Coluna Esplanada

Arquivo : emendas

Defesa turbinada: Forças Armadas pedem verba para equipamentos
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Leandro Mazzini

A despeito do tão propalado sucateamento das Forças Armadas, Exército, Marinha e Aeronáutica lutam para conseguir verbas para compra de novos equipamentos, e a saída além do próprio Orçamento são as emendas parlamentares para 2017.

O Exército pediu R$ 355,4 milhões para compra de mísseis Astros 2020 da Avibras e R$ 593 milhões para blindados Guarani da Iveco.

A Marinha quer R$ 521 milhões para continuar o submarino nuclear – via DCNS e Odebrecht.

A Força Aérea Brasileira pediu às bancadas do Congresso R$ 600 milhões para aquisição do avião cargueiro KC 390, da Embraer.

Se a FAB conseguir os R$ 600 milhões para negócio, a Embraer recupera os US$ 200 milhões que pagou para encerrar investigação contra pagamento de propina no exterior.


Resultado da votação indica que Mamãe Noel vai passar no plenário
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Leandro Mazzini

berzoOs ministros palacianos – Edinho Silva (Secom), Jaques Wagner (Casa Civil) e Berzoini (Governo) – acompanharam estupefatos pelos aparelhos de TV no Palácio do Planalto o placar acachapante a favor da chapa de oposição que instalou a comissão especial de análise do pedido de impeachment da presidente Dilma.

Descobriram que não têm os 300 deputados “fiéis”. Mais de 40 parlamentares ainda se ausentaram da sessão.

A ordem no Planalto agora é abrir o cofre das emendas e liberar mais cargos represados em estatais nos Estados para os deputados “indecisos” – isso ocorreu nos últimos dois meses, sem sucesso, pelo que se vê.

Mas Dilma respira. Pelo regimento, a oposição precisa de 342 votos contra ela em plenário para o processo avançar para o Senado. Na contagem de ontem, há esperança para o Palácio.

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Dilma conquista os ‘300 deputados fiéis’ para afastar risco de impeachment
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Leandro Mazzini

Wagner - ele tem papel fundamental na pacificação da Câmara, com o poder da caneta. Foto: ABr

Wagner – ele tem papel fundamental na pacificação da Câmara, com o poder da caneta. Foto: ABr

Numa ofensiva estratégica nas últimas semanas, com prazo para vencer amanhã, o exército petista comandado por Lula, Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Jaques Wagner (Chefe da Casa Civil) comemora a adesão de 300 ‘deputados fiéis’ ao Planalto, dos 513 que desfilam na Casa.

O contingente foi a meta imposta pelo próprio trio não apenas para enterrar no plenário da Câmara um eventual processo de impeachment da presidente Dilma. É crucial para fazer o segundo mandato dela avançar a partir de agora, com uma governabilidade garantida, analisa um palaciano.

Depois da reforma ministerial, as armas usadas para conquistar os votos de deputados neutros e até adversários foram liberação de emendas e cargos federais nos Estados, reivindicados pelos parlamentares.

Wagner e Berzoini já possuem a lista dos deputados angariados para a base – em especial do PMDB, PP, PTB, e até dos neutros PSB e PDT – que ganhou o Ministério das Comunicações. Com o grupo, Dilma quer garantir a aprovação do pacote do ajuste fiscal – e a manutenção dos vetos presidenciais à pauta bomba, com votação em sessão do Congresso agendada para novembro.

Um aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), diz que ele emitirá os sinais se a sua conta bater com a do Planalto. Se Cunha engavetar o novo pedido de impeachment do PSDB, é porque já sabe que não terá os votos para derrubá-la.

Ao contrário do que pregam, veementemente, Cunha e o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, têm conversado, sim, diretamente, naquela que pode ser a última tentativa de paz entre Dilma e o deputado.


Trio de ministros de Dilma promete cargos e verbas por Ajuste
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Leandro Mazzini

Berzoini - a caminho da Articulação no Planalto, ele já mostra trabalho. Foto: Folha/UOL

Berzoini – a caminho da Articulação no Planalto, ele já mostra trabalho. Foto: Folha/UOL

Nem foram oficializados nas novas funções de núcleo duro do Palácio Planalto e os ministros das Comunicações, Ricardo Berzoini, e da Defesa, Jaques Wagner, já mostraram trabalho à presidente Dilma.

Eles se uniram ao chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, numa ofensiva a deputados. Desde cedo ontem, os três ministros dispararam telefonemas para parlamentares da base aliada e até dos neutros do PSB pedindo apoio para manter os vetos presidenciais em prol de ajuste fiscal, se houvesse sessão.

Dois deputados de partidos diferentes confirmaram a informação à Coluna.

Em contrapartida ao apoio nos votos e fidelidade dos deputados, os três ministros estão oferecendo “tratamento especial”, cargos nas futuras pastas após a reforma administrativa e liberação de emendas.

Os telefonemas e a pressão continuam até a próxima terça-feira, para quando foi transferida pelo presidente do Congresso, Renan Calheiros, a sessão de análise dos vetos, em especial o do reajuste salarial do Judiciário, o que poderá em bilhões as contas da União.

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Ainda incrédula, base governista cobra fatura do Planalto
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Leandro Mazzini

Temer e Levy, no Palácio ontem - um promete e o outro segura o caixa. Foto: ABr

Temer e Levy, no Palácio ontem – um promete e o outro segura o caixa. Foto: ABr

Chegada a hora de pagar a conta, o Planalto não consegue quitar a fatura com a base governista e coloca em risco o ajuste fiscal. Cresce a reclamação, entreouvidos, de deputados e senadores.

A demanda recebida pelo vice-presidente Michel Temer da base governista prioriza três pontos: nomeação para cargos em estatais, liberação de restos a pagar de emendas dos deputados veteranos e liberação das emendas dos deputados novatos, mas o caixa apertado travou o andamento.

Muito pouco disso aconteceu, reclamam parlamentares principalmente do PT e do PMDB – partido do vice. E para piorar o cenário, muitos deles dizem que o Ajuste Fiscal não salva o Governo.

Governistas terão outra rodada de negociação ainda nesta semana com Temer e o ministro Eliseu Padilha, da Aviação e também articulador, para tentar destravar as demandas.

O PMDB do Rio de Janeiro, por exemplo, pediu a Temer o controle da companhia Docas. Em São Paulo, parte do PMDB e o PSB controlam o porto de Santos.

Este é o destaque da Coluna desta quarta, enviada ontem às 19h para os jornais da Rede Esplanada e reproduzida no UOL


Enrolado com doleiro, deputado reeleito tem R$ 17 milhões em emendas
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Leandro Mazzini

Foto extraída do www.jornaldealagoas.com.br

Foto extraída do www.jornaldealagoas.com.br

Atualizada às 18h08 de segunda (22) – O deputado Luiz Argolo (PP-BA), apontado como íntimo do doleiro preso pela PF Alberto Youssef, não se intimidou durante toda a divulgação da operação Lava Jato há meses e foi generoso no pedido de emendas nos últimos quatro anos.

Foram mais de R$ 17 milhões em verbas empenhadas. Todas para o interior da Bahia, seu reduto eleitoral. Curiosamente a maioria delas , R$ 8,4 milhões, para “Implantação de Melhorias Sanitárias Domiciliares para Prevenção e Controle de Doenças e Agravos” – ou seja, em suma, construção de banheiros e instalação de privadas.

Chamam a atenção as verbas destinadas para os projetos de Desenvolvimento Sustentável, sem especificações, apenas para o pequeno município de Aramari – com R$ 3,8 milhões de verbas.

Argolo, que por ora escapou da PF, é o que foi flagrado com um ‘Te amo, cara!’, num torpedo animado para o doleiro detido. Seu caso está no Conselho de Ética da Câmara, num processo que pede sua cassação.

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PF investiga assassinato de índio por funcionário da Funai
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Leandro Mazzini

A coluna revelou o pedido inusitado de um cacique para o governo: uma picape importada.

Pois a Procuradoria Geral da República recebeu a denúncia dia 8 de Agosto e o MP Federal investiga o caso (protocolo nº 08220/13).

Não apura o presente, mas o motivo: o cacique quer uma recompensa pelo assassinato do filho por um funcionário da Funai.

Em carta, o cacique da Aldeia Pedra Preta no Mato Grosso pediu uma Toyota (Hilux 4×4) nova, cabine dupla, para esquecer tristeza pela morte do filho e da esposa – que morreu de desgosto. Só assim volta a ser feliz.

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CONSÓRCIO DE EMENDAS 

Os ministérios vão passar a priorizar a aprovação de projetos, em áreas variadas, para consórcios intermunicipais. É mais fácil de liberar e melhor para fiscalizar.

PPP

No Turismo, há a relação PPP – Prefeito, Portal e Pracinha. É que a maioria das emendas (70% do Orçamento) são pedidos dos prefeitos para praças e portais.

EITA!

Mal nasceu e o PEN51 já tem encrenca. No Amapá, o veterano deputado constituinte Manoel Brasil, que ajudou a fundar a legenda, soube por convite para posse do novo diretório que havia sido destituído há meses. Agora o PEN51 no Amapá está nas mãos do promotor e dono da maior faculdade da capital, Moisés Rivaldo.

ZÉ BONITO 

O ministro interino da Educação, José Paim Fernandes, não se intimidou e requereu à FAB jatinho para voar de Porto Alegre para Brasília dia 29, um Domingo, ‘a serviço’.

BOLA & PARQUE

O governo espera incrementar o turismo além dos estádios de futebol nas sedes da Copa. É que estendeu a isenção do IPI para compras de equipamentos de parques temáticos. Só o Beach Park de Fortaleza investiu R$ 25 milhões.

É FATO

Em encontro ecumênico na Terça em Brasília, com vários líderes religiosos e sociais, o ministro Gilberto Carvalho desabafou: no Brasil é muito fácil ajudar rico e difícil ajudar o pobre, tamanho o estigma da sociedade. Mas não disse que não desistirá.

AMIGUINHOS 

Embora não se biquem, há acordo informal no PMDB paulista entre o deputado Gabriel Chalita e Paulo Skaf, presidente da Fiesp. O primeiro concorre ao Senado e apoia o empresário para o governo. Ambos com bênçãos de Michel Temer.

PONTO FINAL

Entre PROS e contras para Marina Silva, surgiu Solidariedade no caminho.


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