Na cadeia, Cachoeira era dono da TV. Beira-Mar é maior doador de livros
Leandro Mazzini
Com a chegada da bancada parlamentar à cadeia – já são oito os ex-mandatários presos, espalhados por presídios entre DF e Minas – vêm à tona bastidores da influência de outros criminosos detidos: Carlinhos Cachoeira e Fernandinho Beira-Mar.
Nos meses que passou na Penitenciária da Papuda (DF), o bicheiro Cachoeira era quem dominava a TV. Nos serviços internos, numa sala com televisão para os agentes penitenciários, Cachoeira mandava trocar todo dia o canal de filmes para assistir a NBR, o canal de notícias do governo.
Direto de Catanduvas (PR), aquele que já foi o maior traficante Beira-Mar tornou-se o maior doador de livros do sistema presidiário. Beira-Mar, que estuda direito na cadeia, ainda banca a compra de livros de ficção e não-ficção e manda distribuir através de advogados. E manda avisar que não são doações do governo.
Na sexta-feira, ninguém foi encontrado na assessoria da secretaria do sistema penitenciário do DF. Por regra, o Departamento Penitenciário Nacional não comenta situações de seus detentos.
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OLHO NELES!
O governo começa a distribuir 2 mil ingressos da FIFA para índios assistirem aos jogos. Curioso é que surgiu uma onda de índios brancos de olhos verdes no Brasil.
BOLSO CHEIO
Se os jogadores e Felipão atuarem tão bem em campo como nos comerciais milionários que fazem, a Seleção é Hexa! Do contrário, o chororô é só nosso. E sem dinheiro.
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FENÔMENO NA TELA
Um fenômeno no Ministério das Comunicações, comandado pelo petista Paulo Bernardo. A TVCI, de um empresário do Paraná, terra de Bernardo, é o canal que mais cresce no País. Tem concessão em Paranaguá (de Junho de 2007). Desde o início do governo Lula conseguiu sete outorgas de retransmissão e está na iminência de autorização de mais 99 outorgas pelo País. Assim a TV estará com cobertura nacional, nas cinco regiões do Brasil. Atualmente a grade da TVCI é comprada pelo bispo Valdemiro Santiago, o líder da Igreja Mundial do Poder de Deus.
TV PINGUIM
Nos bastidores do poder, a TV ganhou o apelido de TV Pinguim – por que, ninguém entende ainda. O Ministério avisa que as sete outorgas concedidas à TVCI correspondem a 1,85% do total em 2011, quando a pasta emitiu 378 de retransmissoras de TV.
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BOMBARDEIO
O Ministério da Defesa não quer saber de audiência pública que a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) aprovou na Câmara para debater produção de munições cluster. Nas Américas, apenas Brasil e EUA têm fábricas. Ganham milhões por mês com exportações para Irã, Iraque e Arábia Saudita. As munições cluster consistem em bomba numa cápsula, lançada do ar e que explode antes de chegar ao chão. A cápsula abre e espalha centenas de submunições nos alvos.
TELA = VOTO
Para o líder do PMDB Eduardo Cunha (RJ), a CPI da Petrobras vai bombar, seja qual for, porque até os candidatos vão preferir ficar em Brasília, aparecendo na TV, em vez de fazerem campanha nas bases. ‘Quem não vai querer ficar no Congresso pautando a imprensa nacional todos os dias?’, justifica o deputado.
NO PAÍS DA COPA
Jornalistas de sites e TVs que cobriram Goiás x Botafogo na quinta em Juiz de Fora ficaram numa ‘cabine’ improvisada com chão de tapume e pregos soltos. Os da Globo e SporTV, com direito a transmissão ao vivo, na cabine top da diretoria do estádio.
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DESCARRILOU
Ninguém no governo tampouco a presidente Dilma não falou mais do Trem Bala – nem dos gastos milionários com estudos de viabilidade pagos, encomenda do ex-diretor Bernardo Figueiredo, braço-direito da presidente. Estimam-se apenas os custos do projeto em R$ 30 milhões. A pergunta na Esplanada é: Cadê o Trem Bala? Descarrilou no papel, cujo projeto ninguém sabe, ninguém viu.
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BRASIL LÁ FORA
O jornalista Marcelo Rech, especialista em coberturas internacionais, tornou-se um dos mais requisitados do País para participação em congressos internacionais. Ele participará do programa Diálogo Brasil, da Fundação Konrad Adenauer, em Berlim. Passará ainda por Bruxelas e Roma. Há dois anos, Rech escapou de atentado em Israel, onde participava de evento de investigação: um homem-bomba explodiu a 20m dele.
BRASIIILLL
Inconformados com as condições das celas no presídio Francisco Conde, em Rio Branco (AC), os detentos encomendaram material de construção e iniciaram reformas por conta própria. Revelação de Gina Menezes, do site ContilNet. Leia aqui
NADA SOBE
Assim como os brasileiros em parceria com a China – que enviaram ao mar um satélite de R$ 300 milhões – a Rússia mandou quinta para o chão um satélite de 200 milhões de euros. A dúvida é: os brasileiros aprenderam com os russos ou estes com os chineses?
PONTO FINAL
Esses foguetes russos e sino-brasileiros estão iguais ao PIB do Brasil. Não sobem.
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