Coluna Esplanada

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Trio eleito Rio-SP-BH tem chance de mostrar trabalho
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Leandro Mazzini

Marcelo Crivella (PRB), eleito no Rio, é exceção no trio, por ser um político veterano, mas não deixa de ser ‘novo’ pela oportunidade política.

Ele se junta a um cenário inovador como recado das urnas de três das maiores cidades do País: o cidadão quer alguém ‘diferente’ na gestão municipal, cuidando de seu quintal. (A vitória de Crivella foi recado do PMDB no Rio, que controla há cidade e o Estado há mais de oito anos).

Além de Crivella, os empresários João Dória Jr (São Paulo) e Alexandre Kalil (Belo Horizonte) agora têm a chance de mostrar que há algo de diferente na política.

A conferir.

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Efeito de protestos e Lava Jato, urnas revelam líderes para 2018 e 2022
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Leandro Mazzini

> Protestos de 2013 associados às prisões e revelações da Operação Lava Jato impulsionam o voto de protesto e o voto ‘no novo’

> Crivella, Dória, Freixo e ACM Neto surgem como novos líderes estaduais e potenciais nacionais, independentemente do resultado das eleições

> Partidos terão de repensar estruturas e candidaturas de caciques para 2018 e 2022 se as urnas concretizarem as intenções de votos em várias capitais

Os resultados das urnas deste domingo (2) vão revelar novos líderes políticos para os próximos anos, já indicaram as pesquisas de intenção de votos em algumas capitais. Em especial, eles vêm do Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte e São Paulo, e, independentemente do resultado no segundo turno, eles vão mexer com as consolidadas estruturas de seus partidos e colocam em risco os projetos dos conhecidos caciques. Em suma, o cenário político para 2018 e 2022 pode ser muito diferente do programado pelos grandes partidos para estes Estados e também para os projetos presidenciais.

Em Salvador, é pule de dez o prefeito ACM Neto ser reeleito em primeiro turno. Maior representante nacional do DEM hoje – ao lado do senador Ronaldo Caiado (GO) – Neto deu sobrevida a uma legenda de direita que naufragava há poucos anos diante do poder da centro-esquerda.

Neto passou a ter voz nacional. Em viagens constantes a Brasília, articula permanentemente com PSDB, PPS e outros partidos parceiros, e mantém viva a esperança dos carlistas de ter novamente um representante do clã no Palácio Ondina. ACM Neto é potencial candidato governador em 2018. E também pode surgir como um nome do DEM para o Planalto nas eleições vindouras.

Rio e São Paulo, as maiores vitrines políticas do país – por serem os maiores colégios eleitorais, concentrarem os meios de comunicação e também grandes problemas sócio-econômicos – também lançarão seus novos nomes.

A ascensão de Marcelo Crivella (PRB) no Rio, resultado principalmente de um recall de seguidas eleições de 2000, faz do senador um potencial nome nacional da centro-esquerda, diante da debandada do PT, e do enfraquecimento de Luiz Inácio. Favorito para prefeito, no primeiro e no segundo turnos, de acordo com sondagens, Crivella, se eleito e se conseguir boa gestão, será naturalmente candidato a governador em alguns anos e também surgirá para o Planalto.

Vale lembrar o fenômeno Anthony Garotinho, em 2002, que teve 15 milhões de votos para presidente após um governo populista no Estado fluminense. Garotinho hoje é aliado de Crivella – este se dissociou da Igreja Universal, da qual é bispo, e há anos faz um trabalho de imagem para mostrar ao eleitor do Rio que pode ‘governar para todos’.

A grande surpresa veio de São Paulo. O empresário milionário João Dória Jr (PSDB), filho de ex-deputado, nunca tentou um mandato. Agora o faz com um mega desafio, e tem vencido etapas com surpreendente desenvoltura. O comunicador e promoter de eventos empresariais ( criador do LIDE, que reúne há mais de 10 anos os maiores empresários e CEOs do país), Dória fez do sucesso de seu network uma alavanca para se aproximar de grandes nomes políticos, numa frente suprapartidária.

Com aval do governador Geraldo Alckmin, seu maior padrinho, peitou a executiva municipal do PSDB e conseguiu se lançar. Bom de TV embora ainda não tenha mostrado a que veio, conseguiu estupendos números com um discurso direto e conciliador, com ataques aos rivais e uma campanha criativa nas redes sociais. Embora o marketing ainda seja o seu único ponto forte. Se vencer a eleição, terá o desafio de mostrar que é tão bom gestor público como é com suas empresas – e pode se cacifar também para o Palácio Bandeirantes. Caso contrário, naufraga como a gestão petista.

Dória e Crivella são as maiores revelações desta eleição. São os dois principais nomes para uma eleição presidencial a partir de 2022 se vencerem suas disputas este ano.

Uma curiosidade em Belo Horizonte. O candidato favorito, João Leite (PSDB), e o segundo colocado nas pesquisas, Alexandre Kalil (PHS), são egressos do time Atlético Mineiro, o Galo. Leite foi goleiro do clube nas décadas de 80 e 90; Kalil sempre foi da cúpula do clube, e hoje é presidente.

A eventual vitória de Leite, que tem ampla vantagem na boca de urna, pode representar a volta de Aécio Neves como cacique pelo menos na capital. O presidenciável perdeu o governo do Estado para Fernando Pimentel, em 2014, quando seu candidato Pimenta da Veiga sucumbiu ao poder do PT e às críticas aos 12 anos de gestão tucana.

SEGUNDO TURNO

O esperado segundo turno para São Paulo e Rio de Janeiro, as maiores cidades do país, mexe com todos os partidos e lideranças em Brasília. São os eleitores, acontecimentos sócio-políticos e arranjos eleitorais dessas capitais e suas gestões que norteiam decisões nacionais de campanhas futuras.

A disputa está embolada para o segundo colocado nas duas capitais.

Em São Paulo, se Dória tiver a ex-prefeita Marta Suplicy como adversária, ambos têm chances de vitória. A distribuição de coalizão para a segunda etapa será quase equânime, tamanho o poder de Alckmin e Michel Temer, os padrinhos de ambos, respectivamente.

As chances de Dória aumentam em caso de disputa com qualquer nome que não seja Marta, diante da alta rejeição dos adversários como Fernando Hadadd (PT) e Celso Russomanno (PRB). Há uma tendência, nestes dois casos, de Dória ganhar a aliança da maioria dos partidos hoje rivais.

O cenário é similar para Crivella no Rio. Ele é potencial prefeito caso passe ao segundo turno com qualquer um dos candidatos de esquerda. As pesquisas indicam um segundo turno entre Crivella e Freixo (PSOL). Neste caso, o candidato do PRB ganha o apoio até do PMDB de Eduardo Paes.

A essa altura, contam os bastidores , Jandira Feghali (PCdoB-PT) já fechou com Freixo para o segundo turno. Crivella passa a ver seu projeto em risco caso o seu adversário seja Pedro Paulo (PMDB), o escolhido pelo prefeito Paes. Há, neste cenário, a tendência de que a maioria dos partidos de centro fechem com Pedro Paulo.

Estão embolados no segundo lugar, além de Freixo, a Jandira, o Indio da Costa (PSD), Pedro Paulo e Flávio Bolsonaro (PSC). A rejeição aos Bolsonaro e ao candidato de Paes, e a autofagia de Jandira e Freixo nas últimas semanas como os candidatos da declarada esquerda podem beneficiar diretamente Indio. O deputado federal, que se lançou com o discurso de relator da Lei Ficha Limpa, pode se beneficiar dos 20% de indecisos que vão decidir na urna. Outro beneficiado pode ser Pedro Paulo.

Nesta leitura, os potenciais candidatos a segundo turno com Crivella são Indio e Pedro Paulo.

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Caiado ganha homenagem na terra de Aécio
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Leandro Mazzini

caiado

Foto: maisgoias.com

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) recebe hoje à noite o Título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte na Câmara de Vereadores, concedido pelo aliado Wagner Messias.

É só uma passagem pelas Minas Gerais, mas emblemática do ponto de vista da oposição. Caiado tem se destacado pelo pragmatismo no DEM e pelas posições firmes de crítico ferrenho do PT e do Governo, ofuscando Aécio Neves.

Caiado é, por ora, candidato ao Governo de Goiás em 2018. Mas o DEM o tem como o potencial nome à Presidência quando a executiva decidir por disputar o Planalto. O senador já disputou a presidência em 1989.

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Sede do PT em Belo Horizonte é atacada por vândalos
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Leandro Mazzini

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A sede do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores em Belo Horizonte (MG) foi atacada na madrugada deste sábado (6). O caso ocorreu no dia seguinte após a polêmica condução coercitiva do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva pela Polícia Federal, para prestar depoimento numa fase da Operação Lava Jato.

A amigos, o deputado estadual Rogério Correia informou que o atentado pode ser fruto da radicalização do embate ideológico entre prós e contra PT. Ele vai registrar boletim de ocorrência numa delegacia neste domingo.

Pelas imagens, pode-se notar o uso de piche, água e lama. A sede não foi arrombada, mas teve a fachada e a varanda atingidas.

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Deputados PMs duelam por representatividade da classe na Assembleia de MG
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Leandro Mazzini

A Assembleia Legislativa de Minas vive uma velada briga ‘fratricida’ – por representação de classe – entre os deputados Cabo Júlio (PMDB), vice-líder do Governo, e Sargento Rodrigues (PDT), opositor do governador Fernando Pimentel (PT).

Ambos os parlamentares são egressos da Polícia Militar e duelam pela alteração da data do pagamento do salário da tropa.

Aliás, Júlio e Rodrigues eram alguns dos líderes da trágica greve de 1997, quando, em meio ao tumulto, foi assassinado com um tiro na cabeça o Cabo Valério, no Centro de Belo Horizonte.

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Aécio aposta em candidato do PSB em BH, mas tem Pimenta de plano B
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Leandro Mazzini

Foto: jornaltudobh.com.br

Foto: jornaltudobh.com.br

O senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, ofereceu ao prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), indicar o candidato na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte ano que vem. A ideia é ter um vice do PSDB na chapa.

Lacerda estuda nome, e o mais cotado hoje é seu secretário de Governo, Valadares.

A estratégia de Aécio é ceder em BH para ganhar parte do PSB numa eventual candidatura à Presidência em 2018. Mas há um plano B. O ex-ministro Pimenta da Veiga, derrotado na campanha para o Governo do Estado em 2014, está de sobreaviso caso o projeto com o PSB não vingue.

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Em Minas, Pimentel não consegue ‘domar’ PMDB, que aposta em Quintão
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Leandro Mazzini

Pimentel - Ele quer petista, mas PMDB quer impor candidato na capital. Foto: ABr

Pimentel – Ele quer petista, mas PMDB quer impor candidato na capital. Foto: ABr

O governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), faz um esforço tremendo para levar o PMDB de fato para sua base.

O partido controla a Assembleia Legislativa e tem dificultado a vida do petista. Ainda não se sente contemplado de fato na distribuição de poder no Governo. Em tempo, o vice-governador é o ex-deputado e ex-ministro da Agricultura Antonio Andrade.

Agora surge outra dor de cabeça para Pimentel, que pretende conquistar a capital que já administrou. Ele procura um candidato viável que seja do PT mas aceito pelo PMDB. O problema é que os peemedebistas querem lançar o deputado federal Leonardo Quintão – que se candidatou em 2008 e bateu na trave, no segundo turno derrotado pelo prefeito Marcio Lacerda.

 


Lacerda e PSB divergem sobre candidato à sucessão em BH
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Leandro Mazzini

Valadão - o 'Dilmo' de Lacerda.

Valadão – o ‘Dilmo’ de Lacerda.

No segundo mandato e em processo gradativo de despedida do cargo, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), avisou aos aliados tucanos que pretende lançar Josué Valadão (PSB) à sua sucessão. Trata-se do secretário de Obras e Infraestrutura da capital.

Ainda não combinou com o próprio partido. A executiva nacional do PSB quer apostar em Daniel Nepomuceno, vereador e vice-presidente do Clube Atlético Mineiro.


Central dos Sindicatos escolhe BH para manifestações
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Leandro Mazzini

Foto extraída do azarao.com.br

Foto extraída do azarao.com.br

O feriado do Trabalhador neste 1º de Maio será diferente no País. A começar pela decisão da presidente Dilma de não fazer o tradicional pronunciamento em rede nacional de rádio e TV. E por causa das Centrais Sindicais, que não terão o que comemorar este ano com o aperto das leis sobre os trabalhadores.

Enquanto a Força Sindical e a UGT preparam protestos em pontos de São Paulo, o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antônio Neto, escolheu Belo Horizonte, terra natal de Dilma, para fazer barulho.

Neto lança amanhã a campanha nacional contra as MPs 664 e 665, editadas pelo Planalto, que mudam regras dos benefícios trabalhistas e restringem direitos conquistados. Na última terça (28), os presidentes das centrais fizeram coro com o presidente do Senado, Renan Calheiros, nas críticas ao Governo.