Coluna Esplanada

Arquivo : congresso nacional

‘Janela’ já causa sangria nos partidos
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Leandro Mazzini

Weliton Prado, que deixa o PT pelo PMB. Foto: divulgação

Weliton Prado, que deixa o PT pelo PMB. Foto: divulgação

A ‘janela partidária’ prevista para abrir no próximo dia 18 começa a causar sangria em todos os partidos, da base e oposição.

O PSDB vai perder, por baixo, quatro deputados, entre eles Alfredo Kaefer (PR) e Delegado Valdir – embora negue, os pares confirmam saída, porque não terá a legenda para disputar a prefeitura de Goiânia.

A despeito de a ‘janela’ não ter efeito sobre cargos majoritários, o senador tucano Alvaro Dias já entrou para o PV, com sonho de disputar o Planalto – a exemplo do deputado Jair Bolsonaro, que troca o PP pelo PSC, pelo qual tentará primeiro, este ano, a prefeitura do Rio. Weliton Prado (MG) deixa o PT pelo Partido da Mulher Brasileira.

Caso curioso é o PP. Enrolado na Lava Jato, perde só dois deputados – Bolsonaro e Missionário Olímpio (SP) e vai ganhar cinco membros. “Imagina o que estão dando para esse pessoal entrar na legenda”, brinca um cacique.

Um empresário de ideias sociais-liberais, Alfredo Kaefer estuda se filiar ao PSL, onde tem a garantia de protagonismo nacional com missão de rearranjo do partido.

Após especulações de que vai para o PSD, o deputado federal Jerônimo Goergen (RS) garante que fica no famigerado PP, por questões locais.

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As gargalhadas de Barbosa e Adams no Congresso
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Leandro Mazzini

Foto de arquivo: ABr

Foto de arquivo: ABr

Um deputado arrancou gargalhadas do Advogado Geral da União, Luis Inácio Adams, e do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, ontem antes da cerimônia de abertura do Ano Legislativo no Congresso, ao soltar “Vocês não estão na Lava Jato, né!?”

De saída do Governo, o ministro-chefe da AGU apareceu de chapéu Panamá no Congresso. Uns citaram a calvície como justificativa e, outros, a provocação a colegas que ficam com a crise. Alegre e conversador, Adams já parecia estar de férias.

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Faixa pró-impeachment aberta para Dilma partiu do DEM
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Leandro Mazzini

Foi premeditado o protesto da professora de dança e estudante de jornalismo Kelly Cristina, que abriu faixa com a frase “Impeachment Já!” em frente à presidente Dilma durante sua passagem pela Câmara dos Deputados, na tarde desta terça-feira (2).

Cercada por seguranças, a manifestante correu e se protegeu na sala da liderança do DEM, onde a faixa ficara guardada até ser exposta.

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De chapéu Panamá, AGU Adams dá o tom da despedida
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Leandro Mazzini

Adams, ao centro, de chapéu.

Adams, ao centro, de chapéu.

De saída do Governo federal neste mês, conforme divulgado pela imprensa, o ministro-chefe da Advocacia Geral da União, Luís Inácio Adams, apareceu de chapéu Panamá no Congresso Nacional para a cerimônia de abertura do Ano Legislativo, no qual a presidente Dilma Rousseff leu a mensagem ao Parlamento.

Muito descontraído e conversador, Adams papeou com colegas mas não conversou com jornalistas.

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Barbosa, da Fazenda, não disfarça a tensão do momento
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Leandro Mazzini

Barbosa, ao centro, entre o líder do PMDB, Picciani (E) e o AGU Adams, de chapéu, que conversavam.

Barbosa, ao centro, entre o líder do PMDB, Picciani (E) e o AGU Adams, de chapéu, que conversavam.

O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, não disfarçou na tarde desta terça-feira a tensão que o cerca diante do cenário na economia. Entre os mais de dez ministros que recepcionaram a presidente Dilma Rousseff na visita ao Congresso Nacional, ele era um dos mais inquietos.

Entre os ministros estão o Advogado-Geral da União, Luís Inácio Adams, e o da Justiça, José Eduardo Cardozo, além de Gilberto Occhi (Integração), Aloizio Mercadante (Educação), Celso Pansera (Ciência & Tecnologia), Izabella (Meio Ambiente) e Henrique Alves (Turismo).

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Presidente Dilma vai ao Congresso
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Leandro Mazzini

Foto: businessinsider.com

Foto: businessinsider.com

A presidente Dilma Rousseff acaba de decidir com os ministros palacianos ir ao Congresso Nacional nesta terça-feira para ler a mensagem de abertura do Ano Legislativo.

A decisão surgiu após consultar os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Governo). Ela própria dá as últimas pinceladas no discurso que fará ao lado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Antes da decisão, os ministros se penduraram aos telefones para garantir a presença em peso da base governista no plenário.

A presença da presidente da República pode ser um divisor de águas na sua atual situação junto ao Legislativo. Ela aparece em cerimônia pública nesta terça após se ausentar hoje na tradicional abertura do ano do Judiciário – onde, aliás, seu desafeto Eduardo Cunha passou uma calça-justa ao ser colocado pelo cerimonial ao lado do procurador-geral Rodrigo Janot, que pediu sua cabeça ao Supremo Tribunal Federal.

Janot nem o citou e causou mais comentários. À saída do STF, à Coluna Janot explicou que citou “apenas presidente de poderes”. Ou seja, na sua opinião, Cunha está apeado do cargo, embora ministros estejam divididos veladamente sobre o caso.

Dilma aparece na sede de um Legislativo ainda incógnito sobre sua performance. Até a base governista está rachada a respeito do Planalto. Há meses os ministros Jaques Wagner e Berzoini têm trabalhado diariamente para conquistar o apoio incondicional de parlamentares independentes e dos próprios ‘aliados’ a fim de conquistar “300 deputados fiéis” – o termo que se usa no Planalto – para barrar o processo de impeachment da presidente.

Aliás, a tropa do Planalto atua para minar o processo ainda na esperada comissão especial que vai decidir sobre a abertura ou não do processo de impedimento. A presença de Dilma nesta terça, frente a frente com os algozes e aliados, é estratégia para mostrar que ela não está acuada.

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Com Conselhão, Dilma tenta se blindar contra impeachment
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Leandro Mazzini

Com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), encurralado por graves denúncias, a oposição já admite que será difícil emplacar o impeachment da presidente Dilma Rousseff via Congresso Nacional.

A aposta oposicionista mais viável é centrar fogo na cambaleante política econômica do Governo e incendiar as CPIs; em especial, a dos Fundos de Pensão, onde já há requerimentos para ouvir o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner.

Mas fora do Congresso a presidente contra-atacou a tempo, aconselhada pelo ex-presidente Lula e pelo marqueteiro João Santana. O reencontro do Conselho Econômico e Social foi jogada para se blindar junto a empresários, banqueiros e movimentos sociais.

Efeito prático diretamente no Congresso não há, mas paralelo sim, por pressão destes a seus deputados e senadores.

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Dilma ordena pauta positiva pós-recesso, mas ministros batem cabeça
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Leandro Mazzini

A presidente Dilma já baixou a ordem aos ministros e auxiliares para tentarem emplacar temas positivos da agenda do Governo na última semana do recesso do Congresso. Ela antevê que os holofotes estarão voltados para o processo de impeachment e escândalos que envolvem congressistas.

Mas a cúpula do Governo não fala a mesma língua.

Enquanto o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, alardeia “êxito” para conter a proliferação do Aedes aegypti, o colega Marcelo Castro, ministro da Saúde, joga um balde de água fria: “O Brasil está perdendo a guerra contra o mosquito. Vivemos uma verdadeira epidemia”.

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Movimentos contra Governo vão apostar na guerrilha virtual
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Leandro Mazzini

Foto: Reuters

Foto: Reuters

A ordem dos movimentos que hasteiam bandeira do impeachment da presidente Dilma, que será discutido na Câmara dos Deputados a partir de fevereiro, é intensificar táticas de guerrilha nas redes sociais.

A autocrítica é de que a “desmobilização virtual” foi a grande responsável pela queda vertiginosa de público nas últimas marchas pelo Brasil.

Na outra ponta a base governista e os movimentos sociais que apoiam o Governo apontam que não há razão para abertura do processo, diante do pagamento de R$ 72 bilhões da União a bancos para zerar as ‘pedaladas fiscais’, motivo do pedido de impedimento acolhido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Há movimentos prós e contra o processo, que ganham os debates na sociedade civil.

Partidos da base lançaram uma campanha pela ‘legalidade do Governo Dilma’, e seus expoentes rodam o País em explanações públicas, apontando perseguição da oposição e falando em ‘golpe’.

Alguns analistas indicam que a massa popular pode fazer a diferença, a favor ou contra a presidente. O presidente da Associação Nacional de Consultores Políticos, Carlos Manhanelli, aponta que não há impeachment sem pressão popular. Lembra que a queda do ex-presidente Fernando Collor iniciou nas ruas com os tradicionais caras-pintadas. “O clima das ruas está frio”, resume.

Manhanelli afirma que, além das denúncias que atingem em cheio figurões do governo e do PT, a grave crise econômica que afeta o País pode ser impulsionador do processo de impeachment. “Dê instabilidade política ao povo e ele devolverá com instabilidade política”, afirma o professor, em citação livre do escritor inglês Karl Marx.


Lista de cargos e apadrinhados deixa aliados em alerta com Planalto
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

A equipe da presidente Dilma no Planalto capitaneada pelo ministro de Governo, Ricardo Berzoini, quer estrear fevereiro no Congresso sabendo quem é quem na ‘base governista’, se pode contar com os aliados, e vai cobrar a fatura para votações importantes. E, claro, para barrar o processo de impeachment.

Segue em ritmo intenso o pente-fino, a mando de ministros palacianos, para identificar apadrinhados políticos que, discreta ou escancaradamente, apoiam o impeachment da presidente Dilma nas ruas e nas redes sociais.

Listas circulam pela Esplanada dos Ministérios em meio à varredura já batizada de “macartismo petista”.

Outra lista, esta bem atualizada, aponta os cargos de primeiro a terceiro escalões nas estatais, em Brasília e nas capitais, cedidos para os aliados. Dilma tem uma.

Nessa estratégia palaciana não está descartada a tática do medo, tradicional no toma-lá-dá-cá da relação Palácio-Congresso há décadas: pressionar deputados e senadores para votarem com o Planalto, com risco de perderem cargos importantes.

A lista dos apadrinhados surgiu após a constatação, em novembro, de que o Planalto não alcançou os 300 deputados-fiéis como especulava diante das benesses cedidas.

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