Coluna Esplanada

Arquivo : cláudio fonteles

Devassa nas contas causa constrangimento à Comissão da Verdade
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Leandro Mazzini

Rosa Cardoso – ela autorizou o pente fino nos contratos da CNV

Um constrangimento sem igual tomou conta dos integrantes da Comissão Nacional da Verdade (CNV), vinculada à Presidência e que apura crimes da ditadura, e revela o porquê da saída do conselheiro Cláudio Fonteles.

Há três meses, a conselheira Rosa Maria Cardoso, assim que assumiu a direção do grupo, pediu uma devassa nos contratos das gestões anteriores, em especial Paulo Sérgio Pinheiro, indicando suspeitas de custos demasiados em trabalhos encomendados pela professora Heloísa Starling, coordenadora do Projeto República da UFMG – entidade parceira da CNV.

Sob anonimato, membros da CNV começaram a divulgar que esses foram os motivos que levaram o conselheiro Cláudio Fonteles a deixar o grupo, porque suspeitava de pagamentos de altos valores a pesquisadores contratados, para dez meses de trabalho.

Logo em seguida, Rosa e seu principal assessor, André Saboya, deram início à operação pente-fino. Foi nomeado como auditor interno Norberto Timóteo, chefe da Assessoria Especial da Casa Civil da Presidência, como responsável pela apuração.

Embora a assessoria da CNV negue oficialmente a devassa nas contas, um relatório foi entregue há poucos dias ao novo coordenador da CNV, José Carlos Dias, e levado à presidente Dilma, sob tensão dos membros da comissão.

Resultado da revisão de todos os gastos e contratos: as contas estão corretas e nos preços do mercado. E todas as pesquisas encomendadas foram entregues no prazo, segundo relatório da auditoria, com revelações históricas – algumas delas bombásticas – que serão ressaltadas no relatório final em 2014 e podem mudar os rumos da CNV.

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Na Sexta, o governo da Bahia inaugura no distrito de Ferradas, em Itabuna, a Universidade Federal do Sul da Bahia e o Campus Jorge Amado.

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Em visita ao ministro da Integração, Fernando Bezerra, o deputado Humberto Souto (PPS), da “Caravana do Semiárido”, pediu a ele que faça chover no Norte de Minas.

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Jaques – ele deu ultimato aos quatro pré-candidatos à sua sucessão por escolha de nome

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UTI JUDICIAL

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Taques – o senador procurador considera que embargo infringente para os mensaleiros ratifica o bordão ‘país da impunidade’

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Do procurador e senador Pedro Taques, sobre o julgamento no STF dos embargos infringentes: ‘Se concretizar, mostra que o Brasil é um país da impunidade. A lei 8.038 não estabelece infringentes nem no Supremo nem no STJ. Tanto que no STJ não existe’. ‘O regimento interno do STF, que é anterior à Constituição, não pode tratar de regras processuais. E não adianta falar que ofende o duplo grau de jurisdição’, diz Taques.

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