigadas pela Justiça e PF.

Alvos recentes, a Andrade Gutiérrez opera o Aeroporto de Confins (Belo Horizonte) com a Camargo Corrêa, e Odebrecht comanda o Galeão (Rio de Janeiro), dois lucrativos aeroportos.

Completam esse check-in a Engevix (JK, em Brasília, e Natal), UTC (Viracopos, Campinas) e OAS (Cumbica, em Guarulhos).

UTC, Engevix e OAS fizeram obras nos terminais de seus aeroportos com suas próprias tabelas de preço, dizem os técnicos da estatal, financiados pelo BNDES e com Infraero cobrindo 49% dos custos como sócia.

A Associação Nacional de Empregados da Infraero já enviou carta ao ministro da Aviação reforçando pedido de apoio a uma CPI das Concessões no Congresso.

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