Segredo de mala diplomática causa incidente
Leandro Mazzini
Um incidente há poucos dias em Brasília é digno de script hollywoodiano.
Acionada no desembarque do Aeroporto Internacional, a Polícia Federal deteve um portador de mala diplomática, de origem de país sul-americano, sob forte suspeita de carregamento de cocaína. Como notório pelo tratado da Convenção de Viena, malas diplomáticas têm passe livre e não podem ser abertas.
Mas a PF não liberou a entrada do material no país. Integrantes do Itamaraty que entraram no circuito para minorar a situação autorizaram pelo menos o desembarque do rapaz. Quando se desvelava a cortina do espetáculo, descobriu-se o pitoresco: o passageiro liberado é namorado do filho do embaixador hermano, que correu para o terminal assim que contatado.
Diplomatas envolvidos à ocasião convenceram os delegados e agentes a liberarem o passageiro, pois não havia prova de que sabia do conteúdo, por se material protegido por tratado internacional.
As autoridades brasileiras não deixaram barato: no reenvio da mala para o aeroporto de origem, avisaram da suspeita da droga. No entanto continua um mistério o resultado do desembarque no terminal.
No dia seguinte, caiu o conceito da Embaixada em Brasília. O rapaz envolvido é tratado como “O Mala diplomático”. Como o caso é oficioso, a coluna preserva os envolvidos.
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PAC DO BISTURI
Um prefeito ouviu do ministro Gilberto Carvalho, no encontrão de Brasília, que o governo vai liberar no Brasil a atuação de médicos formados em todos os países da América do Sul e Cuba, e não somente os graduados na Bolívia.
OS INDEPENDENTES
A retirada da candidatura de Randolfe Rodrigues (PSOL) à Presidência do Senado foi decidida com o agora candidato oficial Pedro Taques (PDT) em jantar na segunda.
TECLA MUTE
Leitores da coluna sentiram falta do necessário debate entre os candidatos às presidências no Congresso na TV Câmara e na TV Senado. Foi a Record News ontem quem promoveu um, sem a presença do favorito, Renan Calheiros (PMDB-AL).
VILÕES DA FOLIA
A caipirinha, o chope e a cerveja são os produtos do carnaval que mais levam tributos embutidos. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, sobre as bebidas incidem os maiores percentuais de impostos, de 76,66%, 62,20% e 55,60%.
FORA DO MAPA
Veja o complexo de superioridade de certos americanos. Nos EUA recentemente para evento oficial, o presidente da Embratur, Flávio Dino, foi indagado por um americano bem informado se o Brasil era maior que o Texas.
ATERRO NO CALADO
Não foi bem recebido por empresários e o governo o projeto de Marco Civil dos Portos proposto por consultor de Eike Batista.