Coluna Esplanada

Arquivo : Fenapef

Policiais federais eleitos vereadores traçam metas políticas
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Leandro Mazzini

Será mais difícil em pelo menos em 21 Câmaras de Vereadores os edis enganadores protagonizarem na surdina atos nada ortodoxos.

Em suma, haverá olheiros experientes e coldre na cintura.

A Federação Nacional de Policiais Federais elegeu 21 agentes vereadores nestas cidades. O grupo se reuniu ontem pela primeira vez e a entidade estabeleceu ainda uma meta política: quer eleger por baixo cinco deputados federais em 2018 para lutar pela categoria nas pautas nacionais.

Para os novos vereadores e a Fenapef, não há “melhor forma de interferir nos projetos de segurança pública e de neutralizar tentativas de desmonte da Polícia Federal”

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‘Lenhador com coque’ sem uniforme irrita agentes e comando da PF
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Leandro Mazzini

O surgimento do policial federal hipster – com coque no cabelo e barba ‘estilo lenhador’ – escoltando Eduardo Cunha veio apenas cinco dias após o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Leandro Daiello, criticar estereótipo de alguns agentes que aparecem na mídia nesses casos da Lava Jato.

O misterioso agente virou tema das matérias e dos debates das redes sociais.

Na palestra, feita para policiais em Porto Alegre, Daiello lembrou da importância da imagem da PF. Citou um tênis branco sem o padrão da botina preta determinada, numa outra operação anterior. ( Assista aqui a palestra )

O cabelo e barba do hipster não são problema. É que, além de ser surpresa na operação o estilo hipster, ele não usava o uniforme da PF. O episódio também provocou mal-estar entre os policiais federais.

Tem gente na cúpula da PF achando ser provocação da Fenapf, a federação dos policiais, contra Daiello. As classes dos delegados e dos policiais não se bicam.

Atualização sexta, 21, 10h48 –  A Fenapef mandou uma nota, reproduzida abaixo:

“Fenapef estranha associarem a entidade à forma como estava vestido o agente Lucas Valença, quando da prisão de Eduardo Cunha, uma vez que a forma de dar cumprimento ao mandado de prisão e a seleção dos policiais para a missão é determinada pela chefia de um delegado.

Como esclarecimento técnico, é praxe que as prisões, sobretudo, de figuras públicas e poderosas, devem ser feitas de maneira discreta para evitar a fuga dos suspeitos. O que a Federação tem a dizer sobre o episódio é que a repercussão popular em torno de um dos agentes pode ter causado mal-estar entres os delegados da Lava Jato, que buscam a todo o momento os holofotes.

Indício disso foram as insinuações contra a interferência da Fenapef e à determinação de que, após a visibilidade que o agente Lucas Valença obteve, todos passassem a usar capuz (balaclava) na condução do Cunha para Curitiba. A ordem de missão que os agentes cumprem determina o traje que é usado na operação, se ostensivo (farda) ou distrito (roupa social), e essa ordem é assinada pelo chefe que é um delegado federal”.

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Delegados federais garantem serviços essenciais apesar da greve
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Leandro Mazzini

A despeito da greve dos delegados federais declarada às vésperas dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a categoria avisa que serviços essenciais não serão afetados, como a segurança do evento e a vigilância nas fronteiras.

No último dia 17 a Coluna antecipou que a classe paralisaria atividades em protesto contra a não aprovação de reajuste salarial no plano do presidente Michel Temer enviado ao Congresso. Os policiais federais também reclamam outras demandas, como o pagamento do adicional de fronteira – pauta também dos delegados.

O presidente da Federação dos Policiais Federais, Luiz Antonio Boudes, desconfia de lábia do Governo, por exemplo, sobre a fronteira com o Paraguai reforçada. Na Copa, a direção da PF deslocou 4 mil policiais para.. locais dos Jogos e deixou as fronteiras do MS e PR abertas.

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Delegada da Lava Jato lidera lista tríplice para diretora da PF
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Leandro Mazzini

Atualizada terça, 31, 14h05 – Delegada da Lava Jato que deu nome à Operação, Érika Marena, de Curitiba, lidera lista tríplice da Associação Nacional dos Delegados de PF para diretora-geral da PF. A Coluna antecipou ontem que ela é a favorita da classe para comandar a corporação.

A lista acaba de ser anunciada, na qual votaram mais de 2.500 delegados associados. Érika obteve 1.065 votos.

Por lei, o cargo de diretor deve ser de um delegado federal de classe especial, e a categoria oferece uma lista par escolha do presidente da República.

Os outros votados, nesta ordem, que completam a lista, são Marcelo Eduardo Freitas (924 votos) e Rodrigo de Melo (685 votos) Teixeira, ambos da Superintendência de Minas Gerais. Não é tradição que o ministro e o presidente da República escolham o mais votado da lista.

A lista será submetida à avaliação do presidente Temer e do ministro da Justiça, Alexandre Moraes. O atual DG da PF, Leandro Daiello, segundo informações de bastidores, deve sair em Agosto após os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Enquanto isso, a Federação dos Policiais Federais avisou que também quer ter espaço na escolha do futuro DG.

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Policiais federais querem escolher diretor-geral
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Leandro Mazzini

boudes

Os Policiais Federais associados à Fenapef, a exemplo dos delegados, também querem votar em lista para escolher o diretor-geral da PF, e não se importam que seja um delegado – categoria que deve ocupar o cargo, por lei, e que sempre criticaram.

Luiz Antônio Boudes, presidente da Federação, alega que a categoria abrande 90% da corporação e tem o direito, e também com voto dos aposentados.

“Apesar de não ter previsão legal, temos recebido manifestações de todo o Brasil para opinião dos policiais”, diz ele.

Por outro lado, o presidente da Associação dos Delegados de PF, Carlos Eduardo Sobral, cita a lei que determina a escolha pelos delegados, exclusivamente, e rebate: “Delegados têm a prerrogativa, assim como os promotores tem as suas na escolha (da lista do MP)”.

Hoje, a ADPF solta lista tríplice com os nomes mais votados pelos delegados para entregar ao presidente Michel Temer e ao ministro da Justiça, Alexandre Moraes. O atual DG, Leandro Daiello, deve sair após a Olimpíada.

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Categorias se unem e desafiam diretor da PF
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Leandro Mazzini

O Diretor-Geral da Polícia Federal está perdendo o apoio das categorias da corporação.

Numa reunião inédita há dias, a ADPF (dos delegados), Fenapf e Fenapol (dos agentes), que sempre se estranharam, cobraram em público ao diretor geral Leandro Daiello a negociação da reestruturação salarial que travara na gestão Dilma Rousseff, sobre reajuste para as categorias.

Daiello, da sede da PF, entrou em viva-voz convidando o grupo para conversar no gabinete, e ninguém aceitou. Todos já tinham informação sigilosa de que ele não conseguiu avançar com Michel Temer.

Os delegados pediam R$ 3,6 mil e devem ficar, no melhor cenário, com R$ 3 mil de reajuste; e os agentes viram cair o prêmio de R$ 2 mil para R$ 1,8 mil.

Da malsucedida reunião por telefone nasceu a lista tríplice que a ADPF dos delegados, categoria do próprio Daiello, entregará a Temer pedindo a cabeça do DG.

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Policiais federais promovem mobilização contra PEC dos delegados
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Leandro Mazzini

Foto de arquivo. fenapef.org

Foto de arquivo. fenapef.org

Os policiais federais também se manifestam hoje em todo o País, contra a PEC 412, em tramitação no Congresso Nacional, que beneficia os delegados com maior autonomia.

Segundo a Fenapef, a proposta tira poderes de fiscalização do Ministério Público sobre a instituição e o inquérito – é a já conhecida rivalidade entre as instituições, e em especial neste caso, dos policiais e delegados, estes que também iniciam hoje mobilização em prol da carreira.

A ADPF, dos delegados, já negou em momentos anteriores a intenção de sobreposição de competências. Informa apenas que busca condições melhores para a categoria.


PF registra seguidos suicídios de agentes por depressão
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Leandro Mazzini

dpf

Foto: meionorte

A crise interna e velada na Polícia Federal entre os delegados e os agentes é bem maior que a citada nos bastidores e mostrada aos holofotes (embate por benefícios de carreiras).

Em especial, um cenário ruim para os policiais: dois agentes se suicidaram na mesma semana, há dois meses, vítimas de depressão. Ao todo, pelo que se contabilizou nos últimos anos, foram 36 suicídios.

O presidente da Federação Nacional dos Agentes de PF, Jones Leal, revelou ao blog que, pelos dados da entidade, “pelo menos 30% dos agentes hoje tomam remédios tarja preta”. A corporação possui atualmente 7 mil agentes – entre policiais, escrivães, peritos e papiloscopistas.

Segundo Leal, a PF tem quatro psicólogos concursados para atender a toda a corporação – 2 mil delegados, 7 mil agentes – mas os servidores com problemas psicológicas, com vergonha, temem procurá-los. Recorrem a terceirizados conveniados com sindicato.


PF desconfia de MP eleitoreira de Dilma e entrará em greve
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Leandro Mazzini

jones

Jones Borges, da Fenapef, no estúdio da Esplanada WebTV

Os agentes da Polícia Federal devem decidir hoje pela paralisação a partir de segunda-feira. As diretorias regionais nos Estados da Federação Nacional dos Agentes da PF (Fenapef) vão se reunir em assembleias ao fim da tarde para decidir, mas há um forte movimento pró-greve.

É um protesto contra a Medida Provisória assinada pela presidente Dilma, anteontem, que dá benefícios à carreira dos delegados.

Há uma disputa velada de anos entre delegados e policiais por plano de carreira e benefícios. Outra MP, que dá aumento em 15,8% de salário para os policiais, está parada no Congresso.

Para o presidente da Fenapef, Jones Borges, a MP da presidente é um afago estranho aos delegados em meio à eleição e às investigações de corrupção no governo. Borges diz que colocará em discussão a paralisação,mas com o cuidado para que o provável movimento de greve não prejudique a tramitação da MP que beneficia os agentes em debate no Congresso.

Ele concedeu entrevista à Esplanada WebTV que será exibida hoje à noite na TV UOL.

MEMÓRIA

A PF vive uma crise interna sem precedentes, no embate entre policiais e delegados por melhorias nas carreiras. Os delegados, por ora, têm levado a melhor.

Na MP enviada por Dilma ao Congresso, fica estabelecido que o cargo de diretor-geral da PF será exclusivo de delegados, escolhido pela categoria. Era a demanda de anos.

Mas o cerne da crise não é este ponto específico. Segundo Jones Borges, havia um acordo informal com o governo para dar prioridade à MP que estabelece benefícios para os agentes. “E de repente, da noite para o dia, a presidente edita esta MP para os delegados”, contesta o presidente da Fenapef.

Segundo Borges, os policiais estão desmotivados. ‘Pelo menos 30% tomam remédio tarja preta’. Atualmente a PF possui nos quadros 7 mil agentes.


O racha na PF – Parte 2
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Leandro Mazzini

Os agentes federais e escrivães da Polícia Federal reclamam que não foram bem contemplados em suas reivindicações no artigo sobre a categoria, publicado nesta Quinta. O blog abre mais espaço para trazer à tona o racha velado entre duas categorias na PF – os agentes e os delegados. (Uma rixa natural por direitos de carreira que, obviamente, não prejudica as funções da corporação e suas atividades).

Fato é que o cerne desse racha é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 361, que tramita na Câmara dos Deputados e já chegou à Comissão de Constituição e Justiça.

A PEC cria a carreira com cargo único, o de policial na instituição. Para uns, atropela o já consolidado modelo: há concurso para agentes e outro para delegados. Para outros, é a PEC do FBI, que equipara a PF brasileira ao padrão da polícia americana e de outros países: todos são policiais, e a promoção se dá por meritocracia por regras internas.

“Uma das maiores críticas da grande base de policiais federais é a existência de um concurso para chefes na Polícia Federal. Através de argumentos que se sustentam numa herança da época do Império, quando eram delegados poderes de polícia a determinadas pessoas, associações de delegados ainda tentam justificar como um recém-formado num curso de Direito pode coordenar equipes de investigadores ou peritos experientes, ou então chefiar setores de logística ou gestão de pessoas”, informa em nota a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef).

Já a Associação dos Delegados da PF defende o formato atual. Os concursos são diferentes, por força de carreiras e responsabilidades evidentemente distintas. Assim como os agentes, os aprovados para delegados passam por treinamento da Academia da PF em Brasília.

A PEC 361, apadrinhada por um PM aposentado de SP, o deputado Otoniel Lima (PRB-SP), segundo a Fenapef,  “busca reestruturar a polícia como um todo”, e pretende “modernizar a PF tendo como referencial o cumprimento dos objetivos do órgão, e os referenciais são a experiência, pela antiguidade, e a meritocracia, pela eficiência na especialização e dedicação”.

Os delegados, no entanto, alegam que a iniciativa legislativa para dispor sobre organização e funcionamento de órgãos policiais é privativa do chefe do Poder Executivo, e a proposta surgiu no âmbito parlamentar, não da chefia da Casa Civil do Palácio do Planalto – a ausência de chancela da presidente pode dificultar a demanda dos agentes.

A despeito disso, a proposta tramita a passos largos na Câmara. Os próximos meses ditarão os rumos da proposta e do embate na instituição.


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