Coluna Esplanada

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‘Fator Câmara’ pesa para futuros prefeitos do Rio e São Paulo
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Leandro Mazzini

O novo prefeito de São Paulo, João Dória Jr (PSDB), terá que negociar com pelo menos cinco vereadores eleitos que não são de sua chapa para ter a maioria na Câmara Municipal, com 55 edis.

Dória diz que não haverá o tradicional toma-lá-dá-cá, mas não revela que mágica usará para reverter a pesada tradição do aparelhamento partidário na máquina.

Quem vencer a eleição no Rio de Janeiro – Câmara também com 55 vereadores – também terá  dificuldade, e muito maior que a de Dória.

O PSOL de Marcelo Freixo elegeu seis vereadores da chapa com PCB. Da sua chapa, Marcelo Crivella tem apenas quatro vereadores – três do PRB e um do PTN.


Efeito de protestos e Lava Jato, urnas revelam líderes para 2018 e 2022
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Leandro Mazzini

> Protestos de 2013 associados às prisões e revelações da Operação Lava Jato impulsionam o voto de protesto e o voto ‘no novo’

> Crivella, Dória, Freixo e ACM Neto surgem como novos líderes estaduais e potenciais nacionais, independentemente do resultado das eleições

> Partidos terão de repensar estruturas e candidaturas de caciques para 2018 e 2022 se as urnas concretizarem as intenções de votos em várias capitais

Os resultados das urnas deste domingo (2) vão revelar novos líderes políticos para os próximos anos, já indicaram as pesquisas de intenção de votos em algumas capitais. Em especial, eles vêm do Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte e São Paulo, e, independentemente do resultado no segundo turno, eles vão mexer com as consolidadas estruturas de seus partidos e colocam em risco os projetos dos conhecidos caciques. Em suma, o cenário político para 2018 e 2022 pode ser muito diferente do programado pelos grandes partidos para estes Estados e também para os projetos presidenciais.

Em Salvador, é pule de dez o prefeito ACM Neto ser reeleito em primeiro turno. Maior representante nacional do DEM hoje – ao lado do senador Ronaldo Caiado (GO) – Neto deu sobrevida a uma legenda de direita que naufragava há poucos anos diante do poder da centro-esquerda.

Neto passou a ter voz nacional. Em viagens constantes a Brasília, articula permanentemente com PSDB, PPS e outros partidos parceiros, e mantém viva a esperança dos carlistas de ter novamente um representante do clã no Palácio Ondina. ACM Neto é potencial candidato governador em 2018. E também pode surgir como um nome do DEM para o Planalto nas eleições vindouras.

Rio e São Paulo, as maiores vitrines políticas do país – por serem os maiores colégios eleitorais, concentrarem os meios de comunicação e também grandes problemas sócio-econômicos – também lançarão seus novos nomes.

A ascensão de Marcelo Crivella (PRB) no Rio, resultado principalmente de um recall de seguidas eleições de 2000, faz do senador um potencial nome nacional da centro-esquerda, diante da debandada do PT, e do enfraquecimento de Luiz Inácio. Favorito para prefeito, no primeiro e no segundo turnos, de acordo com sondagens, Crivella, se eleito e se conseguir boa gestão, será naturalmente candidato a governador em alguns anos e também surgirá para o Planalto.

Vale lembrar o fenômeno Anthony Garotinho, em 2002, que teve 15 milhões de votos para presidente após um governo populista no Estado fluminense. Garotinho hoje é aliado de Crivella – este se dissociou da Igreja Universal, da qual é bispo, e há anos faz um trabalho de imagem para mostrar ao eleitor do Rio que pode ‘governar para todos’.

A grande surpresa veio de São Paulo. O empresário milionário João Dória Jr (PSDB), filho de ex-deputado, nunca tentou um mandato. Agora o faz com um mega desafio, e tem vencido etapas com surpreendente desenvoltura. O comunicador e promoter de eventos empresariais ( criador do LIDE, que reúne há mais de 10 anos os maiores empresários e CEOs do país), Dória fez do sucesso de seu network uma alavanca para se aproximar de grandes nomes políticos, numa frente suprapartidária.

Com aval do governador Geraldo Alckmin, seu maior padrinho, peitou a executiva municipal do PSDB e conseguiu se lançar. Bom de TV embora ainda não tenha mostrado a que veio, conseguiu estupendos números com um discurso direto e conciliador, com ataques aos rivais e uma campanha criativa nas redes sociais. Embora o marketing ainda seja o seu único ponto forte. Se vencer a eleição, terá o desafio de mostrar que é tão bom gestor público como é com suas empresas – e pode se cacifar também para o Palácio Bandeirantes. Caso contrário, naufraga como a gestão petista.

Dória e Crivella são as maiores revelações desta eleição. São os dois principais nomes para uma eleição presidencial a partir de 2022 se vencerem suas disputas este ano.

Uma curiosidade em Belo Horizonte. O candidato favorito, João Leite (PSDB), e o segundo colocado nas pesquisas, Alexandre Kalil (PHS), são egressos do time Atlético Mineiro, o Galo. Leite foi goleiro do clube nas décadas de 80 e 90; Kalil sempre foi da cúpula do clube, e hoje é presidente.

A eventual vitória de Leite, que tem ampla vantagem na boca de urna, pode representar a volta de Aécio Neves como cacique pelo menos na capital. O presidenciável perdeu o governo do Estado para Fernando Pimentel, em 2014, quando seu candidato Pimenta da Veiga sucumbiu ao poder do PT e às críticas aos 12 anos de gestão tucana.

SEGUNDO TURNO

O esperado segundo turno para São Paulo e Rio de Janeiro, as maiores cidades do país, mexe com todos os partidos e lideranças em Brasília. São os eleitores, acontecimentos sócio-políticos e arranjos eleitorais dessas capitais e suas gestões que norteiam decisões nacionais de campanhas futuras.

A disputa está embolada para o segundo colocado nas duas capitais.

Em São Paulo, se Dória tiver a ex-prefeita Marta Suplicy como adversária, ambos têm chances de vitória. A distribuição de coalizão para a segunda etapa será quase equânime, tamanho o poder de Alckmin e Michel Temer, os padrinhos de ambos, respectivamente.

As chances de Dória aumentam em caso de disputa com qualquer nome que não seja Marta, diante da alta rejeição dos adversários como Fernando Hadadd (PT) e Celso Russomanno (PRB). Há uma tendência, nestes dois casos, de Dória ganhar a aliança da maioria dos partidos hoje rivais.

O cenário é similar para Crivella no Rio. Ele é potencial prefeito caso passe ao segundo turno com qualquer um dos candidatos de esquerda. As pesquisas indicam um segundo turno entre Crivella e Freixo (PSOL). Neste caso, o candidato do PRB ganha o apoio até do PMDB de Eduardo Paes.

A essa altura, contam os bastidores , Jandira Feghali (PCdoB-PT) já fechou com Freixo para o segundo turno. Crivella passa a ver seu projeto em risco caso o seu adversário seja Pedro Paulo (PMDB), o escolhido pelo prefeito Paes. Há, neste cenário, a tendência de que a maioria dos partidos de centro fechem com Pedro Paulo.

Estão embolados no segundo lugar, além de Freixo, a Jandira, o Indio da Costa (PSD), Pedro Paulo e Flávio Bolsonaro (PSC). A rejeição aos Bolsonaro e ao candidato de Paes, e a autofagia de Jandira e Freixo nas últimas semanas como os candidatos da declarada esquerda podem beneficiar diretamente Indio. O deputado federal, que se lançou com o discurso de relator da Lei Ficha Limpa, pode se beneficiar dos 20% de indecisos que vão decidir na urna. Outro beneficiado pode ser Pedro Paulo.

Nesta leitura, os potenciais candidatos a segundo turno com Crivella são Indio e Pedro Paulo.

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Crivella se dissocia da igreja e do tio, e consolida liderança no Rio
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Leandro Mazzini

O jogo embolado para o segundo colocado na disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro, segundo as pesquisas de sondagem de intenção de votos, mostra que o carioca viverá uma das eleições de maior expectativa do País e que Marcelo Crivella (PRB) desponta pela primeira vez como o favorito para o cargo.

Em eleições passadas, Crivella aparecia como um dos favoritos no primeiro turno – para a prefeitura ou para o Governo do Estado – mas desta vez ele avança com mais de 20 pontos de vantagem sobre o segundo colocado – com 30% a 32%.

Jandira Feghali (PCdoB), Marcelo Freixo (PSOL), Pedro Paulo Carvalho (PMDB) e Flávio Bolsonaro (PSC) estão tecnicamente empatados com índices que variam de 7% a 9%.

Algumas características ajudam o candidato do PRB. Há anos o senador Marcelo Crivella faz um intenso e transparente de trabalho de dissociar seu nome da Igreja Universal e da sombra do tio Edir Macedo.

O avanço no Rio de Janeiro confirmado nas pesquisas (até nas qualitativas) dos partidos adversários indica êxito. O favoritismo na corrida vem de frentes variadas: recall das eleições passadas, uma forte coligação e visitas semanais às comunidades desde que foi eleito senador, mantendo um ‘corpo a corpo’ ativo para demandas de eleitores.

Há fator novo neste pleito: sua rejeição caiu, e subiram as intenções nas classes A e B.

SEGUNDO TURNO

Os números indicam a possibilidade de um segundo turno na capital fluminense. Com a saída de Eduardo Paes de cena, o PMDB ainda não conseguiu emplacar Pedro Paulo, mesmo com a ‘máquina da administração na mão’.

Os trackings dos partidos indicam que um eventual segundo turno pode ter uma inusitada disputa entre Crivella e Freixo. Caso Pedro Paulo cresça nesta última semana – Paes entrou para valer na campanha, gravando vídeos e áudios para a propaganda eleitoral – há possibilidade de Crivella x Pedro Paulo.

Diante das perspectivas, nos bastidores já se concretizam algumas alianças informais visando o segundo turno. Há indicativo de que, independentemente de quem for para esta etapa, Crivella vai conseguir o maior número de partidos aliados na composição política.

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Pesquisas mostram Crivella, Freixo e Jandira na frente no Rio
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Leandro Mazzini

crivella

Crivella – ele pediu licença do Senado para se dedicar à campanha no Rio.

A maré está ruim no Rio de Janeiro para o PMDB do prefeito Eduardo Paes e seu pré-candidato na sucessão municipal, Pedro Paulo Carvalho.

Pesquisas em mãos dos partidos apontam os candidatos Marcelo Crivella (PRB), Marcelo Freixo (PSOL) e Jandira Feghali (PCdoB) nos primeiros lugares, respectivamente nesta ordem.

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Potenciais candidatos do Rio já iniciam articulações para 2016
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Leandro Mazzini

Molon - Em 2008, ele foi rifado pelo PT e PMDB numa chapa que não saiu do papel.

Molon, agora com chances – Em 2008, ele foi rifado pelo PT e PMDB numa chapa que não saiu do papel.

A oito meses para as convenções que decidirão os candidatos, a corrida para a prefeitura do Rio de Janeiro já começou.

Pelo colégio eleitoral e tradicional vitrine na mídia, a capital é o maior palanque para quem almeja pretensões estadual e nacional.

Além de Jair Bolsonaro, que assinará a papelada do PSC, já iniciaram as tratativas os senadores Marcelo Crivella (PRB) e Romário (PSB), o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL). A federal Jandira Feghali, que já disputou outras vezes, é apontada como o nome dos comunistas.

O deputado federal Indio da Costa já tem pesquisas e deve surgir como o nome do novato PSD – o partido acaba de perder uma secretaria do prefeito Eduardo Paes justamente por isso. O prefeito deve lançar o secretário Pedro Paulo.

Corre por fora, mas com chances de ascensão, o federal Alessandro Molon , que trocou o PT pela Rede. Molon pode crescer pelo seu histórico de votações na cidade e pela imagem colada em Marina, muito bem votada na capital no pleito presidencial.

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