Coluna Esplanada

Arquivo : eunício oliveira

Turismo: Temer tira ‘Eunício’ e emplaca ‘Renan’
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Leandro Mazzini

O futuro ministro do Turismo, o deputado federal Marx Beltrão, é da cota do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), embora Renan negue ingerência.

O que deve deixar o cargo, o atual ministro interino Alberto Alves, que foi secretário-executivo, é nome apadrinhado do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). O senador cearense é o potencial sucessor de Renan.

A partir de fevereiro, quando será alterada a Mesa Diretora no Senado, o presidente da República, Michel Temer, terá de sair de uma calça-justa para agradar a dois caciques sem perder o controle da base, do próprio PMDB senatorial, e ter um aliado no comando da Casa Alta caso se confirme a eleição de Eunício.

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Os laços de família na Operação Zelotes
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Leandro Mazzini

A Operação Zelotes, que investiga as bilionárias maracutaias dos conselheiros do Carf, funcionários da Receita, lobistas e empresários, começa devagar a colocar um pé no Congresso Nacional.

O lobista Alexandre Paes dos Santos, preso pela PF na nova fase da Operação Zelotes-Carf, é co-cunhado do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), casado com a irmã da esposa do parlamentar. Não há na operação até aqui algo que ligue o lobista a Eunício.

Ontem, o presidente da CPI do Carf no Senado, Athaídes de Oliveira (PSDB-TO), avisou que vai investigar se as edições de três medidas provisórias (duas na gestão Lula e uma na de Dilma) – pivôs da nova fase de prisões ontem – têm digitais de parlamentares, relatores ou não.

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Genro na Anac e MST na fazenda: as duas missões do senador Eunício
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

Líder do PMDB, o senador Eunício Oliveira se vê atualmente em duas missões extra-parlamentares ligadas diretamente a seu nome: emplacar o genro recém-casado com sua filha numa diretoria importante da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e se livrar o Movimento Rural dos Trabalhadores Sem-Terra na sua Fazenda Santa Mônica, em Goiás.

A missão-genro está avançada, com aval da presidente Dilma que, uma semana depois de prestigiar o seu casamento numa festa no Lago Sul, descobriu que Ricardo Fenelon das Neves Junior entende tudo de aviação. Resolveu escolher o prodígio para diretor da Anac e ganhar ainda mais a simpatia do senador padrinho.

Recém-graduado em Direito, em 2011, na particular UniCEUB, Fenelon fez TCC (Trabalho de Conclusão de Curso, a antiga monografia) sobre ‘A autorização no transporte aéreo regular’. E só. O caso revolta pilotos que criticam a nomeação, em fóruns online. Procurada sobre a situação e o contato do indicado, a Anac avisou que ‘não possui informações’. Procurada, a assessoria do senador informou não ter o contato de Fenelon.

O novo diretor, se aprovado na sabatina no Senado, terá salário de mais de R$ 20 mil, gabinete com uma dezena de assessores e carro com motorista. Além de passe livre nas companhias aéreas.

A regra da Anac é clara: ‘Os diretores serão de reputação ilibada, formação universitária e elevado conceito no campo de especialidade dos cargos’. Genro de político ou não.

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MST

Já o MST é uma dor de cabeça para o senador peemedebista. Mil famílias de sem-terra reocuparam a Fazenda Santa Mônica, que consideram improdutiva e ‘grilada’ – o que o senador já contestou.

A caixinha mensal dos sem-terra é de fazer inveja a muitos parlamentares colaboradores de seus partidos. O MST recebe R$ 20 por mês de cada família, o que se converte em ‘segurança’ no local e compra de sementes e plantações. Também recebem doações de cestas básicas de entidades.


Com Renan e Cunha arredios, Eunício vira o queridinho do Palácio
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

Enquanto os presidentes da Câmara e Senado, Eduardo Cunha e Renan Calheiros, respectivamente, atacam o Palácio, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) afaga.

Mais calmo há dias, com a retirada dos sem-terra de sua fazenda em Goiás, Eunício se cacifa como o interlocutor da presidente Dilma no Congresso e no PMDB.

É apontado como futuro bombeiro do Palácio para eventuais – e não surpresas, pelo cenário – crises institucionais e partidárias.


Com seguranças armados, MST fatura R$ 30 mil em fazenda de senador
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Leandro Mazzini

Quem passa pela rodovia que liga Brasília a Alexânia (GO) às margens da Fazenda Santa Mônica, se assusta com a cena: guaritas em torres de eucalipto com ‘seguranças’ armados com espingardas. São os sem-terra que ocuparam há meses a mega propriedade do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).

O Movimento Rural dos Trabalhadores Sem Terra já cadastrou cerca de 1.500 famílias interessadas em um pedaço de terra em caso de desapropriação, e cada uma delas paga R$ 20 por mês para manter o nome na lista.

Os sem-terra acusam o senador de omitir informações sobre a fazenda, que tem cerca de 20 mil alqueires. De acordo com o MST, Eunício pagaria ITR – o Imposto Territorial Rural sobre apenas 200 alqueires.

Para o leitor ter noção do tamanho, cada alqueire goiano mede 48,4 mil metros quadrados – ou quase 5 campos de futebol. A Fazenda Santa Monica aportaria então 100 mil ‘campos’.

CONVOCAÇÃO 

O MST tem tanta confiança na desapropriação que convoca militância na região. Muitos profissionais autônomos, que nunca pegaram numa enxada, entraram na lista.

A coluna tentou contato por telefone com o senador, sem sucesso. Procurada, a assessoria do MST não se manifestou.


MST infla fazenda ocupada de senador com peões, pedreiros e autônomos
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Leandro Mazzini

Parte da nova geração de 'sem-terra' possui carro, moto e casa na cidade. Foto: vermelho.org.br

Parte da nova geração de ‘sem-terra’ possui carro, moto e casa na cidade. Foto: vermelho.org.br

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) recruta peões, pedreiros, lavradores e profissionais autônomos da região – alguns deles possuem casas e até veículos – para inflar o acampamento dentro da Fazenda Santa Mônica, em Goiás, de propriedade do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).

O depoimento à Coluna é de um dos ‘sem-terra’, sob anonimato, que deixou serviço na região para se juntar aos militantes. Há repetidos casos na propriedade.

O MST espalha a promessa de que, quanto mais persistente e maior for a ocupação na fazenda, mais chance o INCRA terá de promover um assentamento no local.

A ocupação ocorre há quatro meses, com o forte apoio da Pastoral da Terra, da Igreja, e contou até com a simpatia de líderes políticos adversários de Eunício no Ceará.

Foto: mst.org.br

Foto: mst.org.br

Há três semanas, num discurso numa grande assembleia na fazenda, um dos líderes sem-terra avisou que ‘caiu o castelo’ de Eunício, e que o movimento não descarta promover ocupações em outras propriedades do parlamentar – que teria, nas contas dos sem-terra, 91 fazendas pelo Brasil.

A Santa Mônica é uma mega propriedade em Goiás cujas terras se estendem pelo perímetro rural de três cidades. Parte da propriedade é murada por quilômetros à beira de uma rodovia. Mas não é improdutiva. Tem plantações e criação de gado para corte.


MST quer invadir outras fazendas de Eunício: ‘Caiu o castelo’, diz líder
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Leandro Mazzini

O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), descoberto pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) como o maior fazendeiro do Brasil, terá mais problemas.

Em reunião da militância neste domingo, dentro da Fazenda Santa Mônica, de propriedade do parlamentar, em Goiás,  um líder em discurso disse que agora ‘Caiu o castelo de Eunício’.

O MST ocupa com 3 mil famílias há quatro meses a fazenda, considera pelo grupo ‘improdutiva’  – a mega propriedade estende-se por terras de três municípios.

O MST agora pretende indicar aos sem-terra de outros Estados lista para a invasão de outras. Eunício tem 91 propriedades rurais.

COM BÊNÇÃOS 

O movimento conseguiu um aliado de peso. Um líder da Pastoral da Terra, que se diz representante do Vaticano, acampou com eles e participou da reunião no domingo.

LINHA DIRETA (E MUDA)

Cauteloso, o senador não tem se pronunciado e evita ataques ao grupo. Eunício mantém contato direto com o governador Marconi Perillo (PSDB).

O senador e o governador aguardam o melhor momento (político) para acionarem a Justiça e despejar o grupo. Dúvida é o preparo da PM de Goiás para o caso.

Eunício não esconde para aliados a indignação com o caso. Aponta movimento político de petistas do Ceará na organização da invasão.

A Fazenda tem plantações de soja, de perderem de vistas, que são arrendadas. E criação de 7 mil cabeças de gado para corte, negociados com um frigorífico.


Confraria do Jaburu não desiste do Ministério da Integração
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Leandro Mazzini

A Confraria do Jaburu está de plantão em Brasília desde sábado e reuniu-se na noite de domingo para um jantar na residência oficial do vice-presidente Michel Temer.

Completam o time os senadores Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do Governo no Congresso, o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o líder do partido, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).

Do cardápio saíram cenários para o Parlamento este ano, para as eleições e em especial a demanda da legenda para tentar abocanhar o Ministério da Integração – antigo celeiro do PSB e agora mais para o neoaliado PROS dos irmãos Ciro e Cid Gomes.

Os caciques da confraria esperam que a presidente Dilma chame o vice Temer para conversar nos próximos dias. Se ela tocar no assunto, o nome indicado da bancada para a Integração, como notório, é o senador Vital do Rego (PMDB-PB). Do contrário, os pemedebistas descobrirão o que os ventos palacianos sopram na Esplanada: que o partido não tem mais essa bola toda com a dona da caneta.

‘Não vamos cobrar nada’, diz Eunício. ‘Mas nosso consenso de bancada (do Senado) é o senador Vital do Rego’. O problema é que a bancada do PMDB da Câmara não topa.

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À PAISANA

Sem o bottom, a senadora Vanessa Grazziotin (AM) não foi reconhecida e gastou o latim para almoçar num restaurante da Câmara. O gerente foi à mesa para comprovar.

NOVA (VELHA) INFRAERO

A Infraero vai promover a granel a sua reestruturação, redesenhada pela consultoria de Vicente Falconi, o pai do ‘Choque de Gestão’. O plano inicial era corte e enxugamento de custos, mas a gritaria da boquinha mudou o rumo. Começa em março e vai até setembro, em quatro etapas. Ninguém será demitido, apenas redirecionado.

Serão extintas as Diretorias de Administração, de Operações e de Planejamento; mas a turma ganha as Diretorias de Aeroportos, Desenvolvimento Operacional e de Gestão. A estrutura terá os níveis Corporativo (sede), Negócios (nos aeroportos) e Suporte.

A ELEIÇÃO EXPLICA

A tucanada bateu asas para Cascavel (PR) e deu bicadas em Dilma. Ao lado de Aécio Neves, Beto Richa reclamou do tratamento. O Paraná luta para destravar R$ 4 bilhões em empréstimos pré-aprovados. Com Gleisi Hoffmann (PT) candidata, ficará difícil.

A SUCESSORA 

De olho na eleição, a ministra Maria do Rosário (PT-RS), da Secretaria de Direitos Humanos, quer fazer a secretária-executiva Patrícia Barcelos sua sucessora na pasta.

RIO 40º

Veja como o Rio vai se ‘profissionalizando’ para a Copa e Jogos 2016: Flanelinha agora se autodenomina ‘Orientador de Vaga’. E banca de bicho tem até fila organizada.

EL MINERO 

Os ministros paraguaios de Finanças e Obras, que passaram por Brasília há dias atrás de verbas do BNDES para seu país, foram levados pelo ministro Fernando Pimentel para Belo Horizonte. Lá se reuniram com empresários amigos do petista.

CARGA NA VIATURA

Após a prisão do dono do Novo Jornal, Marco Carone – o homem da famigerada Lista de Furnas, indiciado como estelionatário – o opositor ao governo tucano teve uma devassa na redação na Sexta em BH. Agentes da Deoesp fizeram a limpa nas salas.

RANDOLFE NA ÁREA

O senador Randolfe (PSOL-AP) se esqueceu de avisar aos institutos de pesquisa de que é pré-candidato a presidente da República. Fará isso a partir deste mês. Não espera, claro, mudanças significativas. Mas é bom marcar território.

FUMAÇA PRESIDENCIAL 

Foi um corre-corre entre os assessores da presidente Dilma em sua passagem por Cuba quando ela pediu para lhe comprarem boas caixas de charuto, a poucas horas da partida. Dilma é inveterada degustadora. Aviso aos bajuladores: ela prefere os dominicanos.

ALERTA

A ONG Repórteres Sem Fronteiras alerta para o sumiço do fotógrafo espanhol Lázaro Borja em Cabo de La Vela, Colômbia. Há suspeita de que foi sequestrado pelas FARC.

DE PT@BASE:

Aloizio Mercadante trabalha para empurrar Ideli Salvatti para a Secretaria de Direitos Humanos, e cravar em seu lugar no Palácio um negociador congressual de sua turma.

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