Coluna Esplanada

Arquivo : Ciro Gomes

Agora no PDT, Ciro e Cid Gomes já tentaram controlar PSB e PROS
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Leandro Mazzini

Foto: jmunicipios.com.br

Foto: jmunicipios.com.br

Chegaram à cúpula do PDT recados para que abram os olhos com os irmãos Ciro e Cid Gomes.

Por onde passaram, tentaram controlar os seus partidos. Foi assim no PSB – brigaram com Eduardo Campos (in memoriam), e no PROS, de onde acabam de zarpar.

A disputa no ninho socialista rachou o partido no Nordeste e fez o então governador pernambucano se afastar da dupla e trabalhar pela sua candidatura presidencial até o fatídico acidente aéreo. A esta altura, os Gomes já estavam no PROS, onde também brigaram com a cúpula – ao ponto de membros da bancada federal pedirem a intervenção no diretório do Ceará.

Em três décadas de vida pública, Ciro e Cid já passaram juntos por outros partidos além dos supracitados – PDS, PMDB, PSDB e PPS. Até a publicação desta nota, estavam no PDT, no qual se filiaram semana passada.

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PDT entrega Ministério do Trabalho para lançar Ciro em 2018
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Leandro Mazzini

lupi

Há um mês o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, devolveu ao Planalto o Ministério do Trabalho, controlado pelo partido – por Manoel Dias – e o qual já comandou.

Lupi se reuniu com a presidente Dilma e avisou da pretensão eleitoral de lançar candidato com as “diretrizes trabalhistas” em 2018. Em tempo, Dilma é egressa do PDT e também da escola de Leonel Brizola.

“A presidente compreendeu”, diz. Lupi repetiu isso para o ex-presidente Lula numa reunião em São Paulo. “Não é coerente ficar num governo diante da proposta de trabalhar uma candidatura”, revela o presidente do PDT. Já tem nome. Trata-se de Ciro Gomes.

O PDT já espera a fusão do Trabalho com a Previdência – conforme antecipou ontem o blog de Fernando Rodrigues. A pasta ficará sob comando do ministro Carlos Gabas, ligado ao PT. Ontem, questionado por Manoel Dias, Gabas disse ao ministro que não sabe de nada.

Mas nos bastidores o PT sempre quis controlar o MTE, e não vai abrir mão da oportunidade.

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PRÉ-LANÇAMENTO

O PDT filia hoje os irmãos Ciro e Cid Gomes, ambos ex-governadores do Ceará e ex-ministros de Lula e Dilma, respectivamente. A ideia é lançar Ciro em 2018. “Há este cenário”, diz Lupi

O PT não vê com maus olhos a entrada de Cid no páreo. Dependendo do cenário daqui a três anos, o PDT pretende oferecer a vice aos petistas, se Lula não se lançar.


PDT filia Ciro e Cid Gomes com séquito de deputados e prefeitos
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Leandro Mazzini

Cid e Lupi: afinados com novo projeto de poder. Foto extraída do verdinha.com.br

Cid e Lupi: afinados com novo projeto de poder. Foto extraída do verdinha.com.br

Carlos Lupi, presidente do PDT, faz festa para filiação dos irmãos Ciro e Cid Gomes na quarta-feira em Brasília.

Ciro será alçado informalmente a pré-candidato do partido ao Planalto, mesmo com Manoel Dias ainda ministro do Trabalho na cota do PDT no Governo Dilma Rousseff.

Ciro e Cid deixam o PROS e levam o séquito fiel à dupla. Entram também no PDT o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, e 12 deputados estaduais, além de vereadores e prefeitos do Ceará.

O PDT , que segundo seus dirigentes já tem 30% do eleitorado carioca , mesmo depois da morte de Leonel Brizola, “terá oitenta por cento dos votos do Ceará”, calcula o presidente Lupi.


PDT no divã palaciano aposta na estreia dos irmãos Gomes
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Leandro Mazzini

Cid Gomes e Lupi. Foto extraída do dialogospoliticos.wordpress.com

Cid Gomes e Lupi. Foto extraída do dialogospoliticos.wordpress.com

O presidente do PDT, Carlos Lupi, reuniu-se há poucos dias com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, seu sucessor na pasta, após a reunião no Planalto sobre a possível troca do ministro para acalmar a bancada na Câmara.

Mas entre os dois o papo foi outro. Dias está garantido no cargo, apesar de a bancada se debandar da base no Congresso. Maneco, como é chamado, é da cota do próprio Lupi.

Lupi e o ministro conversaram muito sobre a entrada dos irmãos Cid e Ciro Gomes no PDT, com filiação nesta segunda em Fortaleza. Ambos acreditam que a dupla, bem afinada com a presidente, tende a fortalecer a interlocução do partido com o Palácio.


Deputado quer batizar Transnordestina de Ferrovia Eduardo Campos
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Leandro Mazzini

Obras da ferrovia se estendem por anos, e por bilhões

Obras da ferrovia se estendem por anos, e por bilhões

O deputado federal Heráclito Fortes (PSB-PI) está de boa intenção, mas arrumou uma encrenca dupla.

Apresentou projeto de lei para batizar de ‘Governador Eduardo Campos’ a Ferrovia Transnordestina. A polêmica é dupla porque nem foi concluída. E outra, quem manda na estatal que controla a Transnordestina hoje é o ex-desafeto do finado Campos, Ciro Gomes.

O deputado Júlio César (PSD-PI), um dos maiores estudiosos das obras federais, passou lupa nos repasses e e já fez, meses atrás, uma radiografia da decana e inacabada mega ferrovia. A situação é de descarrilar locomotivas.


Verborragia figadal de Ciro contra Cunha foi o precedente da vingança
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Leandro Mazzini

Ciro: sua verborragia figadal contra Cunha foi o precedente para a vingança do presidente da Câmara contra o irmão. Foto: politicabahia.com.br

Ciro: Ele precedeu o irmão no ataque a Cunha, que esperou o momento para se vingar. Foto: politicabahia.com.br

Vem de longe a ira dos irmãos Gomes com o agora presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e vice-versa.

No último mandato que exerceu, o então deputado Ciro Gomes (2006-2010) atacou o peemedebista em plenário. Eduardo guardou o episódio, embora tenha o rebatido de pronto.

O episódio: Cunha arregimentou apoio para obstruir uma votação pró-governo. Irado, Ciro, aliado do presidente Lula, soltou o verbo ao microfone: disse que Cunha agia assim porque talvez não tivesse sucesso em alguma negociata com o Palácio.

Em outra ocasião, em 2010, de saída da Casa, Ciro disse numa entrevista que o PMDB é um ‘ajuntamento de assaltantes’, o que causou mais ira dos parlamentares da legenda.

Daí Cunha, desta vez, usar a força do cargo para se vingar. Não só convenceu os líderes a fazerem fila na tribuna para atacar o irmão dele, Cid Gomes, sobre a infeliz frase ‘400, 300 achacadores’, como depois enviou junta médica da Casa para investigar se Cid realmente estava doente ou driblava a convocação da Câmara, diante de licença médica repentina.


Para Dilma, Cid tem carta branca e pode escolher ministério
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Leandro Mazzini

cid

Foto extraída de blogs.diariodonordeste.com.br

Cid pode escolher Educação, ou o que ele quiser.

O governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), está em alta cota com a presidente Dilma. Ela o recebeu na terça-feira dia 4 e ofereceu a Cid o Ministério da Educação. Ou a pasta que ele escolher.

O movimento político de Dilma tem motivações puramente eleitorais. Cid, um ex-aliado do saudoso Eduardo Campos, derrotou Eunício Oliveira (PMDB), antes favorito ao governo, e emplacou Camilo Santana (PT).

Entregou ao PT um dos principais colégios eleitorais do Nordeste. E Dilma também deseja conquistar a bancada do recém-nascido PROS, que paquerou a oposição.

NA CONTA 

O PROS tem uma bancada tímida no Congresso, embora possa ter votos decisivos em votações para o Planalto. Serão 15 deputados e um senador a partir de 2015.

O partido nasceu da articulação do deputado Givaldo Carimbão (AL), ex-PSB, com as bênçãos dos irmãos Cid e Ciro Gomes, que o fortaleceram no Ceará e outros Estados do Nordeste.

QUAL DELES?

Com o potencial eleitoral do PROS e o domínio do Ceará, os irmãos saíram lucrando. Se Cid não quiser ministério, a opção pode ficar para o irmão Ciro Gomes, que já foi ministro de Lula e colega de Dilma na Esplanada.

DANÇOU 

Quem saiu perdendo no PT, mesmo com a vitória de Camilo, foi a ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins. De grupo interno rival, ela ficou praticamente neutra.


‘Nada de estrangeiros’, diz a matriarca da família Campos
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Leandro Mazzini

Dona Renata Campos, como é chamada por aliados do falecido marido Eduardo, mostrou ontem por que era o braço direito do presidenciável e participava de reuniões de governo.

renata

Renata – Ela quem manda agora no PSB de Pernambuco.

Chamou para si a responsabilidade de nortear as decisões das chapas do PSB ao Planalto e ao governo de Pernambuco. ‘Nada de estrangeiros’, soltou, firme, para amigos próximos.

Referiu-se ao futuro vice de Marina Silva na campanha. Apesar da pressão popular por seu nome, dona Renata não quer entrar no páreo. O potencial nome será de um pernambucano, entre eles o ex-deputado petista Maurício Rands.

PLANO B

Se houver risco de racha, a própria Renata não descarta ceder aos apelos e se lançar de vice. Mas é pouco provável, porque é hora de cuidar dos filhos, em especial do bebê.

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DOR DE MÃE 

A ministra do TCU Ana Arraes, mãe de Eduardo, estava inconsolável e repetia para os próximos o porquê de não ter sido ela no lugar do filho no acidente.

MISTÉRIOS

Aos sussurros, gente importante de Pernambuco fala em atentado. Alguns levantam dúvidas sobre drones em voo em Santos, e sobre a silenciosa caixa-preta.

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ESTRANGEIROS

ciro

Os irmãos Cid e Ciro Gomes, agora no PROS – eles foram solenemente ignorados pelo staff. Foto de arquivo: baladaim.com.br

Ex-aliados, os irmãos Ciro e Cid Gomes, do Ceará, foram ignorados pelo staff do Governo de Pernambuco no velório de Campos. Ficaram fora da tenda de autoridades e foram vistos na fila do bebedouro no Palácio das Princesas.

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MÁ HORA

Caciques políticos repararam ao saírem do velório de Eduardo Campos: não foram vistos por lá os senadores José Sarney (PMDB-MA), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Fernando Collor (PTB-AL). Os três foram duramente criticados por Campos no primeiro programa eleitoral gravado para TV. O PSB não confirma se vai exibi-lo hoje.

MÁ HORA II

Pegou mal para Marina Silva dizer que foi salva do acidente por providência divina. O que mais se pergunta nas redes sociais – seu grande trunfo para este ano, como foi em 2010 – é por que Deus a preservou e não teve piedade de Eduardo Campos e equipe.

METRALHADORA GIRATÓRIA

Quem acompanhou o depoimento da secretária do doleiro Alberto Yousseff no Congresso previu que a cúpula do governo do Maranhão terá muito o que explicar. E ela não revelou nem dez por cento do que sabe.

AMARELOU 

Mal a ministra Luciana Lóssio do TSE determinou audiência para sexta, o advogado do deputado André Vargas (sem partido) protocolou petição com pedido de cancelamento.

ALÔ, MINISTRO!

Sem sucesso há um ano nos trâmites judiciais contra a Infraero, o AeroClube do Brasil, cujo despejo dos hangares em Jacarepaguá (RJ) foi determinado pela Justiça, busca nova sede. Pilotos querem recorrer ao ministro Moreira Franco, da Aviação Civil.

O AeroClube foi fundado há 103 por Alberto Santos Dumont e desde então ocupou sedes no Rio cedidas pela Aeronáutica. A Infraero requereu os hangares para lotar servidores do Aeroporto do Galeão que ficarão sem ocupação com a concessão.

AGARROU O DISCO

Veja a resposta de Edinho Lobão (PMDB), candidato ao governo do Maranhão, para a pergunta do jornalista John Cutrim sobre solução para o Estado: ‘Boa pergunta… Ah, John… Venha você também para o 15! Sua mãe é 15, seu pai é 15, seu tio é 15, seu cachorro é 15, teu gato é 15 e até seu papagaio só fala em 15’.

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Pautas, sugestões, denúncias: envie e-mail para pauta@colunaesplanada.com.br


PROS aposta em Ciro Gomes no Ministério da Integração
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Leandro Mazzini

ciro

Se tudo sair como o planejado para o PROS, o novo partido aliado da presidente Dilma Rousseff, o cearense Ciro Gomes será o novo ministro da Integração Nacional. Ontem, o deputado federal Givaldo Carimbão (AL), líder do PROS na Câmara – o responsável por angariar mandatários para a legenda e, consequentemente, o tempo de TV – e o presidente do partido, Eurípedes Junior, se reuniram com a ministra das Relações Institucionais no Palácio do Planalto, Ideli Salvatti, para tratar do assunto.

Ideli não falou em nome da presidente, mas deixou a entender para a dupla a grande possibilidade de o PROS fincar os pés e as mãos na Integração – daí a rebelião velada do PMDB, para quem a pasta oficiosamente estava prometida, com o indicado senador Vital do Rego (PB), que por ora sobrou.

‘Vamos esperar o convite oficial, é a presidente Dilma quem vai decidir’, diz o líder do PROS, Givaldo Carimbão. Cautela, cautela é a palavra de ordem no partido, que não quer soltar fogos antecipadamente, mas tem ciência de seu poder junto ao Planalto. Pelos 17 deputados da bancada, pelo tempo de TV – menos de um minuto, mas preciosos segundos em tempos de eleição – e pelo poder dos irmãos Ciro e Cid Gomes, o governador do Ceará.

Em especial pelos irmãos Gomes. Dilma já teve melhores relações com Cid, mas nada que tenha abalado a aliança, que agora renasce com a debandada da dupla e uma penca de deputados e prefeitos para o PROS e a base governista, em vez de caírem nas mãos do futuro adversário Eduardo Campos (PSB).

Ciro Gomes já foi ministro da Integração, foi na sua gestão que saiu do papel a bilionária transposição do rio São Francisco, e Dilma, segundo um interlocutor dela em reunião recente, disse que tem ‘um enorme carinho por Ciro’. E também pelo Ceará, obviamente. O Estado controlado pelos Gomes soma 6,2 milhões de eleitores. Um diferencial e tanto para quem precisa de um aliado na Esplanada para ajudar nas urnas em Outubro. Detalhe: o Ceará tem grandes obras da transposição do rio Chico.

Carimbão saiu em defesa do partido ontem com a notícia de que o PSDB pretende subscrever ação jurídica por crime eleitoral contra o partido, na iminência de conquistar o ministério. Para os tucanos, a presidente Dilma usa da caneta para conquistar apoio eleitoral e tempo de TV para a campanha. ‘Somos aliados de Dilma com ou sem ministério’, diz Givaldo à Coluna.

RIO, A VITRINE

O ministro da Pesca, Marcelo Crivella, ficou a sós com a presidente Dilma Rousseff por duas horas e meia no Palácio da Alvorada, na noite de segunda. Saiu dali com três certezas: ele será candidato ao governo do Rio, Dilma pediu seu apoio e prometeu apoio ao candidato do PRB, e Crivella deixa o cargo dia 4 de abril.

Com o governador Sérgio Cabral (PMDB) submergindo no cenário político nacional e afogado na baixa popularidade, a presidente, segundo aliados do Rio, precisa de pelo menos outros dois palanques além do PMDB. O candidato do PT será Lindberghg Farias. Crivella lidera as pesquisas, seguido pelo petista.

O Rio é o terceiro maior colégio eleitoral do País. São Paulo e Minas, primeiro e segundo colégios, são dominados pelo PSDB. Dilma precisa do Rio para reduzir a esperada diferença eleitoral.

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