Coluna Esplanada

Arquivo : Exército

PT sonda as Forças Armadas
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Leandro Mazzini

Ag. Senado

Ag. Senado

Com a entrada do ex-presidente Lula no Governo (nomeado ontem à noite) e a efervescência popular dos protestos contra a presidente Dilma, o Partido dos Trabalhadores enviou seus principais expoentes para sondar o quadro nas Forças Armadas nos últimos dois dias.

O suspense aumentou muito ontem com a revelação do grampo da conversa de Lula com Dilma.

Altos oficiais do Exército têm informado aos petistas, entre eles o senador Jorge Viana (AC), que acompanham a situação e não vão interferir em cenário que cause desestabilização democrática, a não ser que sejam convocados a cumprir com o seu dever.

Viana é membro titular da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Procurada, a assessoria do senador não se pronunciou.

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Sem dinheiro, Exército vai deixar a Minustah no Haiti
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Leandro Mazzini

haiti

Foto: Portal Defesa

Sucumbiu no cofre da União a ideia política de fazer bonito perante a Organização das Nações Unidas (ONU), na tentativa de ganhar respeito no Conselho de Segurança e conseguir um assento na patota nuclear.

Com os cortes no Orçamento deste ano e as verbas minguadas a cada dia, o Exército do Brasil vai deixar a Minustah no Haiti. Para não fazer feio, ainda envia o último contingente esta semana, para os últimos seis meses de vigilância.

A Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) foi criada e organizada pelo Conselho de Segurança da ONU para manter a ordem e evitar a tomada do poder por guerrilhas no país caribenho, após a deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide. A presença por força política tornou-se essencialmente social após o terremoto de 2010, quando mais de 200 mil pessoas foram vitimadas.

A tropa que parte para a capital Porto Príncipe foi apresentada neste domingo, na Praça dos Três Poderes em Brasília, durante a solenidade da troca da Bandeira Nacional. O Exército aproveitou a ocasião para promover a exposição “sobre os 60 anos de participação do Brasil em Missões de Paz”.

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Exército reclama de Orçamento, mas ministro tranquiliza Força
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

O cenário indica que permanecem “em trincheiras opostas” o ministro da Defesa, o comunista Aldo Rebelo, e o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas.

O motivador da batalha declaratória, novamente, é o orçamento enxuto previsto para a pasta este ano, que pode afetar ações das Forças Armadas.

Há dias, Villas Bôas soltou o verbo na posse do comandante militar do Sul, Edson Pujol, em Porto Alegre.

O militar disse que o contingenciamento “Pode provocar a interrupção de projetos, com enorme prejuízo à continuidade e perda de tecnologia. Há restrições no nosso funcionamento no dia a dia”, revelou.

Em tom conciliador embora lacônico, o ministro Aldo Rebelo rebate o oficial: “Não vamos interromper nem comprometer nenhum programa. Todos serão mantidos”, garantiu à Coluna.

O general também salientou que o que mais preocupa é o Sistema Integrado de Monitoramento das Fronteiras (Sisfron). Em audiência no Senado no fim de 2015, o comandante do Exército já fizera duras críticas aos cortes na Defesa e ao Governo, sobre mau combate ao narcotráfico. O ministro afirma que o programa é prioridade.

Ao ser indagado de quem partiu a ordem para as Forças Armadas descruzarem os braços e assumir o front da guerra de combate Aedes aegypti, o ministro Aldo desconversou em papel de soldado: “Não fiz essa pergunta à presidente ou ao ministro da Saúde (Marcelo Castro). Cumpro funções que me são delegadas”.

Aldo está no cargo porque é dos poucos políticos admirados e respeitados pelos militares.

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Colaborou Walmor Parente


General manda recado para Dilma: Forças podem ajudar na estabilidade
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Leandro Mazzini

villas

Comandante do Exército Brasileiro, o general Eduardo Villas Bôas não titubeou em mandar uma direta para a presidente Dilma Rousseff e o vice, Michel Temer, no almoço com as Forças Armadas há poucos dias em Brasília.

Diante da presidente Dilma, o comandante soltou: “As Forças Armadas não são exaltadas pela busca do protagonismo e estão firmemente dedicadas a contribuir para a estabilidade institucional”.

Aliás, anda só institucional a relação entre Dilma e o vice Temer. Durante o recatado almoço na caserna, trocaram poucas palavras. Almoçaram na mesma mesa, e mal se olharam. Mas deixaram o Clube do Exército juntos. Cada um com sua comitiva.

A presidente Dilma deixou a confraternização com militares das Forças sob som da canção ‘Caçador de Mim’ , de Milton Nascimento. Trechos da letra: “A vida me fez assim / Doce ou atroz, manso ou feroz”.

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Com Walmor Parente

 

 


Deputado alerta para orçamento minguado do Exército em 2016
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Leandro Mazzini

qg

O QG em Brasília

Fechado o Orçamento da União de 2016, o deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) alerta para as contas do Exército: O Governo previa R$ 490 milhões para a Força, e reduziu para R$ 330 milhões.

Essa soma, segundo o parlamentar, não cobre as despesas de custeio somadas ao pagamento de pessoal.

Não é de hoje que a caserna vem passando perrengue com o Governo. Os Orçamentos dos últimos anos vêm oscilando entre R$ 300 milhões e R$ 400 milhões. Houve casos de quartéis dispensarem soldados nos fins de semana para economizar refeições.

Integrante da Comissão de Orçamento, Izalci conseguiu recompor em R$ 60 milhões a destinação de verbas, que serão direcionados ao Sistema de Vigilância da Amazônia.

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Mico do Exército na guerra eletrônica: hackers acessam 10 mil e-mails
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Leandro Mazzini

Sede do Quartel General em Brasília

Sede do Quartel General em Brasília

Uma gafe militar que colocou em risco a soberania nacional é tratada em sigilo pelas Forças Armadas e o Ministério da Defesa.

Aconteceu há dias. A exemplo do que fazem as potências militares da Organização do Tratado Norte, o Exército Brasileiro decidiu testar seu sistema de guerra eletrônica e desafiou hackers a o invadirem. E os piratas online acessaram a intranet.

Um dos hackers teve acesso a senha e e-mail institucional de 10 mil militares, segundo um alto oficial.

Instalou-se um “Deus nos acuda” no QG em Brasília e no Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica em Sobradinho. Oficiais e especialistas foram chamados às pressas para resolver a situação.

A turma de veteranos em tecnologia que brecou o vazamento ficou pasma ao descobrir que altos oficiais usavam senhas como “mamãe” e “exercito” no e-mail institucional.

Em resposta à Coluna, nesta segunda-feira, o Exército informou “que o assunto está sendo tratado pelo Centro de Coordenação para Tratamento de Incidentes de Rede do Exército e que o incidente não comprometeu os sistemas estratégicos de defesa”.


Demissão de general acirra ânimos entre Planalto e QG
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Leandro Mazzini

Um ano após o encerramento dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, voltou a ficar tenso o clima entre o Quartel General e o Governo Dilma.

A demissão do general Antônio Martins Mourão do 3º Comando no Sul estava programada. Ele é tido como voz dissonante do Governo há anos. O Ministério da Defesa só esperava um pretexto para concretizá-la. E o fato novo apareceu.

Foi a homenagem póstuma feita ao coronel Brilhante Ustra no QG do 3º Comando, em Santa Maria (RS) ( lembre aqui ) , com convite enviado a altos oficiais.

Era Mourão também um dos que incitava a caserna a promover funeral com honras de chefe de Estado, com a tropa fardada, para o ex-torturador chefe do DOI-COD.

A presidente Dilma soube da homenagem no Sul e considerou provocação desnecessária. Cobrou posição do ministro Aldo Rebelo e este procurou o comando do Exército. Mas não houve ato isolado do comando, a fim de preservar o oficial.

No boletim Informex do Exército consta nomes para promoção e transferências de outros 63 oficiais em todo o País. Mourão entrou na lista, e volta para Brasília.

Em tempo, para o lugar de Martins Mourão foi designado o general Edson Leal Pujol.


QG do Exército no Sul faz homenagem póstuma a Brilhante Ustra
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Leandro Mazzini

Reprodução de e-mail

Reprodução de e-mail

Pouco menos de um ano após a conclusão dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade (CNV), que mexeu com os brios dos militares veteranos, um episódio ocorrido hoje em Santa Maria (RS) conota provocação a ex-militantes de esquerda vítimas ou não da ditadura militar.

O comandante da 3ª Divisão do Exército, Gal. José Carlos Cardoso, organizou uma cerimônia de homenagem póstuma ao Cel. Brilhante Ustra, considerado o maior torturador do regime. Ustra faleceu semana passada por problemas de saúde.

O general enviou convite digital para militares, ao qual a Coluna teve acesso (acima). Brilhante Ustra foi personagem recorrente nos trabalhos da CNV, e compareceu para depor numa polêmica sessão reservada ano passado.

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Exército doa 20 caminhões reformados para o Paraguai
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Leandro Mazzini

Foto: itaipu.gov

Foto: itaipu.gov

O Exército Brasileiro doou 20 caminhões Mercedes modelo 1418 para o Paraguai, num acordo de cooperação militar. O Congresso Nacional – o de lá e o daqui – ainda não aprovou, como regra, mas os veículos atravessaram a fronteira pela estrada de Itaipu sem passar por alfândegas.

As Forças Armadas do Brasil mantêm uma ativa interlocução com Estados amigos. Houve outras doações de veículos e equipamentos. Foi assim com um navio fragata enviado para a Namíbia, e aviões Super Tucano para Moçambique.


Exército em alerta com MST e protestos
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Leandro Mazzini

O Centro de Informações do Exército, núcleo de inteligência da Força, monitora com atenção redobrada as recentes e intensas ocupações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra nos Estados, e também de olho nas manifestações populares programadas para hoje, pró-governo, e para domingo, contra o Governo.

Há suspeita de que os Black-blocs e baderneiros possam se infiltrar nas três frentes – nos acampamentos e nas manifestações. Além disso, o Exército descobriu novas táticas do MST: uso de crianças e mulheres em invasões, como escudos para intimidarem eventual reação das Polícias Militares ou Forças Armadas.

Entre generais há ideia de que a qualquer hora terão de enfrentar o ‘Exército Vermelho’ de João Pedro Stédile. A inteligência do Exército já mapeou quem é quem no comando dos sem-terra em todos os Estados e pode trabalhar em parceria com as PMs para detê-los em caso de desordem.

Questionado sobre o monitoramento, o MST não se pronunciou. A assessoria do Exército informou que ‘pauta suas ações conforme o previsto na Constituição’, e que ‘a Força faz o acompanhamento da conjuntura nacional’.