Coluna Esplanada

Arquivo : Feliciano

Caso Feliciano: Grupo feminista faz protesto na sede do PSC de SP
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Leandro Mazzini

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Cerca de 50 pessoas, a maioria delas jovens, promove um protesto na noite desta quarta-feira (10) em frente à sede do diretório regional do Partido Social Cristão (PSC) em São Paulo.

O alvo é o deputado federal e Pr. Marco Feliciano, suspeito de assédio sexual, agressão e tentativa de estupro em Brasília, contra a jornalista Patrícia Lélis, que o denunciou à Delegacia da Mulher e ao Ministério Público Federal no domingo.

Com palavras de ordem e cartazes com a frase “Não à cultura do estupro”, os jovens bloqueiam parte da rua e continuam em frente ao prédio, que está fechado.

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A DENÚNCIA

A Coluna revelou a denúncia no último dia 2 de agosto, e desde então vem publicando uma série de reportagens sobre os bastidores e desdobramentos do caso na esfera policial.

Ontem, publicou também que Patrícia tornou-se suspeita de negociar seu silêncio por R$ 300 mil, com evidências de provas em prints de mensagens de celular. Há pouco, o site da revista VEJA divulgou um vídeo comprometedor em que Patrícia aparece com o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, negociando uma parcela de R$ 50 mil.


Em vídeo, Patrícia e assessor de Feliciano tratam R$ 50 mil por silêncio
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Leandro Mazzini

> Vídeo nas mãos da Polícia Civil, entregue por amigo de Patrícia Lélis, revela ela negociando dinheiro pelo silêncio.

> Ela fica surpresa ao descobrir que Bauer teria entregado R$ 50 mil a um intermediário do Rio

> Falso agente da Abin, jovem do Rio se dispôs a intermediar acordo e teria ficado com dinheiro.

> Mulher cobra posição de Bauer sobre intermediário: “Você vai dar uns tapas nele!”

> Negociação comprova que Feliciano tenta esconder crime denunciado em Brasília. PGR, Delegacia da Mulher e Conselho de Ética já cercam o deputado

Atualização quinta, 11/8, 13h25 – Um vídeo divulgado há pouco pelo site da revista VEJA ( assista aqui ) derruba o perfil de vítima de Patrícia Lélis, durante sua estadia em São Paulo, e revela uma negociação entre ela, o chefe de gabinete de Marco Feliciano (PSC-SP), Talma Bauer, e o jornalista Emerson Biazon – que levou Patrícia para SP a fim de negociar seu silêncio contra o deputado federal, a quem acusa de agressão, assédio sexual e tentativa de estupro.

Ontem, a coluna revelou as evidências de que Patrícia negociou R$ 300 mil com Bauer pelo silêncio, após acusar Feliciano, e publicamos os prints ( confira abaixo ) das conversas entre ela e Emerson Biazon, no qual ambos falam do dinheiro e envolvem o misterioso Arthur.

Prints das conversas de whatsapp atribuídas a Patrícia

Prints das conversas de whatsapp atribuídas a Patrícia

CONVERSA COMPROMETEDORA

No vídeo, Patrícia e Bauer tratam claramente sobre o pagamento por seu silêncio. Num trecho da conversa, no saguão do hotel San Raphael, no Aroche, surge o diálogo comprometedor para ambos ( Bauer negara à Polícia que tentou comprar o silêncio da garota )

“Com esse dinheiro dá para você se resolver, concorda?” – diz Bauer. Patrícia está na sua frente, e pergunta:

“É dez? ( dez mil reais)”.

“Não, é cinquenta”..

“Quê!?”

Então Patrícia descobre, neste momento, de acordo com as investigações policiais, que Talma Bauer já teria passado R$ 50 mil para um homem chamado Arthur Mangabeira, que se apresentou a ela pela internet, do Rio, disposto a ser  um intermediador para negociar o trato, semanas antes de ela ir para SP.

Revoltada, Patrícia revela-se fria sobre a traição do suposto intermediador.

“Por que você não mata ele, Bauer. Mata ele!” – disse a jovem

( A coluna recebera pelo Whatsapp na quarta à tarde o vídeo antes do vazamento pela Veja, mas com áudio muito ruim, e decidimos soltar a matéria que já estava em apuração com mais detalhes quando surgiu o vídeo original no site da revista. Quem alertou para essa frase temerosa de Patrícia foi a leitora Priscilla Caviar,pelo Twitter @misscaviar . Após seu post, Priscila se mostrou no microblog soberba, imatura e provocadora, insultando o trabalho da equipe da Coluna. Escondida no perfil caricato, revelou-se uma infeliz atrás de fama para forçados 2 mil seguidores, capaz de escrever asneiras seguidas pelo sucesso  )

Patrícia continua, muito raivosa, pela voz:

“Bauer, me dá a sua palavra que você vai fazer alguma coisa com ele? Eu quero a sua palavra que você vai fazer alguma coisa com ele.. Você vai fazer alguma coisa com ele, depois de pegá-lo?”

“Eu não vou matar ele, mas alguma coisa eu faço” – diz Bauer.

QUEM É ARTUR?

Segundo Patrícia, em conversa com a Coluna há dias, um homem chamado Arthur Mangabeira, amigo de uma conhecida sua no Rio, se dispôs a ajudá-la junto ao PSC ou a Feliciano para que “a deixassem em paz” – a Coluna já o citou em posts anteriores.

Foto do suposto Arthur Mangabeira, enviada por Patrícia. Ele seria o intermediador

Foto do suposto Arthur Mangabeira, enviada por Patrícia. Ele seria o intermediador

Até hoje ele era para a Policia um personagem misterioso, agora as autoridades vão cercá-lo oficialmente. Patrícia disse que ele se apresentou como um agente da Abin – Agência Brasileira de Inteligência, o que foi descartado depois.

A Coluna não conseguiu localizar o tal Arthur. No celular de Patrícia, ela tem esta foto dele, enviada por whatsapp ao repórter:

DEFESA

O advogado de Patrícia Lélis, José Carlos Carvalho, continua a afirmar que ela estava sob coação de Bauer e que o vídeo e o diálogo podem ser uma montagem – a despeito das evidências da tranquilidade de Patrícia no trato com Bauer e sobre o assunto delicado.

Nota que em nenhum momento do trecho do vídeo divulgado ela aparece na imagem. E diz que vai insistir em mais investigações.

Vale ressaltar, o caso registrado no 3º DP de SP, sobre sequestro e coação, é dissociado da denúncia que tramita na esfera policial em Brasília, onde ela confirma a agressão do deputado federal.

ACUSAÇÕES

O delegado do 3º DP, Luís Hellmeister, deve indiciar Patrícia e Bauer. Ela, por extorsão, falsa comunicação de crime ( para a polícia, está claro que não houve sequestro e coação ) . Já o chefe de gabinete poderá ser enquadrado, mas o delegado ainda não decidiu por qual tipificação penal.

FELICIANO SE COMPLICA

A revelação agora da negociação pelo silêncio, no vídeo e em provas já coletadas anteriormente pela Polícia de SP, complicam também – e mais ainda – o deputado federal Marco Feliciano, e apontam fortes indícios de que houve o crime de agressão e assédio denunciado por Patrícia, em Brasília, diante da tentativa de acordo em SP para calá-la e mudar sua versão.

Feliciano e Bauer estão em Brasília. O PSC manteve o deputado na liderança do partido, mas ele virou alvo do Conselho de Ética da Câmara, da Delegacia da Mulher e a Procuradoria Geral da República pedirá ao Supremo Tribunal Federal que investigue o deputado.

Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assista o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Veja aqui o cronograma da denúncia


Mulher que acusa Feliciano é suspeita de negociar R$ 300 mil; advogado nega
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Leandro Mazzini

O jogo virou em mais um capítulo do caso Marco Feliciano – ou ‘House of Feliciano’, como espalha-se nas redes sociais – e agora quem se tornou alvo é a jornalista Patrícia Lélis, que acusa o deputado federal de agressão, assédio sexual e tentativa de estupro.

Enquanto Feliciano na esfera brasiliense é potencial suspeito de agressão, na jurisdição paulista a mulher que o acusou agora é acusada de ter negociado seu silêncio por R$ 300 mil – que seriam pagos em seis parcelas de R$ 50 mil.

Surgiu também um personagem que até aqui era identificado pela Coluna apenas como A.M. É um homem chamado Artur, do Rio de Janeiro, que procurou Patrícia pela internet disposto a ajudá-la a resolver sua situação com o PSC e Feliciano – em troca de dinheiro, segundo investiga a polícia.

Ele também seria usado como um intermediador para o provável pagamento de propina em troca do silêncio da jovem.

Quem entregou o próprio esquema foi Emerson Biazon, que Patrícia também denunciou em B.O. em Brasília por suposto sequestro em SP. Foi Emerson que a convenceu a ir para a capital paulista, e onde eles se encontraram com Talma Bauer, o chefe de gabinete de Feliciano.

Durante toda a tarde desta terça-feira, Emerson depôs ao delegado Luís Hellmeister, na 3ª DP, e entregou fotos e prints de trocas de mensagens atribuídas ao celular de Patrícia Lélis, nas quais fica evidente que ambos negociavam um pagamento até algo dar errado – apareceu em SP a mãe de Patrícia, Maria Aparecida Lélis, que a convenceu a ir à delegacia.

Abaixo, as trocas de mensagens entre Emerson e Patrícia, entregues por ele à Polícia hoje.

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Prints das conversas de whatsapp atribuídas a Patrícia

Prints das conversas de whatsapp atribuídas a Patrícia

A polícia já descobriu que Patrícia teria pago R$ 700 por apenas uma maquiagem, num shopping, antes de fazer uma gravação de um vídeo no qual muda sua versão e defende Feliciano. Em outro momento, o que derruba a tese de sequestro, Patrícia aparece sorridente numa mesa da churrascaria Boi de Ouro em SP, com Bauer e Biazon.

Bauer e Emerson (E) e Patrícia com o empresário Marcelinho - Para delegado, não houve sequestro

Bauer e Emerson (E) e Patrícia com o namorado – Para delegado, não houve sequestro

INVESTIGAÇÕES

Há dois cenários sob investigação, vale ressaltar: em Brasília, a Delegacia da Mulher e a Procuradoria Geral da República vão cercar Feliciano. Há evidências do crime no apartamento funcional, o qual foi denunciado pela jovem de 22 anos.

Em São Paulo, o 3º DP está concluindo até esta quarta-feira pela manhã o inquérito em que Patrícia acusa o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, de cárcere privado e coação, para que gravasse vídeos a favor do deputado e desmentindo a própria denúncia que fizera informalmente e publicada pela Coluna Esplanada.

O delegado Hellmeister já está certo, com as evidências entregues por Emerson Biazon, de que não houve coação e sequestro da jovem.

DEFESA

Em contato com a Coluna há pouco, Patrícia revelou, numa versão ainda mal explicada, que liberou Emerson para negociar pagamentos de Bauer, mas sem que a envolvessem. “Eu não queria dinheiro, nunca quis, e disse que se ele quisesse negociar que não me envolvesse nisso”, defende-se. “Eu só queria ficar em paz e minha vida de volta”, complementa.

O advogado de Patrícia, José Carlos Carvalho, informou à Coluna que acredita na inocência da cliente, suspeita de armação de Emerson e Bauer contra Patrícia, acredita no cárcere privado detalhado para ele, e que está tomando as providências para oficializar sua defesa jurídica, assim que conhecer o teor do inquérito.

A mãe de Patrícia conversou com a Coluna nesta tarde de terça feira durante 40 minutos, nos quais defendeu a filha e narrou a ordem cronológica do que viu desde que chegou ao hotel em SP, de surpresa, até a sexta, quando levou a filha à delegacia.

Leia aqui – os 15 mistérios do caso para a Polícia desvendar

Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assista o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Veja aqui o cronograma da denúncia

 


Assessor de Feliciano volta a Brasília e advogado de mulher pede escolta
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Leandro Mazzini

Foto de leitor

Foto de leitor

O advogado criminalista José Carlos Carvalho, que defende a jornalista Patrícia Lélis, vai pedir à Justiça e autoridades policiais escolta imediata e 24 horas para a jovem que denunciou o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) de agressão, assédio sexual e tentativa de estupro.

A minuta já está pronta e ganhou força há meia hora atrás quando começou a circular uma foto que comprova o retorno a Brasília do chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer.

Na imagem, feita por um leitor da Coluna que reconheceu o assessor parlamentar, Bauer ( ao centro )caminha ao lado de dois homens, supostos policiais – um deles, à esquerda na foto, é o mesmo que aparece em companhia de Bauer na saída do 3º DP em São Paulo, onde o chefe de gabinete foi detido para esclarecimentos após acusações de Patrícia por suposto sequestro qualificado e coação, pelo seu silêncio.

Esta foto foi feita próximo ao prédio do apartamento funcional do deputado Feliciano ( detalhe, os apartamentos, de cerca de 160 m², têm quatro quartos e foram construídos para os parlamentares alocarem as famílias e assessores de outros Estados ).

Bauer foi liberado pelo delegado Luís Hellmeister na madrugada de sábado após prestar depoimento, e voltou para suas atividades de trabalho à capital federal.

 


Deputado Feliciano e mais dois são denunciados à Delegacia da Mulher do DF
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Leandro Mazzini

A jornalista Patrícia Lélis, que acusa o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) de agressão, assédio sexual e tentativa de estupro dentro de apartamento funcional, registrou boletim de ocorrência na noite deste domingo na Delegacia da Mulher, na Asa Sul de Brasília.

Ela envolve o deputado e também denuncia mais dois homens que a convenceram a ir para São Paulo, que resultou no caso do suposto sequestro qualificado pelo chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, que foi detido para esclarecimentos na sexta, e depois solto.

Os outros dois envolvidos no caso, segundo Patrícia, são: um homem identificado apenas como Marcelinho – que seria seu empresário para tentativa de emprego em SP – e o jornalista Emerson Biazon, que a convenceu a viajar para a capital paulista.

Em São Paulo, ela foi alojada no hotel San Raphael, no Centro, onde ficou sob tutela de Bauer, e onde teria se iniciado a coação para ela mudar o discurso sobre a denúncia contra Feliciano, revelada pela Coluna. As diárias estavam pagas até a próxima quarta, 10.

Leia aqui – os 15 mistérios do caso para a Polícia desvendar

Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assista o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Veja aqui o cronograma da denúncia

DEFESA DE FELICIANO

As denúncias começaram a aparecer na última terça-feira, registradas em primeira mão pela Coluna Esplanada. Desde então o deputado Marco Feliciano preferiu o silêncio, e só o quebrou quatro dias depois – neste sábado – após a prisão do seu chefe de gabinete em SP acusado de cárcere privado.

Feliciano divulgou um vídeo em suas redes sociais, ao lado de sua esposa, negando a agressão. Disse ser vítima de falsa comunicação de crime e que vai perdoar a mulher que o denuncia – uma ex-militante do PSC Jovem.

Patrícia Lélis continua mantendo sua versão – fez oitiva na 3ª DP em São Paulo – que será encaminhada à PGR nesta segunda – e agora faz o B.O. na Delegacia da Mulher em Brasília.


Vídeo comprova encontro de assessor de Feliciano com mulher
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Leandro Mazzini

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Um vídeo obtido na noite deste sábado pela Coluna comprova que o chefe de gabinete do deputado federal Pr. Marco Feliciano (PSC-SP), Talma Bauer, conheceu a jornalista Patrícia Lélis – até o momento ele negou que a conhecesse e que tenha havido a reunião entre os dois.

O vídeo, feito por um amigo da jovem, é do dia da conversa gravada por ela com Bauer – o assessor também negou que a voz fosse dele, quando ela relata com detalhes a acusação feita contra Feliciano.

Esse encontro, segundo relatou Patrícia, foi no Frans Café da Quadra 209, bloco D, da Asa Norte, no dia 22 de junho – uma semana após a suposta agressão, relatada ontem em oitiva à Polícia.

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Bauer foi detido ontem em São Paulo por agentes da Corregedoria – ele é investigador aposentado – e levado para prestar depoimento na 3ª DP (Campos Elysios). Ele foi liberado nesta madrugada de sábado. O caso está com o delegado Luís Alberto Hellmeister.

Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Veja aqui o cronograma da denúncia


Deputadas federais denunciam Feliciano ao MP Federal em Brasília
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Leandro Mazzini

Um grupo de quatro deputadas federais denunciou o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, do Ministério Público Federal, no fim da tarde desta sexta-feira.

A representação contra o deputado é sobre denúncia de agressão e estupro envolvendo uma jovem de Brasília – revelada pela Coluna na última terça-feira, quando iniciou uma série de reportagens.

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) afirma que as parlamentares solicitam ao MPF apuração da denúncia que envolve o parlamentar paulista.

“Não queremos ferir qualquer presunção de inocência. Consideramos que denúncias, como essa, não podem ser banalizadas e têm que ser investigadas”, afirma Kokay, que representou as parlamentares na entrega do documento.

A representação é assinada pelas deputadas petistas Ana Perugini (SP), Luizianne Lins (CE) e Margarida Salomão (MG).


Polícia de SP prende chefe de gabinete de Feliciano e cerca deputado
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Leandro Mazzini

Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Veja aqui o cronograma da denúncia

A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta sexta-feira à tarde em flagrante o chefe de gabinete do deputado federal Pr. Marco Feliciano.

Talma Bauer, gravado pela jovem de Brasília que acusa Feliciano de agressão e assédio sexual em Brasília, foi detido no Centro da capital paulista e é acusado por ela de cárcere privado num hotel e de a ter forçado gravar os vídeos a favor do parlamentar, desmentindo a denúncia revelada pela Coluna Esplanada.

O caso está com o delegado da 3ª DP (Campos Elísios), Luiz Alberto Hellmeister. Ele declarou à Coluna há pouco que vai fazer a oitiva de Patrícia Lélis, a jovem que acusa o deputado federal, e enviar o caso para a Procuradoria Geral da República em Brasília na segunda-feira. Quanto a Bauer será indiciado por coação e sequestro qualificado.

“Temos que ter todo o cuidado neste momento, cuidado para os dois lados para não se fazer injustiça, e cautela”, resumiu o delegado.

Ainda segundo o delegado, Bauer teria dito a Patrícia que “um mal maior” poderia acontecer a ela se não gravasse os vídeos para desmentir a denúncia feita pela Coluna Esplanada, a qual vem relatando desde terça os bastidores do caso.

Bauer foi preso enquanto caminhava por uma calçada após ter saído do hotel San Raphael, na Consolação, onde mantinha Patrícia em cárcere desde segunda-feira, segundo relata a jovem. Não há informações de como ela escapou do hotel, mas foi com a mãe até a 4ª DP (Consolação) no início da tarde e prestou oitiva ao delegado Roberto Pacheco – conforme revelou a Coluna mais cedo.

Atualização sábado, 6, 12h15 – Bauer foi liberado esta madrugada pelo delegado, que colherá mais informações para decidir sobre o pedido de prisão, mas ele será indiciado.

Foi dali que surgiu o mandado de prisão contra Bauer, que é um investigador aposentado da Polícia Civil de SP. Patrícia e a mãe, que viajara às pressas de Brasília para SP, foram à Corregedoria da Polícia. E de lá para a 3ª DP – foram os agentes da Corregedoria que fizeram o cerco ao assessor parlamentar.

Segundo o delegado, Patrícia ainda nesta noite vai fazer o Boletim de Ocorrência na DP contra o deputado pastor Feliciano. A priori, ela relatou ao delegado assédio sexual e agressão.

Quanto a Bauer, em novo contato com a Coluna, o delegado afirmou nesta sexta às 21h30 que esperava a decretação de sua prisão temporária pela Justiça. O delegado não pretende liberá-lo e vai aguardar o mandado de prisão, mesmo que saia por um juiz de plantão neste sábado.

A Coluna denunciou o caso na última terça-feira e desde então fez uma série de reportagens sobre o vaivém dos episódios envolvendo a jovem militante do PSC, o deputado e o chefe de gabinete, que foi gravado por ela numa conversa, cujo áudio foi revelado aqui.

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Novela da CDH: Bancada evangélica barra Jean Wyllys
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Leandro Mazzini

Pimenta, na CDH - a solução para pacificação virou problema. Foto: ABr

Pimenta, na CDH – a solução para pacificação virou problema. Foto: ABr

Apesar de o deputado Jean Wyllys (PSOL) aceitar a vice na Comissão de Direitos Humanos, e dizer que ‘não tem conversa’ com o deputado Pastor Feliciano (PSC-SP), o parlamentar, assumido ativista homossexual, sofre forte resistência da bancada evangélica.

A ponto de o deputado João Campos (PSDB-GO) – o idealizador da Lei da ‘Cura Gay’ – procurar o presidente da CDH, Paulo Pimenta (PT-RS), e afirmar que ele está dando muita bola para um partido pequeno como o PSOL.

A novela segue. Na tentativa de acalmar os ânimos, Pimenta jogou pimenta na salada política na Comissão: sugeriu a Wyllys e Feliciano dividirem as vices-presidências da CHD. Há o cargo de primeiro e segundo vice. A conferir.


Nova novela da Câmara: Feliciano e Jean Wyllys dividirão a vice da CDH
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Leandro Mazzini

Feliciano (D) e Jean - embates calorosos à vista. Foto extraída do gospelmais.com.br

Feliciano (D) e Jean – embates calorosos à vista. Foto extraída do gospelmais.com.br

O PT assumiu o controle da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados, com o deputado Paulo Pimenta (RS), para que não caísse nas mãos de um representante evangélico conservador, ou ativista do movimento homossexual e das feministas. Mas o acordo em torno de um nome ‘neutro’, que não desagradasse aos dois lados, pode ter empurrado o problema para a vice-presidência da CDH.

Num trato informal feito entre partidos, para agradar ambos os grupos, os deputados Pastor Feliciano (PSC-SP) e Jean Wyllys (PSOL-RJ) serão vice-presidentes da Comissão. Negociam neste cenário quem será o primeiro vice e o segundo.

Fato é que, na eventual ausência do presidente em sessão da CDH, o vice poderá impor a sua pauta do dia, de acordo com interesses do grupo que representa – aí têm-se o esperado cenário de guerra entre os dois deputados.

A tentativa de amenizar o clima pode incendiar o debate. Feliciano, por suas conhecidas posições evangélicas e conservadoras frente à CDH em 2013, e Jean, pelo ativismo gay, já protagonizam este ano um embate extra-plenário.

O mais recente acontece nesta quarta (11). Ambos divergem publicamente sobre os chamados ‘Gladiadores’ da Igreja Universal do Reino de Deus. Os ‘soldados’ da fé foram criticados em artigo de Jean, e Feliciano o ironizou. ( leia aqui )