Coluna Esplanada

Arquivo : Bolívia

Mais caro que boliviano, preço do gás nacional intoxica o mercado
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Leandro Mazzini

A Associação Brasileira das Empresas de Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) fez levantamento inédito que comprova que o preço do gás natural produzido no Brasil é até 30% mais caro que o importado da Bolívia – e muito menos competitivo que o gás nos mercados internacionais (EUA, Reino Unido, Rússia, Alemanha).

Ganham os hermanos, em bilhões de reais em negócios com o Brasil e em geração de impostos, além de incremento comercial da cadeia do setor no país vizinho. Aliás, a Bolívia, hoje, cresce mais que o Brasil.

Em agosto, o gás produzido nas Bacias de Campos (RJ) e Santos (SP) chegou a R$ 19,38/MMBTU, 30,8% acima do valor cobrado pelo gás importado da Bolívia (R$14,81/ MMBTU, e já incluída a tarifa de transporte).

O cenário é pior se detalharmos os custos da logística. Considerando apenas o custo da commodity boliviana, sem tarifa de transporte aplicada pela Petrobras, o preço do gás produzido no Brasil chega a ser 114,8% superior.

A diferença do gás nacional para o boliviano fica mais acentuada na comparação com os números de agosto de 2015, quando ainda eram praticados os descontos pela Petrobras. Naquela ocasião, o custo do gás produzido no País era de R$ 24,08/MMBTU, 3,2% abaixo do valor cobrado pela Petrobras para o gás boliviano (R$ 24,85/ MMBTU).

“É importante desonerar a cadeia de produção de gás natural no país, principalmente com a renovação do Repetro, a reavaliação da política de conteúdo local e a redução da obrigatoriedade de participação mínima de 30% da Petrobras no pré-sal. Além disso, é fundamental a regulamentação do acesso às infraestruturas essenciais como gasodutos de escoamento e terminais de regaseificação”, afirma o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.

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O presidente da Abegás frisa ainda que “todos estes pontos estão sendo discutidos no âmbito do Gás Para Crescer, iniciativa do governo federal”.


MP Federal recomenda PF a monitorar estrangeiros em Goiás e DF
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Leandro Mazzini

A Polícia Federal, Agência Brasileira de Inteligência e a Agência Nacional de Transportes Terrestres entraram numa sigilosa força-tarefa nas fronteiras Sul e Oeste do Brasil para monitorar o repentino aumento de tráfego de ônibus fretados do Paraguai e Bolívia rumo ao Centro-Oeste.

O Ministério Público Federal de Goiás baixou recomendação para a PF barrar qualquer manifestação política de estrangeiros. O despacho é do procurador federal Ailton Benedito de Souza. No texto, ele lembra que a Constituição veda a atividade política de estrangeiros.

A orientação correu para todas as superintendências nos Estados de fronteira. A lei proíbe este ato por cidadãos de outros países.

O despacho do procurador

O despacho do procurador

O clima já era quente na quinta: quatro ônibus, vindos de Santa Cruz (Bolívia) foram parados pela polícia na fronteira, lotado de homens, fiscalizados e liberados. O destino foi Goiânia. Mas dali a polícia suspeita de que podem viajar em ônibus interurbanos rumo a Brasília.

Os serviços de inteligências do Governo e das PMs de Brasília e outros Estados preveem manifestações pró e contra o impeachment durante toda a semana, nas principais cidades, independentemente do resultado de hoje na Câmara.

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Polícia monitora ônibus bolivianos rumo ao Centro-Oeste
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Leandro Mazzini

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Os ônibus interceptados ainda em Mato Grosso.

As autoridades brasileiras – da polícia e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) – estão monitorando desde ontem à tarde a entrada em território brasileiro de ônibus oriundos da Bolívia. Apenas um comboio, com a grande maioria de passageiros homens, possui 200 passageiros.

Este comboio, com quatro veículos suspeitos de irregularidades documentais, foram interceptados na fronteira, fiscalizados e liberados. Os grupos desembarcaram em Goiânia mas continuam monitorados por policiais.

Há suspeitas de que os passageiros estejam a caminho de Brasília para as manifestações de domingo, quando a Câmara dos Deputados vota o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Segundo informações obtidas pela Coluna, os ônibus saíram de Santa Cruz, na Bolívia, passaram por Corumbá (MS), Campo Grande (MS) e pararam em Goiânia. Pediram autorização para permanecerem na capital goiana até a próxima terça (19), mas sem informar o motivo da viagem.

Agentes do serviço de inteligência das PMs de Mato Grosso do Sul, Goiás e Brasília suspeitam de que a partir de Goiânia os grupos possam se dividir em ônibus rumo a Brasília.

Os grupos pró-Dilma , com cidadãos provenientes de outras cidades, estão concentrados no pátio do Estádio Nacional, a um quilômetro da Esplanada.

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Associação médica brasileira debate na Bolívia a validação de diploma
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Leandro Mazzini

Santa Cruz de la Sierra, de onde partem a maioria dos médicos brasileiros formados

Santa Cruz de la Sierra, de onde partem a maioria dos médicos brasileiros formados

O alto índice de reprovação de médicos no exame Revalida (57%) levou a Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem) a discutir na Bolívia solução para o impasse. O presidente da Anadem, Raul Canal, vai fazer périplo por faculdades bolivianas, de onde sai a maioria dos médicos reprovados .

Os números preocupam a entidade, que há 17 anos defende médicos acusados por supostos erros no exercício profissional.

“Após seis anos de estudos e sacrifício, longe da família, 96% não conseguem revalidar o seu diploma no Brasil”, diz Canal.

O presidente da Anadem defende o aproveitamento dos profissionais formados no exterior.

“A exemplo do que ocorreu no programa Mais Médicos, ao invés de trazermos para o Brasil os médicos cubanos – que não tiveram seus diplomas revalidados –, poderíamos ter aproveitado os mais de 17 mil brasileiros que se formaram em Medicina no exterior”, sugere.

Para esta semana estão agendados debates na Universidade Ecológica, na Ucebol, na Udabol, na Universidade Católica e na Fondación Científica Y Profissional. Haverá também palestras para alunos de medicina nas cidades de Santa Cruz de Lá Sierra, Cochabamba, Oruro, Cobija e Sucre.

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Zona franca para Bolívia em porto do Paraná irrita autoridades policiais
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Leandro Mazzini

paranagua

Foto: divulgação

Na esteira de um tratado dos anos 90 entre os dois países, a presidente Dilma Rousseff, referendada pelo Congresso Nacional, decidiu ceder uma zona franca à Bolívia no Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná, pelo Decreto 8.661.

Isso aumentou as suspeitas das autoridades policiais sobre as ações do país vizinho.

Há anos o Brasil e Bolívia têm um tratado pelo qual cargas em containers que atravessam a fronteira, desde que com um lacre da Receita Federal, não podem ser abertas e fiscalizadas pela Polícia Rodoviária em estradas brasileiras.

Vindas de um país líder em produção de cocaína no mundo, há um grande risco de má fiscalização e até falsificação de selos nos transportes.

Para desespero da Polícia Federal, além das cargas que cruzam a fronteira, agora no terminal no porto cedido à Bolívia nada poderá ser fiscalizado. Apenas a partir de denúncias.

Há fortes suspeitas de autoridades brasileiras e do FBI de que a Bolívia é a maior rota de tráfico internacional de drogas e armas. Para autoridades policiais, este tratado político não ajuda em nada.

Em maio de 2014, o ex-ministro da Justiça Luiz Vásquez, e o ex-presidente do país vizinho Tuto Quiroga revelaram à Coluna que o narcotráfico na Bolívia movimenta US$ 12 bilhões/ano – 80% passariam pelo Brasil.

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‘Terrorismo eleitoral’ bolivariano na Bolívia, Venezuela e Brasil
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Leandro Mazzini

 

linera

Os mandatários da Bolívia e Venezuela fazem “terrorismo eleitoral” nas TVs, rádios e palanques.

O presidente da Venezuela, que viu sua base perder o controle do Parlamento no último domingo, repete “Preparem-se para um massacre se o bolivarianismo for derrotado”. Fala, evidentemente, de sua eventual derrota nas urnas no próximo pleito majoritário.

O vice-presidente da Bolívia, Alvaro Linera, roda seu país conclamando o povo a manter Evo Morales vitalício na presidência da República. (Evo mudou a Constituição com apoio do Congresso, conseguiu o terceiro mandato consecutivo e agora articula uma lei que o permita se reeleger ininterruptamente)

Linera, como mostra o vídeo de um comício, discursa para um povoado que se Evo deixar o cargo os “vendepátrias” e “assassinos” retornarão. E o “sol vai se esconder”.

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AQUI, COMO LÁ

Por aqui, o simpatizante Luiz Inácio, ex-presidente, já soltou que pode conclamar o Exército de Stédile, o dirigente-mor do MST, às ruas.

Lula sabe o que diz. O PT é apontado como o financiador dos sem-terra na invasão da fazenda Santa Mônica, do senador Eunício Oliveira (PMDB), em 2014, para desestabilizar sua campanha ao Governo do Ceará. Até um adversário, candidato a deputado pelo PT, apareceu nas terras em Goiás para fazer discurso.


Ex-senador da Bolívia recebe asilo diplomático
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Leandro Mazzini

 

Reprodução

Reprodução

O Ministério da Justiça autorizou no fim de setembro o asilo diplomático para o ex-senador boliviano Roger Pinto Molina, que mora em Brasília desde a sua fuga cinematográfica de La Paz, onde estava refugiado na embaixada do Brasil.

O documento, que foi entregue nesta quarta (25) ao boliviano, é válido até setembro de 2017, quando poderá ou não ser renovado.

Opositor do presidente Evo Morales, Molina  acusou o Governo bolivariano de associação com o narcotráfico internacional, entre outros crimes, foi ameaçado de morte e se refugiou. Após mais de um ano na embaixada, obteve ajuda do diplomata Eduardo Sabóia e fugiu de carro para o Brasil em agosto de 2013.

Em Brasília, o ex-senador vive em apartamento de um amigo e há poucos meses conseguiu um brevê para piloto de helicóptero.

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Evo quer reeleição ininterrupta e ex-presidente faz apelo ao Brasil
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Leandro Mazzini

Foto: EBC

Foto: EBC

O presidente boliviano Evo Morales, que já alterou a Constituição para conquistar o seu terceiro mandato, revelou a um jornal de seu país que a Coordenadoria Nacional por Mudanças – composta por movimentos sociais que controla – discute nova mudança na lei.

Segundo o presidente, o movimento deseja saber se ele pode se reeleger por “mais cinco, 10 anos, ou de maneira indefinida”.

O ex-presidente Tuto Quiroga, que não pretende voltar ao cargo, está numa luta pessoal inglória contra o demasiado poder antidemocrático alcançado pelo presidente Evo. Já denunciou isso a ex-presidentes do Brasil e México, e pretende voltar a Brasília em nova maratona para alertar para a situação política do país vizinho.

Evo já entrou na mira do Observatório de Direitos Humanos da OEA. Até agora, nenhuma posição oficial.

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À espera de refúgio, ex-senador boliviano vira piloto em Brasília
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Leandro Mazzini

Foto: ABr arquivo

Foto: ABr arquivo

O ex-senador boliviano Roger Molina, que fugiu para o Brasil com ajuda do diplomata Eduardo Saboya, ainda não conseguiu seu refúgio oficial no País, protocolado há meses no Ministério da Justiça.

Mas acaba de pegar seu brevê de piloto de helicóptero na Agência Nacional de Aviação Civil. Procura emprego.


Efeito Lava Jato: Bolívia esnoba brasileiras e contrata empresa chinesa
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Leandro Mazzini

A Operação Lava Jato começa a causar efeito negativo nos negócios das conhecidas e internacionais empreiteiras brasileiras alvos da Justiça.

O governo da Bolívia preteriu as brasileiras e contratou a empreiteira estatal chinesa Sinopec para obras de duplicação de uma rodovia de 58 km, na região de Ichilo, departamento de Santa Cruz.

A obra está orçada em US$ 80 milhões e será realizada em 36 meses. A duplicação da estrada liga Yapacaní a Ichilo.