Coluna Esplanada

Arquivo : eleições 2018

Lula já está em campanha e mira eleitorado jovem
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Leandro Mazzini

 

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Pré-candidato à Presidência da República em 2018, assistindo de camarote à derrocada do Governo da aliada Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva não quer perder tempo nem esperar o calendário eleitoral.

Decidiu parar as palestras que faz mundo afora e vai se dedicar a visitar bases eleitorais, governadores e prefeitos aliados.

Nas passagens nas capitais, quer fazer uma agenda extra com jovens universitários. Lula ficou fascinado com o carisma do ex-presidente uruguaio Pepe Mujica, que levou 5 mil à UERJ há dois meses.

Lula quer minar a resistência da turma jovem ao PT. A Executiva possui pesquisas que indicam a baixa do partido entre os estudantes. Até dezembro o ex-presidente deve visitar seis Estados, de acordo com um petista próximo.

Um atento empresário lembrou: desde que começou a Lava Jato cessaram as palestras milionárias de Lula, pagas por empreiteiras enroladas na operação.

BANCADA DE PLANTÃO 

A bancada do PT acompanha de perto a PEC protocolada na Câmara pela filha de Roberto Jefferson, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), que proíbe nova candidatura de ex-presidentes.

Muitos acreditam que a proposta não avança, porque ela inibe também as candidaturas para cargos de prefeitos e governadores, muito afeitos a voltar aos gabinetes depois que os deixam.


Para petistas, Lava Jato deve durar até a eleição de 2018
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Leandro Mazzini

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A Operação Lava Jato vai se estender por mais dois ou três anos. Esta é a visão de grãos petistas.

A tese de ‘puxa-se uma pena e sai uma galinha’, frase do ministro do STF Teori Zavaski, nunca foi levada tão a sério.

A operação começou com a prisão de um doleiro em Brasília, chegou ao doleiro Youssef, operador do esquema na Petrobras, e agora ao setor energético e aos estádios da Copa.

O núcleo Lulista do PT começa a avaliar, em reuniões em São Paulo – no diretório nacional e no Instituto Lula – até que ponto a Lava Jato poderá prejudicar o possível lançamento do ex-presidente Luiz Inácio na disputa pelo Planalto. Um grupo defende a ideia de encomendar pesquisas bimestrais a partir de 2016. Qualitativas, em especial.

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Cúpula do PMDB defende coalizão, mas prepara rompimento com elegância
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Leandro Mazzini

Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses, é o porta-voz da mudança programática. Foto: ABr

Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses, é o porta-voz da mudança programática. Foto: ABr

Fundador da legenda, um dos expoentes do PMDB e maior conselheiro do vice-presidente Michel Temer, o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Wellington Moreira Franco, entregou para o senador Romero Jucá (RR) a tarefa de redigir o programa de Governo do partido para 2018 e apresentá-lo no congresso da legenda em outubro.

Embora todos neguem aos holofotes, é o pontapé para o rompimento gradativo com o PT, com elegância e sem traumas – ao contrário do perfil de Eduardo Cunha (que, aliás, está agradando a todos: o partido precisa de um pitbul sem coleira).

“Temos programação com o objetivo de realizar o sonho grande da maioria dos militantes de eleger pelo voto secreto e direto o presidente da República”, adianta Moreira Franco.

Para isso, Moreira – ex-deputado e ex-governador do Rio – lança mão dos números que sustentam o PMDB como o maior partido do Brasil. São milhares de prefeitos e vereadores, cabos-eleitorais que podem fazer a diferença em 2018. O que não ocorreu até agora, desde Orestes Quércia, porque o partido decidiu se aliar a PSDB e depois PT. Mas em 2018, garante Moreira, será diferente.

Numa radiografia inédita do PMDB, Moreira Franco descobriu que o partido é forte na ponta, nas bases, mas não sabe transferir esse poder eleitoral para o cume. Traçou estratégia para 2016 que passa pela filiação de nomes de peso nas capitais e cidades com mais de 200 mil habitantes, para candidatos a vereador e prefeito. Aposta neste grupo para reforçar uma candidatura em 2018 ao Planalto. “Isso é fundamental para consolidar o projeto”.

Não fala em potenciais candidatos. “Cada dia com sua agonia. Lançar um nome agora significa queimá-lo”. Conota, nesta tese, que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, é um balão de ensaio. Hoje Paes é candidatíssimo ao Governo do Estado.

Moreira pesquisou também a atuação do PMDB nas redes sociais, e descobriu uma atuação lastimável. Vai investir pesado na internet para as duas próximas eleições. Acredita no poder da rede que atinge todas as classes e idades.

Porém como gritar pela independência do partido em 2018 sem melindrar o vice-presidente e manda-chuva Michel Temer, aliado máximo do PT e da presidente Dilma Rousseff? A grita do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é uma válvula de escape direcionada e bem desenhada. Não que essa guerra declarada dele tenha sido planejada, mas o respeito à decisão de Cunha passa pelo “espaço democrático” que o PMDB preza e que estará no novo estatuto.

“Cunha é militante, tem muita presença no partido, tem o ponto de vista pessoal dele. A democracia interna, o direito ao debate e ao contraditório só fortalece o partido”, encerra o conselheiro do partido.


Denúncia atrapalha projeto eleitoral de Cunha no Rio
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Leandro Mazzini

Eduardo Cunha entrava no recesso parlamentar tranquilo e em lua-de-mel coma população até a delação do lobista Júlio Camargo o levar para o olho do furacão.

O presidente da Câmara está irritado principalmente porque a delação mela os acordos que pretende com o PMDB do Rio, onde fica nos próximos dias.

O desenho da patota que manda no partido é iminente porque seu esboço passa pelas eleições municipais: o plano por ora é lançar o líder na Câmara, Leonardo Picciani, a prefeito (ou vice na chapa de Pedro Paulo, o preferido de Eduardo Paes); seu pai, Jorge Picciani, hoje presidente da Assembleia Legislativa, disputaria o Governo do Estado; Eduardo Paes lançado à Presidência; e Cunha na coalizão na disputa pelo Senado.

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Ao romper com o Governo, o presidente da Câmara conseguiu o que queria: inverter os holofotes. Desde seu anúncio, só se fala nas ruas, nos sites, nos gabinetes e rodinhas de empresários de sua briga com a presidente Dilma. Tirou em parte os holofotes sobre o delator e a acusação de propina de US$ 5 milhões.

Cunha lembra o caso de Anthony Garotinho em 2006. Pré-candidato ao Planalto, o ex-governador entrou em greve de fome, na sede do PMDB do Rio, assim que estourou na mídia investigação do MP sobre repasses de R$ 300 milhões do Governo de Rosinha, sua esposa, para uma ONG suspeita. Por mais de um mês, mais se falava – inclusive na mídia – da saúde do ‘Bolinha’. A ONG sumiu do vocabulário popular.

Em tempo, Cunha e Garotinho já foram muito aliados. Mas romperam anos atrás. Clarissa Matheus, deputada federal e filha de Garotinho, é ‘a presença do pai’ contra Cunha no plenário. Ela pretende trocar o PR pelo PSDB no Rio.


Cinco partidos discutem lançamento da ‘Frente da Esquerda Democrática’
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Leandro Mazzini

Marina é o nome mais citado. Foto extraída do rota2014.com.br

Marina é o nome mais citado. Foto extraída do rota2014.com.br

Os dirigentes do PDT, REDE (a se lançar), PV, PSB e PPS estão conversando para uma alternativa em 2018: lançar uma Frente da Esquerda Democrática como terceira via para a disputa presidencial.

Marina Silva, ex-PV, atualmente no PSB mas a caminho de fundar a REDE é o nome mais comentado como presidenciável.

Por ora, uma ideia interessante para todos, um bloco para fazer frente à hegemonia da polarização PT x PSDB. Mas há quem aposte, no próprio grupo, que pode cada partido sair por si daqui a dois anos e lançar candidato.

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Reunião em Nova York amansou Marconi, que negociava com PSD
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Leandro Mazzini

Marconi - ele voltou outro dos Estados Unidos. Foto: ABr arquivo

Marconi – ele voltou outro dos Estados Unidos. Foto: ABr arquivo

Governador de Goiás no quarto mandato e ex-senador, Marconi Perillo é um dos principais quadros do PSDB hoje no País, pelo poder eleitoral no Centro-Oeste. Mas a aproximação com a presidente Dilma e o fato de a cúpula do tucanato se afastar dele por causa da CPI do Cachoeira no Senado – da qual ele se saiu bem – quase o colocaram nas fileiras do PSD.

‘Quase’ porque Marconi, que negocia há meses com Gilberto Kassab uma forma de entrar para o PSD como presidenciável, voltou outro de Nova York, onde esteve mês passado com os grãos-tucanos durante homenagem ao ex-presidente Fernando Henrique.

E foi o próprio FHC incumbido pela turma de evitar o bater de asas do goiano do ninho. O ex-presidente conversou muito com Marconi. O teor é um mistério, mas o governador voltou manso dos Estados Unidos, e mais tucano como nunca antes. A aliados e aos holofotes, diz que não sairá do partido.

Até 2018, a conferir.