Coluna Esplanada

Arquivo : cyclone 4

Câmara quer investigar foguete que, no chão, mandou R$ 1 bi para o espaço
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Leandro Mazzini

A carcaça do Cyclone na Base de Alcântara - pestes a virar peça de museu, se não houver reviravolta no caso. Foto: defesanet.com.br

A carcaça do Cyclone na Base de Alcântara – pestes a virar peça de museu, se não houver reviravolta no caso. Foto: defesanet.com.br

Há décadas o Governo brasileiro tem a inquestionável mania de jogar dinheiro fora – mostram as sucessivas denúncias comprovadas de corrupção – mas também, de uns tempos para cá, de lançá-lo pelos ares, literalmente e sem retorno.

Após investir mais de US$ 1 bilhão no foguete Cyclone-4, que não saiu do chão, o Governo cancelou o programa, mas não formalizou ainda o fim da parceria com a Ucrânia, relata o deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG).

Membro da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, o parlamentar apresentou requerimento de informações ao Itamaraty. Quer saber como andam as tratativas e se o Brasil ainda está pagando algo.

O ‘Tratado sobre Cooperação de Longo Prazo na Utilização do Veículo de Lançamentos Cyclone-4’, no Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, foi acordo fechado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro de 2003, com a criação da empresa binacional Alcântara Cyclone Space.

CO-IRMÃO FEZ SUBIDINHA

Em dezembro de 2013, o Governo se meteu em outra trapalhada espacial, e mandou R$ 300 milhões para o espaço – desta vez seria para o bem, mas não foi. O satélite sino-brasileiro, lançado na China para mapear desmatamento no Brasil, subiu suficientes 11 segundos para voltar à terra e se espatifar.

Notícia melhor, no entanto, decolou em dezembro do ano passado, quando enfim um modelo mais avançado – e eficaz – do satélite sino-brasileiro foi lançado, e desde então em órbita já mapeia os desmatamentos no Brasil.


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