Projeto que permite advogados armados tem resistência do PMDB e evangélicos
Leandro Mazzini
Se depender do economista e evangélico Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB na Câmara, não avançará na Casa o projeto de lei que autoriza advogado portar arma em qualquer estabelecimento e nas ruas.
É opinião pessoal, mas ele comanda a segunda maior bancada do Congresso. ‘Precisamos desarmar’, diz Cunha.
Não apenas Cunha, que tem voz no partido, mas também toda a bancada evangélica – suprapartidária e de mais de uma centena de parlamentares – se mostram contra.
A origem: O Projeto de Lei 1754, de autoria do deputado e advogado Ronaldo Benedet (PMDB-SC), autoriza os bacharéis portarem arma de fogo ‘para defesa pessoal e regulamenta os direitos’ da categoria. Benedet teve a ideia após conversa com o ex-presidente da OAB Ophir Cavalcanti.
O deputado desabafa : ‘O Ministério Público tem uma série de direitos e o advogado não tem’. E explica: ‘Não é obrigação, o advogado que não quiser, não usará a arma’.
Mas se a proposta avançar no Congresso e for aprovada e sancionada, há condições variadas para o porte: o advogado será obrigado a fazer cursos e exames psicológicos constantes.