Coluna Esplanada

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TV Cléber, a nova TV Câmara, deve perder programas culturais
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Leandro Mazzini

Cléber, com pose de galã, ainda não criou um programa seu. Foto: prb10.org

Cléber, com pose de galã, ainda não criou um programa seu. Foto: prb10.org

O ‘diretor’ Cleber Verde, deputado federal do PRB do Maranhão, está mandando mais a cada dia na TV Câmara (uma promessa de campanha de Eduardo Cunha à presidência)

O federal, que herdou a TV na distribuição de cargos na gestão Cunha, pretende em breve cancelar os programas da grade que não destacam os feitos dos parlamentares. Entram no rol os de cunho artístico & cultural, e de memórias históricas.

Cléber assumiu o controle da TV com a criação de um Cargo de Natureza Especial, pelo qual indicou uma apadrinhada como gestora. Não há ingerência política ou partidária na grade – por ora. Cléber atende a uma demanda antiga de deputados que desejam aparecer para as bases mas não conseguem espaço.


Na capital que é um circo, artista ganha dinheiro honestamente na Esplanada
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Leandro Mazzini

equilibrista

Um artista num monociclo tem ganhado a vida há meses no semáforo em frente ao Ministério do Turismo, na Esplanada em Brasília.

Um exemplo para os políticos na capital que é um circo a céu aberto, onde transitam equilibristas (para não cair no próprio truque), palhaços (que contam piadas em plenários), animais (no trânsito) e mágicos (que fazem seu dinheiro sumir).


OAB intercede por herdeiros no caso do Memorial de Jango
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Leandro Mazzini

Foto: OAB

Foto: OAB

O polêmico caso da construção do Memorial João Goulart em Brasília foi parar na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

O presidente do Conselho Federal, Marcus Vinicius Coelho, marcou para segunda-feira sessão plenária que vai decidir pela ação de legitimidade da construção do Memorial.Coelho deu parecer favorável ao pedido do presidente do PDT, Carlos Lupi, um dos entusiastas do projeto.

Lupi e o filho de Jango, João Vicente Goulart, recorreram à OAB, em razão do parecer contrário do Ministério Público do DF. O advogado da família de Jango é o ex-presidente da OAB Cézar Britto, sobrinho do ex-ministro do STF Ayres de Britto.


Cresce pressão em Brasília por Memorial de Jango
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Leandro Mazzini

Foto extraída do site do deputadopauloramos.com.br

Foto extraída do site do deputadopauloramos.com.br

O presidente do PDT, Carlos Lupi, acompanhado dos herdeiros do ex-presidente da República João Goulart e representantes do escritório de Oscar Niemeyer percorrem os salões do Congresso Nacional na próxima segunda (4).

João Goulart ganha sessão solene no Senado, pedida pelo senador Acir Gurgacs (PDT-RO). O evento é reforço pela construção do Memorial Jango, em Brasília, projetado por Niemeyer. Já existe uma área recém-cercada na capital federal, próxima ao Memorial JK, e promessa de emendas parlamentares para início das obras.


Lei no DF proíbe outdoors com propagandas eróticas e de motéis
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Leandro Mazzini

As propagandas de cunho erótico, de sex shop, de motéis e temas afins estão proibidas para painéis, placas e outdoors em Brasília e cidades satélites.

Na última terça-feira (24), a Câmara Legislativa do Distrito Federal, por 15 votos, derrubou o veto do ex-governador Agnelo Queiroz (PT) à lei aprovada 503/2011, do ex-distrital Evandro Garla,  que previa a proibição dessas propagandas em logradouros públicos.

O movimento pró-lei foi forte na Câmara, e uniu deputados de vários partidos ‘em defesa da família’, como Sandra Faraj (SDD), Chico Vigilante (PT) e Rodrigo Delmasso (PTN).

O DF é um dos líderes no Brasil em registros e denúncias de casos de pedofilia, e o tema pode virar alvo de CPI na Câmara ainda este ano.


No DF, Arruda tenta aproximação com governador Rollemberg
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Leandro Mazzini

Arruda - devagar, quieto, o mineiro quer voltar ao Poder. Foto: ABr

Arruda – devagar, quieto, o mineiro quer voltar ao Poder. Foto: ABr

Em Brasília, quem é vivo… anda perto de Palácios.

Se conseguir o que almeja, o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, hoje no PR, será mais um personagem do bordão ‘na política no Brasil, o fundo do poço tem mola’.

Derrubado duas vezes por conta própria, Arruda tenta uma reaproximação com o Poder. Ele renunciou no Senado no caso da violação do painel na votação da cassação do ex-senador Luiz Estêvão, e saiu de camburão da residência oficial do GDF na operação Caixa de Pandora.

Agora, tem enviados discretos recados ao governador Rodrigo Rollemberg (PSB) colocando-se à disposição para orientá-lo como ex-mandatário do Território, incluindo o PR à mesa para ajudar na conjuntura e na governabilidade na Câmara Legislativa do DF.

Arruda candidatou-se ao GDF ano passado, era pule de dez para a eleição, com seu nome ainda forte a despeito das maracutaias no currículo. Mas o TJDFT impôs a ficha limpa para o seu caso e ele desistiu. Lançou Jofran Frejat e a esposa, Flávia Arruda, como vice – a dupla assustou, levou a campanha para o segundo turno, mas sucumbiu às urnas de fim de outubro.

É com esta força eleitoral junto a todas as classes sociais que Arruda tenta convencer Rollemberg, em momento difícil de início de governo, de que pode ser um reforço.


Com emendas garantidas, Memorial Jango pode ser concluído em 2015
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Leandro Mazzini

Ilustração do projeto

Ilustração do projeto

João Vicente, filho do ex-presidente João Goulart, que mora em Brasília, deu apoio às reivindicações de Antônio Neto, presidente da Central dos Sindicatos. Em contrapartida, Neto articulou com deputados ajuda para a conclusão do Memorial Jango em Brasília.

Projeto de Niemeyer, o Memorial é erguido próximo ao de JK, o mais famoso da capital. Entraram na lista de colaboradores, via emendas, os deputados Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Alessandro Molon (PT-RJ), Viera da Cunha (PDT-RS) e Jean Wyllys (PSOL-RJ).


Sarney monta escritório em Brasília que pode acolher sua fundação
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Leandro Mazzini

sarneyvale

O ex-senador e ex-presidente da República José Sarney (PMDB) alugou um prédio no Lago Sul em Brasília e determinou sua reforma.

Ex-governador do Maranhão e ex-senador pelo Estado e também por Amapá, Sarney avisou a aliados que pretende continuar em Brasília, perto do Poder. Já avisou que sai da política, mas a política não sairá dele.

Entre os amigos, há quem diga que o veterano prepara a futura sede da Fundação da Memória Republicana Brasileira, com seu acervo, hoje alvo de polêmica em São Luís (MA), por ocupar um convento.


Distrito Federal pode permitir o uso do Canabidiol
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Leandro Mazzini

Foto extraída do jornaldoguara.com.br

Foto extraída do jornaldoguara.com.br

O Distrito Federal pode ser o pioneiro no País a ter lei própria autorizando o uso do Canabidiol para tratamento terapêutico sob controle.

Tramita na Câmara Legislativa do DF projeto que inclui o Canabidiol na lista de medicamentos oferecidos pela rede pública de saúde do DF. O autor do PL é o deputado distrital Rodrigo Delmasso (PTN). O projeto tramita na Comissão de Educação e Saúde e estima-se que vá a plenário ainda neste semestre.

O Canabidiol é um dos principais compostos químicos da Canabis, é extraído do caule e das folhas da planta e não tóxica. Os medicamentos a base de Canabidiol têm sido aplicados com sucesso em outros países em pacientes com crises convulsivas e doenças neurológicas.

A substância deixou de ser proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária no fim de janeiro deste ano, e entrou na lista de medicamentos aprovados para uso terapêutico.

Não existe ainda, portanto, uma lei federal para permissão do uso do Canabidiol.

“O Canabidiol é muito caro e uma família de baixa renda não conseguiria pagar. Eu acredito que a rede pública pode incluir na lista de medicamentos de alto custo para fornecer às famílias que precisam”, justifica o parlamentar.

 


Arlindo Cunha ou Eduardo Chinaglia? Dá no mesmo
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Leandro Mazzini

Arlindo Cunha ou Eduardo Chinaglia? Dá no mesmo. A despeito da troca dos sobrenomes, são um só – a ordem da nomenclatura não altera o homem e seu cargo. Quem manda na Câmara é o Palácio do Planalto. Eles disputam, neste domingo, o direito de quem vai sentar às mesas palacianas para negociar o que desejam com a presidente Dilma Rousseff.

Seja quem for o eleito hoje, em Brasília, para o terceiro cargo mais importante do Brasil na hierarquia do Poder – atrás da presidente e do vice Michel Temer – vai degustar das benesses servidas pela Presidência da República, quem realmente controla o cardápio há décadas, e não será diferente desta vez.

Só há promessas de independência. E nada mais que isso. E desde que mundo é mundo, promessa não passa de promessa – em especial se tratando de política e políticos.

Um deles, Eduardo Cunha (PMDB) ou Arlindo Chinaglia (PT), vai fazer o jogo do Palácio. Há uma disfarçável independência da Casa Legislativa nos discursos de ambos (escancarada, na voz do peemedebista, e discreta, na do petista).

Mas quem comanda o jogo ali é a horda que grita veladamente, ou não, por cargos, emendas parlamentares e verbas extras vias ministérios para as obras em suas bases eleitorais – e tudo isso não virá da caneta de Chinaglia ou Cunha, mas de Dilma Rousseff e seus asseclas. E ponto.

O que está em jogo até este domingo, antes da eleição, na maratona de reuniões, almoços, jantares e promessas de Cunha e Chinaglia são as vantagens no varejo: o controle de uma comissão aqui, dez cargos comissionados num ministério ali etc. Vazam para a imprensa o que querem, e isso tornou-se tão natural do jogo do Poder que a fisiologia e os interesses pessoais nem causam mais espanto.

Os candidatos à Presidência da Câmara sabem que com essa turma se negocia no atacado – e quem manda nesse estoque é o depósito central, do outro lado da Praça dos Três Poderes. A dita independência do Legislativo Brasileiro é discurso repetido para a sociedade aplaudir. E nada mais.

O País assistirá a partir de hoje à derrocada desse discurso, gradativamente, no momento em que o petista ou o peemedebista subir ao trono e começar a visitar o Palácio. Vez ou outra trocarão recados pela imprensa de soberania dos Poderes e não ingerência, o papo furado de sempre. Tudo corre sob concessões, de ambos os lados, e acordos que se concretizam em votações no plenário.

E o brasileiro cairá na real de que nada mudou, por ora, quando o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) for reeleito para o comando do Senado Federal. Um detalhe, o PMDB pode repetir nas duas Casas a supremacia do controle dos dois últimos anos, e escantear o PT que já não é tão unido mais.

O jogo só mudará sob pressão popular. O ‘gigante’ acordou em Junho de 2013, bateu forte à porta do Congresso Nacional, assustou os inquilinos, mas.. voltou para casa e dormiu.

Mas há outro ‘gigante’ prestes a acordar. Ele está sendo despertado de seu sono pela operação Lava Jato, e deve bater às portas de gabinetes de parlamentares eleitos e não-eleitos em breve com pares de algemas a serem usadas. Esse Gigante atende pelo nome de Justiça.