Coluna Esplanada

Arquivo : Forças Armadas

Defesa turbinada: Forças Armadas pedem verba para equipamentos
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Leandro Mazzini

A despeito do tão propalado sucateamento das Forças Armadas, Exército, Marinha e Aeronáutica lutam para conseguir verbas para compra de novos equipamentos, e a saída além do próprio Orçamento são as emendas parlamentares para 2017.

O Exército pediu R$ 355,4 milhões para compra de mísseis Astros 2020 da Avibras e R$ 593 milhões para blindados Guarani da Iveco.

A Marinha quer R$ 521 milhões para continuar o submarino nuclear – via DCNS e Odebrecht.

A Força Aérea Brasileira pediu às bancadas do Congresso R$ 600 milhões para aquisição do avião cargueiro KC 390, da Embraer.

Se a FAB conseguir os R$ 600 milhões para negócio, a Embraer recupera os US$ 200 milhões que pagou para encerrar investigação contra pagamento de propina no exterior.


General tem aval em decreto para criar a ‘CIA’ brasileira
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Leandro Mazzini

Etchegoyen - o novo linha dura do País. Foto: ABr

Etchegoyen – o novo linha dura do País. Foto: ABr

A vergonhosa vista grossa feita pela segurança dos Jogos do Rio de Janeiro – que deixou escapar oportunidade de encarcerar gente com mandado de prisão – estreia no mês em que o general Sérgio Etchegoyen, chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, começa a esboçar a Política Nacional de Inteligência.

Não se descarta o GSI criar força-tarefa permanente com militares, policiais, delegados federais e agentes da Abin.

O decreto 8.793, do presidente Michel Temer, “visa a definir os parâmetros e os limites de atuação da atividade de inteligência e de seus executores”.

O Artigo 2º do decreto informa que compete ao GSI coordenar as atividades no “âmbito da administração pública federal”. E o 3º lembra, em outras palavras, que deve haver colaboração de órgãos federais no planejamento.

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Serviços de inteligência preveem tumulto nas ruas
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Leandro Mazzini

Os serviços de inteligências do Governo e PMs dos Estados mais populosos – em especial Rio e São Paulo – preveem manifestações pró e contra o impeachment durante toda a semana e na próxima, quando o processo já estará fervendo no Senado.

As Forças Armadas não deram folga para as tropas neste fim de semana. Ficaram de plantão na caserna e olho atento à TV e ouvidos abertos ao serviço de inteligência – os chamaos “P2” infiltrados nos movimentos, dos dois lados.

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Esplanada Doc: você não sabe, mas será filmado nos protestos
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Leandro Mazzini

A Agência Brasileira de Inteligência e as Forças Armadas escalaram seus mais experientes agentes para registrarem em fotos e vídeos a movimentação dos protestos na Esplanada neste domingo, quando a Câmara dos Deputados vota o processo de impeachment da presidente Dilma.

Nada além em prol da segurança nacional. É praxe em todos os Governos.

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PT sonda as Forças Armadas
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Leandro Mazzini

Ag. Senado

Ag. Senado

Com a entrada do ex-presidente Lula no Governo (nomeado ontem à noite) e a efervescência popular dos protestos contra a presidente Dilma, o Partido dos Trabalhadores enviou seus principais expoentes para sondar o quadro nas Forças Armadas nos últimos dois dias.

O suspense aumentou muito ontem com a revelação do grampo da conversa de Lula com Dilma.

Altos oficiais do Exército têm informado aos petistas, entre eles o senador Jorge Viana (AC), que acompanham a situação e não vão interferir em cenário que cause desestabilização democrática, a não ser que sejam convocados a cumprir com o seu dever.

Viana é membro titular da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Procurada, a assessoria do senador não se pronunciou.

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Caneta atômica: comunista controla compras da Defesa e incomoda militares
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Leandro Mazzini

perpetua

Foto: oaltoacre.com.br

Avalizada pelo ministro Aldo Rebelo, a recente nomeação da ex-deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC) como Secretária de Produtos de Defesa passou a incomodar altos oficiais das três Forças Armadas no Ministério da Defesa.

Perpétua passou a controlar contratos bilionários de aquisição de armamentos, munições, veículos e equipamentos, numa aérea comandada há anos por especialistas na pasta.

Para monitorar de perto as ações da ex-deputada, os militares colocaram no gabinete um experiente general.

Perpétua passou a dar a última palavra sobre compras, contratos, licitações. Está com a Base Industrial de Defesa nas mãos, com carteira de 220 fornecedores de grande porte, como os braços industriais bélicos da Embraer, Odebrecht, entre outras empresas.

Como deputada, dois anos atrás Perpétua foi presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional na Câmara, e aproximou-se dos militares das Forças.

No início do segundo Governo Dilma Rousseff, foi nomeada como assessora especial na pasta – cargo já ocupado pelo ex-deputado petista José Genoino. Deve-se sua ascensão ao cargo estratégico ao ministro Aldo Rebelo (PCdoB), que assumiu ano passado a pasta.

A assessoria do ministério nega que haja ciúme dos militares, enquanto a caserna ferve.

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Exército reclama de Orçamento, mas ministro tranquiliza Força
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

O cenário indica que permanecem “em trincheiras opostas” o ministro da Defesa, o comunista Aldo Rebelo, e o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas.

O motivador da batalha declaratória, novamente, é o orçamento enxuto previsto para a pasta este ano, que pode afetar ações das Forças Armadas.

Há dias, Villas Bôas soltou o verbo na posse do comandante militar do Sul, Edson Pujol, em Porto Alegre.

O militar disse que o contingenciamento “Pode provocar a interrupção de projetos, com enorme prejuízo à continuidade e perda de tecnologia. Há restrições no nosso funcionamento no dia a dia”, revelou.

Em tom conciliador embora lacônico, o ministro Aldo Rebelo rebate o oficial: “Não vamos interromper nem comprometer nenhum programa. Todos serão mantidos”, garantiu à Coluna.

O general também salientou que o que mais preocupa é o Sistema Integrado de Monitoramento das Fronteiras (Sisfron). Em audiência no Senado no fim de 2015, o comandante do Exército já fizera duras críticas aos cortes na Defesa e ao Governo, sobre mau combate ao narcotráfico. O ministro afirma que o programa é prioridade.

Ao ser indagado de quem partiu a ordem para as Forças Armadas descruzarem os braços e assumir o front da guerra de combate Aedes aegypti, o ministro Aldo desconversou em papel de soldado: “Não fiz essa pergunta à presidente ou ao ministro da Saúde (Marcelo Castro). Cumpro funções que me são delegadas”.

Aldo está no cargo porque é dos poucos políticos admirados e respeitados pelos militares.

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Colaborou Walmor Parente


General manda recado para Dilma: Forças podem ajudar na estabilidade
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Leandro Mazzini

villas

Comandante do Exército Brasileiro, o general Eduardo Villas Bôas não titubeou em mandar uma direta para a presidente Dilma Rousseff e o vice, Michel Temer, no almoço com as Forças Armadas há poucos dias em Brasília.

Diante da presidente Dilma, o comandante soltou: “As Forças Armadas não são exaltadas pela busca do protagonismo e estão firmemente dedicadas a contribuir para a estabilidade institucional”.

Aliás, anda só institucional a relação entre Dilma e o vice Temer. Durante o recatado almoço na caserna, trocaram poucas palavras. Almoçaram na mesma mesa, e mal se olharam. Mas deixaram o Clube do Exército juntos. Cada um com sua comitiva.

A presidente Dilma deixou a confraternização com militares das Forças sob som da canção ‘Caçador de Mim’ , de Milton Nascimento. Trechos da letra: “A vida me fez assim / Doce ou atroz, manso ou feroz”.

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Com Walmor Parente

 

 


Governo cancela empenho para compra de bateria antiaérea russa
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Leandro Mazzini

mp

Reprodução do documento da MP editada pela subchefia de assuntos jurídicos da Casa Civil

Reprodução do documento da MP editada pela subchefia de assuntos jurídicos da Casa Civil

O Governo começou a emitir sinais de que não vai adquirir o tão propalado sistema de defesa antiaérea de tecnologia russa, prometido para as Forças Armadas utilizarem durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

É o que interpretam um grupo de militares sobre a Medida Provisória nº 697 publicada ontem, a qual revela o cancelamento do empenho de R$ 1,8 milhão como um sinal para parte do equipamento – que custa meio bilhão de reais.

Na rubrica 05.572 o registro é bem claro: CANCELAMENTO no item “Projeto de Defesa Nacional” no valor previsto para “sistema de defesa anti-aérea”.

Os russos veladamente pressionam o Governo para a compra – e deram recados à comitiva de políticos que visitou Moscou mês passado, capitaneada pelo vice-presidente Michel Temer.

Discretamente, militares dizem que o Governo se livra de uma sucata, porque o equipamento seria muito defasado. O acordo de intenção de compra foi assinado pelo então ministro da Defesa na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim.

A MP em questão abre “crédito extraordinário” para Ministérios da Justiça, das Relações Exteriores, dos Transportes, da Defesa e da Integração, no valor de R$ 950 milhões.

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‘G10 da Guerra’ investiu US$ 1 trilhão nas Forças Armadas em 2014
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Leandro Mazzini

Helicópteros em porta-aviões dos EUA: o país é líder em gastos, com meio trilhão de dólares. Foto: OTAN

Helicópteros em porta-aviões dos EUA: o país é líder em gastos, com meio trilhão de dólares. Foto: OTAN

Uma das pautas extra-oficiais debatidas nos corredores da Cúpula das Américas na Cidade do Panamá é a artilharia financeira para guerras. Após três anos em queda no índice, os 10 países que mais direcionam dinheiro para defesa – e também ataque – investiram pesado em 2014.

Pesquisa do International Institute for Strategic Studies mostra que a Rússia, com suas investidas (o País nega) na Ucrânia, aumentou em 8,3% o orçamento para tropas – US$ 70 bilhões.

Enquanto o Brasil míngua e faz soldados saírem da caserna nos fins de semana, para economizar alimentos, os Estados Unidos lideraram a lista com US$ 581 bilhões investidos, seguidos de longe pela vice, a China, que aportou US$ 129 bilhões nas forças armadas.

Outros países: Japão investiu US$ 48 bilhões, India aparece com US$ 45 bilhões, Coréia do Sul com US$ 34 bilhões, Alemanha com US$ 44 bilhões, França com US$ 53 bilhões e Grã Bretanha com US$ 68 bilhões.

Mas o que chama a atenção foi a Arábia Saudita investir estupendos US$ 81 bilhões, dinheiro que não só as ricas reservas de petróleo explicam. Especula-se no Oriente que os sheiks temam a entrada de militantes e insurgentes do temido Estado Islâmico nos Emirados. A Arábia Saudita está bancando a defesa das nações árabes nas fronteiras.