Coluna Esplanada

Arquivo : GDF

Rombo no DF: Governo proíbe novos gastos com servidores
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Leandro Mazzini

decreto

Começou a vir à tona no Distrito Federal o tamanho do rombo nos cofres e a crise de caixa que espera o governador eleito Rodrigo Rollemberg (PSB).

O governador derrotado Agnelo Queiroz (PT) proibiu novos gastos com pessoal em todas as secretarias e entidades do governo.

Cortou pagamento de horas-extras, férias, antecipações de gratificações ou salariais, viagens e até treinamento de funcionários.

O Decreto 35.943, publicado no último dia 24, é só uma mostra do problema. Dia 8 o blog denunciou que o GDF tem R$ 1,3 bilhão em dívidas represadas, contam fontes palacianas.

Os fornecedores estão desesperados. O DFTV, da Globo, denunciou há duas semanas que faltava comida para servidores em 16 hospitais, porque as empresas contratadas não receberam.

O ex-secretário de Saúde Rafael Barbosa, responsável pelos hospitais, candidatou-se a federal e foi devolvido para o GDF. Agora, ele toca a UTI do governo de transição.


Geladeira eleitoral esquenta campanha de Agnelo em Brasília
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Leandro Mazzini

geladeira-uol

A distribuição das geladeiras, semana passada, numa satélite do DF: fila por horas pelo sonho da geladeira nova.

A cena pitoresca e seria digna de uma novela com Odorico Paraguaçu. Debaixo de sol a pino no cerrado brasiliense, nesta época de seca, centenas de cidadãos ficam horas na fila, ao lado de suas geladeiras – quando não com a ajuda de uma carrocinha puxada por mula. Caminham calmamente arrastando o aparelho até o caminhão contratado pelo Governo que distribui um presentão: uma geladeira novinha.

A cena se repete desde dezembro de 2011 e se intensificou nos últimos dois meses nas cidades satélites do Distrito Federal, onde o governador Agnelo Queiroz (PT), pai da bondade, tentará a reeleição – e a distribuição não vai parar durante a campanha.

Cambaleando nas pesquisas, mas com rejeição alta em todas as sondagens, o governador petista, pelo visto, arrumou um jeito oficial de angariar votos nas comunidades carentes: A distribuição de geladeiras novas com a desculpa de promover a ‘eficiência energética’, sob coordenação da estatal de energia, a CEB. Desde 2011, já foram entregues 13.356 aparelhos novinhos.

agnelo

Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com

TÁ BOM…

Segundo a CEB, o programa ‘Cidadania com Energia’ beneficia moradores cadastrados e a situação é avaliada por equipe do GDF. Os beneficiados são aqueles ‘que vivem na escuridão’, e o programa ‘contempla a população de baixa renda’, num projeto de ‘eficiência energética’.

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CHAPAS CONCORRIDAS

Os nomes do Distrito Federal para o Senado: José A. Reguffe (PDT) disputa na chapa de Rollemberg (PSB); Gim Argello (PTB) na de José Roberto Arruda (PR). Geraldo Majela (PT) segue com Agnelo. Só há uma vaga.

E O CULPADO?

A Câmara aprovou merecidamente o Projeto de Lei que prevê pagamento de pensão vitalícia para a atleta Laís Souza, que ficou tetraplégica em tombo no treinamento no Canadá. Mas o COB não dá um pio sobre quem foi o gênio que incentivou – ou obrigou – a jovem a trocar a ginástica olímpica pela pirueta com esqui na neve. Tudo a ver.. O COB investiu muito para competir nos Jogos de Inverno de Socchi (Rússia), em modalidades nas quais o Brasil não tem experiência alguma. E só deu vexame.

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JOGO COMBINADO

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Lobinho – pelo de cordeiro pelo clã Sarney. Foto: ABr

Edison Lobão Filho, o Lobinho, candidato do PMDB ao governo do Maranhão, fechou o discurso com o clão Sarney – leia-se Roseana e o pai José – que decidiu se licenciar dos mandatos (não da Política): diante da alta rejeição à família em todas as classes, e sem os Sarney na disputa, Lobinho vai posar de renovação e contra a oligarquia.

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ESPLANADA NA COPA

Na conversa com patotinha de jornalistas, o técnico Felipão desabafou que se arrependeu muito de ter convocado um craque, mas com emocional fraco – em campo e fora dele – nos momentos decisivos.

PAPA NA CORÉIA

O Papa Francisco decidiu seguir os passos do Papa peregrino, o Santo João Paulo II: viajar muito, todos os meses. Marcou viagem para a Coréia do Sul, em agosto. Lá, a Igreja tem 1.673 paróquias, 35 bispos e 4.561 sacerdotes, segundo boletim do Vaticano.

VOZ DO LULA?

Piada em Brasília: o comercial de TV de um chocolate veiculado diariamente na TV aberta parece ter narração do ex-presidente Lula. Confira no link

PONTO FINAL

Quem é o Felipão que está na Copa? O campeão mundial de 2002 ou o que despachou o Palmeiras para a ‘segundona’ em 2012?

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Pautas, denúncias, sugestões: envie e-mail para pauta@colunaesplanada.com.br

 


MP começa a investigar superfaturamento na Saúde do GDF
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Leandro Mazzini

A Promotoria de Defesa da Saúde do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, sob tutela do promotor Jairo Bisol, acaba de abrir ação por improbidade administrativa contra o secretário de Saúde do Governo do DF, Rafael Barbosa, com base na denúncia publicada pela Coluna no dia 18 de Dezembro.

O caso envolve o superfaturamento – e que superfaturamento! – de mais de R$ 3,5 milhões sobre compra de um aparelho importado para fisioterapia, o exoesqueleto robótico Lokomat Pro, da suíça Hocoma.

O aparelho, instalado no Brasil e com treinamento, custa em média R$ 1,2 milhão. A nota de empenho do GDF é de R$ 4,58 milhões. Foi cancelada a nota, mas o contrato, não. Quem revende é a BioAlpha, do Rio de Janeiro. Mal a investigação começou e o MP já tem provas cabais do superfaturamento e de outras irregularidades no contrato.

Há outros dois pedidos de investigação protocolados no MP em Brasília, um conjunto dos senadores Rodrigo Rollemberg (PSB) e Cristovam Buarque (PDT), sob nº 08190.010111/14-42 , na Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (Prodep), e outro da deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP).

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MP quer bloquear verba de propaganda do DF
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Leandro Mazzini

As ações da Secretaria de Saúde do Governo do Distrito Federal, cujo secretário Rafael Barbosa será candidato a deputado federal, entraram na mira do Ministério Público do DF e Territórios. A Promotoria de Defesa da Saúde do MPDFT abriu ontem investigação na tentativa de bloquear o repasse de R$ 13,8 milhões do Fundo Nacional de Saúde para três agências de publicidade, a CCA (Tempo), Agnelo Pacheco e Propeg.

O promotor Jairo Bisol subscreveu ação por improbidade administrativa contra Rafael Barbosa ontem à tarde. Bisol vê manobra inconstitucional na contratação das três agências via Secretaria de Saúde, uma vez que o próprio Governo do DF, através da Secretaria de Estado de Publicidade Institucional (SEPI) já firmou contrato com as mesmas, via licitação, desde 2011. O promotor questiona por que a SEPI, que tem verba de R$ 142 milhões para este ano, não paga a campanha publicitária – os R$ 13,8 milhões virão do Ministério da Saúde, via Fundo Nacional de Saúde. Pelo próprio decreto do GDF, a SEPI por obrigação deve promover e pagar toda a publicidade das distintas secretarias.

O secretário de Comunicação do GDF, André Duda, explica: a verba para o tipo de campanha proposta é específica (Ações de Vigilância e Prevenção contra Doenças Transmissíveis), com rubrica do Ministério, e não pode passar pela SEPI. Coube então ao governo firmar convênio entre a secretaria de Comunicação e a de Saúde, para esta promover as campanhas junto às agências. Para o GDF, está tudo ok, ‘Se a gente não usa a verba o MP entra com ação também’, reclama Duda. Mas para o MP, a contratação via Saúde é irregular, ‘Deveria haver nova licitação’, diz Bisol.

O promotor acha estranho o fato de a secretaria publicar o controverso contrato no Diário Oficial do DF no apagar das luzes de 2013, no dia 31 de Dezembro, e vai passar a lupa. O governo já empenhou R$ 6 milhões para as três empresas apresentarem as peças publicitárias – fizeram ontem, para escolha dos técnicos da Saúde – e dentro de 15 dias, segundo o secretário André Duda, as campanhas estarão nas ruas e na mídia.

Já é o segundo caso suspeito de maracutaia do secretário Rafael Barbosa. Com base em denúncia da Coluna, existem dois pedidos de investigação protocolados no MP, por senadores e deputada federal, para investigar o superfaturamento de um aparelho importado para fisioterapia. O equipamento, instalado no Brasil, custa R$ 1,2 milhão em média. O secretário quer pagar R$ 4,5 milhões. A nota de empenho foi cancelada, mas o contrato, não.

O DOSSIÊ TERESINHA

Ontem a Coluna lembrou que o PT barrou a CPI do Erro Médico no Senado para preservar o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, candidato ao governo de SP, com medo de que respingasse nele. Há um dossiê com centenas de casos nas mãos do senador Magno Malta (PR-ES), que protocolou o pedido de CPI, sem sucesso.

Casos como o de dona Teresinha de Paula, mineira radicada em Brasília há décadas. Anos atrás, ela sofreu lesão na coluna após cirurgia mal feita na capital federal, e denuncia o médico. O inquérito criminal corre na 1ª DP e chegou também à PF – que recebeu outra leva de casos similares em outros estados. Segundo Teresinha, a Procuradoria da Mulher da Justiça do DF requereu os documentos, e o ministro da Saúde, tão logo soube, pediu que a Secretaria de Saúde apure os fatos.

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Senadores e deputada pedem investigação do MP em secretaria do DF
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Leandro Mazzini

Dois senadores já solicitaram, e agora uma deputada federal vai requerer ao Ministério Público Federal uma investigação na Secretaria de Saúde do Governo do Distrito Federal, por compra superfaturada em R$ 3,5 milhões (!) de um aparelho exoesqueleto robótico de última geração, da Suíça, para reabilitação com fisioterapia.

O Lokomat Pro, montado no Brasil, custa R$ 1 milhão. A falcatrua, descoberta pela Coluna, teve aval do secretário de Saúde do Governo do DF, Rafael Barbosa, candidato a deputado federal. Ele recuou após a denúncia. A secretaria anunciou o cancelamento da compra, mas cobrada desde Dezembro, até agora não apresentou uma linha do Diário Oficial que comprove a anulação da compra. Segundo fontes, o secretário apenas ‘segurou’ a aquisição.

A Coluna publicou anteriormente o contrato (nº 124/13) e a nota de empenho (nº 2013NE07450, de R$ 4,58 milhões) que comprovam o superfaturamento. Hoje, novo documento prova que, pelo próprio sistema do GDF, a compra está em aberto. E mais: a aquisição é para dois aparelhos. O superfaturamento ainda é alto, R$ 2,5 milhões, mas o bastidor da maracutaia evidencia o quanto o governo anda debilitado: Segundo a assessoria de imprensa, em contato por telefone, a importadora só tinha condições de entregar um. Mesmo assim, a secretaria descaradamente não mudou o valor do contrato.

No final do mês passado, os senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Cristovam Buarque (PDT-DF), com base na denúncia, protocolaram no PM do DF e Territórios pedido de investigação. O caso está na Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (Prodep) (nº 08190.010111/14-42), mas ainda não foi distribuído a nenhum promotor.

Ontem, a deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP) decidiu solicitar ao MP Federal em Brasília a entrada no caso. Tetraplégica, ela utiliza o Lokomat para reabilitação numa entidade paulista. No Brasil, apenas duas instituições, a AACD e a Rede de Reabilitação Lucy Montoro possuem o equipamento.

‘Além de superfaturar, é um superfaturamento em cima de uma questão brasileira que já é uma miséria, que é a reabilitação. Quantas pessoas gostariam de fazer treino de marcha neste equipamento e não podem, pois não existe nenhum equipamento parecido fornecido pelo Estado’, desabafou a parlamentar. ‘Estamos preparando representação ao MP para que investiguem dois possíveis crimes cometidos: improbidade administrativa e crime contra a administração pública. Além disso, vamos pedir que o GDF faça a compra dos equipamentos, porém pelo valor correto’.

O contrato foi assinado em Agosto de 2013, por dispensa de licitação, para a compra do aparelho Lokomat da fabricante suíça Hocoma. A importadora é a BioAlpha Serviços e Comércio de Materiais Hospitalares, com sede no Rio de Janeiro. Os proprietários são Cainã Albuquerque e Ana Carla Albuquerque, no contrato social. Eles têm 22 e 25 anos, respectivamente, e são filhos de Joel de Lima Pinel, o contato do secretário em Brasília.

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Centros administrativos e de operações viram filão para construtoras
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Leandro Mazzini

gdf

O futuro Centro Administrativo do Governo do DF: R$ 3 bilhões

Muitos anos atrás surgiu Brasil adentro o ‘escândalo da fonte’. A maioria das cidades tinha o seu: a construção de chafariz virou uma febre entre prefeitos, todos queriam um na praça – e a reboque o superfaturamento jorrava como a água.

Agora, os governos e prefeituras de capitais descobriram uma nova fonte de fortuna, e desta vez é bilionária: a construção de centros administrativos e de centros integrados de operação de serviços públicos. Há dezenas de empresas que ofertam, e há todo dia quem compre a ideia, de alcaides a governadores.

O projeto vendido pelos empreiteiros e explicado ao povo pelos políticos: unificar operações e reunir num só lugar todas as sedes de governo, secretarias, autarquias, etc, para otimização de custos e eficiência de trabalho.

A ideia é boa, e só isso, a partir do momento que se vê os custos onerosos aos cofres públicos – o que faz muitos cidadãos se perguntarem: se funcionava antes em suas sedes, para que mudar para prédios suntuosos, se os serviços públicos continuarão com os mesmos problemas e desafios? Em suma, não é um edifício novo que vai mudar da noite para o dia a qualidade de um governo. Muda, e muito, a conta corrente das construtoras.

Exemplos mais evidentes são o Centro Administrativo do Governo de Minas Gerais, na Via Verde, próximo ao Aeroporto de Confins, onde o belo complexo de prédios projetados por Oscar Niemeyer sedia o governo mineiro, ao custo de mais de R$ 1 bilhão. Inaugurado há exatos dois anos, o Centro de Operações da Prefeitura do Rio – que reúne numa espaçosa sala telões para o monitoramento de órgãos da prefeitura em várias áreas – é considerado pelo prefeito Eduardo Paes o mais moderno do mundo, e consumiu R$ 102,789 milhões, em obra e equipamentos.

Causa estranheza então o anúncio do Governo do Distrito Federal, que construirá o seu Centro de Gestão Integrada, similar a este do Rio, por incríveis R$ 777,2 milhões, para os mesmos tipos de serviço de monitoramento da capital. Ou seja, um custo sete vezes maior do que aquele que já é considerado o melhor do planeta. O consórcio terá direito a administrar o centro pelos ‘próximos 15 anos’, e será responsável ‘pela implantação, desenvolvimento, operação, manutenção, gestão e administração da infraestrutura’, diz o contrato.

A licitação foi por pregão de menor preço (!), e não bastasse o alto valor que será investido em Parceria Público Privada, no Consórcio ITen, que venceu o certame, aparece uma empresa conhecida da polícia. Trata-se da Engevix Engenharia, muito citada no inquérito da Polícia Federal na Operação Navalha, de 2007, por suspeita de superfaturar obras do governo federal. A coluna consultou o GDF e a CGU: a empresa, a despeito do cerco da PF, não está inidônea na praça.

Outra curiosidade, a Engevix é conhecida doadora de campanhas – foram R$ 3,2 milhões doados para políticos de vários partidos em 2010, entre eles o deputado federal Geraldo Magela (PT-DF), atual secretário de Habitação do governo do DF, que levou R$ 100 mil. Apenas um detalhe.

O mesmo Governo do DF toca uma obra que faria bater a cabeça de raiva na prancheta o Oscar Niemeyer. Fundada para sediar o governo local, a capital será esvaziada dos órgãos, inclusive o Palácio Buriti. Em contrato com a Via Engenharia e a Odebrecht, fechado lá atrás no governo de José Roberto Arruda (DEM), as duas construtoras erguem na satélite de Ceilândia o complexo do Centro Administrativo do GDF.

O contrato é um presentão: as empreiteiras pagam a construção em terreno doado pelo governo, ao custo de R$ 3 bilhões, e a administração pública aluga os prédios por 50 anos, ao custo de… R$ 12 milhões por mês – isso dá R$ 150 milhões por ano, ou R$ 7,5 bilhões em meio século (sem contar os juros). O atual governo abraçou o contrato. Os futuros terão de seguir. A multa por cancelamento é milionária.


EUA ganham bilhões com venda de caças suecos
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Leandro Mazzini

Se a presidente Dilma quis dar troco no governo dos Estados Unidos ao escolher o caça sueco por causa da espionagem americana, os yankees não sentiram o toco – e até agradecem.

Pilotos da FAB consultados pela Coluna avisam que os americanos vão lucrar muito com a compra dos 36 caças Gripen – valor pode chegar a um terço do contrato.

É que a sueca SAAB monta o avião com turbinas F414G da General Eletric, além de aviônicos, equipamentos de navegação e artefatos bélicos comprados dos.. EUA. ‘Será que eles vão vender a bom preço preciosos componentes ?’, questiona um comandante.

O custo da hora-voo do Gripen será alto. A SAAB informa que ele voa em limites ‘confortáveis’. Mas a Suécia, onde é testado, tem 400 mil km², e o Brasil, 8 milhões.

O Caputo Bastos & Fruet é o escritório da SAAB Grippen no Brasil. O sócio Claudio Fruet é irmão do prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), e está eufórico.

O lobista político no Brasil para a SAAB foi o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, ligado a Lula. No governo, todos sabem de quem foi a decisão final na escolha.

A impressão entre congressistas é a de que Lula despistou o mundo ao elogiar os caças franceses, enganou a Dassault, enquanto negociou o tempo todo com os suecos.

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MP DE OLHO NO GDF

Os senadores Rollemberg (PSB) e Cristovam Buarque (PDT) protocolaram denúncia no Ministério Público do DF contra a Secretaria de Saúde, com base na reportagem da coluna de superfaturamento em compra de aparelho médico. A ideia dos congressistas é que o órgão faça uma devassa nos contratos do secretário Rafael Barbosa. A Secretaria de Saúde enviou documento no qual indica que a compra, sem licitação, foi cancelada dia 13 de Novembro, mas cobrada sobre publicação no D.O. do DF, enrolou numa resposta surreal: “a publicação só sairia se o contrato fosse pago…” Só no GDF é assim. Ou seja, além de superfaturado, com o pagamento realizado o governo que se virasse para recuperar a verba.

NA TRIBUNA

O deputado federal Izalci foi à tribuna na Câmara: ‘É mais uma falcatrua do Governo do DF. O MP e a PF deveriam fiscalizar isso de perto porque é uma situação que já virou corriqueira. Isso não é uma surpresa’.

REPLAY ESPECULATIVO

A presidente Dilma anunciou pela segunda vez o terceiro aeroporto de SP. A primeira foi antes da campanha de 2010 e acirrou a especulação imobiliária. Depois nunca mais tocou no assunto. Agora, ela citou até a cidade: Caieiras já vê os preços subirem.

LIBEROU GERAL 

Ex-jogador farrista, o deputado federal Romário (PSB-RJ) virou gozação entre políticos por ter sido flagrado de mãos dadas com transexual na cidade. É porque ele criticara muito o Ronaldo Fenômeno quando… vocês sabem.

PROTESTO SELETIVO

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Protesto do Sindicato dos Bancários do Rio em agência do Santander Select em frente à Candelária: ‘Aqui cliente pobre não entra!??’, a frase numa grande faixa. O banco demitiu 3.400 desde janeiro e lucrou líquidos R$ 4 bilhões no primeiro semestre.

MIRO É CAMPOS 

O deputado Miro Teixeira avisou ao presidente do PROS no Rio, Hugo Leal, que é candidato ao governo com apoio a Eduardo Campos (PSB). Miro é da cota de Marina Silva. Aécio Neves, que esperava apoio do ex-pedetista, está sem nome forte na cidade .

PSC EM POLVOROSA 

Com Pastor Feliciano em baixa, grupo de pequenos partidos articula o lançamento da candidatura do ex-senador Mão Santa à Presidência da República pelo PSC.

OLHA O PASSARINHO ..

Do blog do Campana: foto histórica em Curitiba. No Palácio Iguaçu, o governador Beto Richa, o ‘aliado’ Álvaro Dias e Orlando Pessuti (PMDB), que se digladiam fora dali.

ALAGADOS 

A Superintendência da PRF no Rio ficou alagada com chuvas recentes. A água chegou a dois metros e todos os carros dos federais ficaram submersos.

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Governo do DF superfatura em R$ 3,5 milhões aparelho de fisioterapia
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Leandro Mazzini

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A nota de empenho da Secretaria: R$ 4,5 milhões comprariam quatro aparelhos no preço de mercado, e não apenas um, como o contratado.

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Rafael Barbosa. Foto: ABr

No contrato com dispensa de licitação nº 124/13 da Secretaria de Saúde do Governo do Distrito Federal, o secretário Rafael Barbosa comprou por mais de R$ 4,5 milhões um aparelho de exoesqueleto robótico para fisioterapia cujo similar custa 260 mil euros – cerca de R$ 1 milhão no preço final, instalado no Brasil.

O Papai Noel pode passar mais cedo na sede do Governo do DF, que já empenhou nota (2013NE07450) de nada menos que R$ 4.585.925 para o Lokomat Pro, da fabricante suíça Hocoma. Um superfaturamento de mais de R$ 3,5 milhões.

No Brasil, só a AACD e a Rede de Reabilitação Lucy Montoro, em São Paulo, possuem o modelo. Este comprado pelo GDF será para o Hospital de Apoio, e atenderá a pacientes do SUS, segundo a assessoria da secretaria.

A compra foi fechada em Agosto com a BioAlpha Serviços e Comércio de Materiais Hospitalares (veja contrato abaixo), com sede no Rio de Janeiro. Os proprietários são Cainã Albuquerque (91%) e Ana Carla Albuquerque (9%). Eles têm 22 e 25 anos, respectivamente. Uma dupla prodígio em negócios, pelo visto. Em Abril, numa mudança societária, Thelma Regina Alvarenga passou suas cotas para Ana Carla. Contatos no setor garantem que por trás da empresa está o verdadeiro operador da importação, o empresário Joel de Lima Pinel.

A Secretaria tenta ocultar o contrato. Informa que o fornecedor é exclusivo (não é, a Coluna encontrou numa primeira pesquisa a Arrayamed, com fornecedor em São Paulo e contato via Câmara de Comércio Suíça). O GDF também informa que ‘o processo não foi finalizado’. Mas tropeça, existe a nota de empenho (veja acima).

A AACD e o Instituto Lucy Montoro informaram que os seus aparelhos foram doados. No mercado, o preço final não passa de R$ 1,2 milhão, com instalação e treinamento. A assessoria da deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP), que é tetraplégica e testou o aparelho, confirmou em R$ 1 milhão o valor de mercado, em consultas às instituições.

O que é

O Lokomat Pro é um aparelho robótico de última geração, com encaixe nos membros inferiores do paciente, que estimulam o movimento numa esteira, cujos dados dos passos ou corrida são diagnosticados por um computador.

O aparelho ganhou mercado pelo avanço no diagnóstico e tratamento de recuperação de acidentados e paraplégicos com equipamento high tech. Em suma, dizem médicos, um tratamento de fisioterapia convencional que dura de seis a oito meses, em alguns casos, são concluídos em dois meses com a utilização do Lokomat Pro.

O aparelho já foi tema de pesquisa universitária na Europa. Uma estudante da Escola Superior de Saúde da Universidade Fernando Pessoa, no Porto, em Portugal, citou em sua tese que a máquina é eficiente em ‘treino de marcha suspensa robotizada em pacientes com lesão vertebro-medular incompleta’. Mas não funciona em pacientes com lesão completa – os tetraplégicos. Serve como estímulo, embora seja um avanço na pesquisa no segmento.

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A primeira página do contrato entre a Secretaria do GDF e a BioAlpha. A seta indica a dispensa de licitação

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A última página do contrato, assinado em agosto pelo fornecedor e pelo secretário

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A imagem promocional do aparelho, em encarte da Hocoma

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CONTRAMÃO 

François Hollande veio ao Brasil para inaugurar a ponte Oiapóque (AP) – St. Georges (Guiana Francesa) e voltou para Paris sem pisar lá. O caso foi abafado, mas considerado um mico diplomático para o Brasil, que há 30 meses não conclui o seu lado, com obras simples de guaritas, alfândega e postos policiais. O lado brasileiro está abandonado. No fim de Outubro, conforme a Coluna noticiou, Hollande avisou numa entrevista a uma rádio guiana que baixaria ali de qualquer jeito para inaugurar a ponte. Mandou recado para Dilma, que desdenhou. Ele recuou, para não constrangê-la.

CASA DE FERREIRO..

O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, participou do 68º Fórum Nacional de Gestão da Ética nas Empresas Estatais, na Sexta, na sede da Infraero. Parece piada pronta, e é. A estatal pretende deixar sede própria, isenta de custos, e trata com o consórcio Inframérica um contrato de aluguel de R$ 528 mil mensais no Aeroporto JK.

AVANÇO

O federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ) relata na CCJ o PL 6738/13, da Presidência, que cria cotas de 20% para negros em concurso público. Dali, vai para o Senado.

MEMÓRIA

O ex-torturador A.S.D., ex-agente do SNI e hoje agente da Abin, denunciado por esconder ossadas de supostos combatentes do Araguaia, foi condecorado com Medalha do Mérito Tiradentes em 2007 pela então governadora do Pará, Ana Carepa (PT).

VOZ DAS RUAS

Quem chegou na Terça à tarde para a reunião de líderes na Presidência da Câmara deparou-se com petit comitê da bancada catarinense. Os diretores do Grupo RIC levaram bom material sobre reportagem especial com tópicos para reforma política.

CRISTÃOS X GAYS

A bancada católica teve uma vitória ontem. Num requerimento do senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), conseguiu apensar ao projeto do novo Código Penal, em subcomissão especial, o PLC 122 que criminaliza a homofobia e que seria votado em plenário. A manobra não muda o sentido do PLC, apenas atrasa a tramitação. Para os movimentos GLBT, um absurdo. Para os cristãos, mais tempo para debate. Temem que qualquer posição ideológica contrária, mesmo sem ofensa, seja considerada crime.

FALTA D’ÁGUA

O caso dos carros-pipas com água contaminada. Exército divulgou que proprietários de mais de 140 veículos foram cortados da prestação de serviço, em seis meses.

CHUMBO TROCADO

A base governista quer usar convite ao delegado aposentado Tuminha – que atacou Lula em livro – para cobrar dele o que sabe do caso Alston e a ligação com tucanos.

PONTO FINAL

Esse Governo do DF precisa urgente de uma reabilitação.


Na mira da CGU e PF, Conab vira um celeiro em chamas
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Leandro Mazzini

A Conab, alvo de operação da PF e sindicância da CGU, está prestes a ser alvo de outra incursão policial.

Com pente fino nas diretorias de Políticas Agrícolas e Financeira, o foco agora é o PEP – Prêmio para Escoamento de Produto, para aquisição de alimentos.

Não intimidados, enquanto isso PT, PMDB e PTB disputam a diretoria financeira, cargo de João Bona (PMDB). O senador Gim Argello quer emplacar Lineu Olímpio, de Goiás. Mas o PMDB apelou ao presidente da Câmara, Henrique Alves, para apadrinhar o atual procurador do órgão, Daniel Odon, pela cota do partido.

Bona Garcia é um ex-colega de cela de Dilma na ditadura, apadrinhado por ela e pelo ex-ministro da Agricultura Mendes Ribeiro. Aparece na Conab uma vez por semana.

A briga é esta: o presidente Rubens Santos (PTB) e o diretor Silvio Porto (PT), contra dois diretores do PMDB: Marcelo Melo e Rogério Abdala. Bona é indiferente.

O presidente da Conab é apadrinhado pelo líder do PTB, deputado Jovair Arantes, também de Goiás. A CGU passa a peneira no órgão e já encontrou irregularidades.

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GDF (em)PRESTANDO (a) CONTAS

Abandonado por partidos aliados, em baixa com a população, a situação do governador Agnello Queiroz (PT) é tão desesperadora no DF que ele abriu o cofre para tentar calar a mídia. Nomeou André Duda como operador e secretário de Comunicação. Querido das agências publicitárias desde a gestão Roriz – são elas quem nomeiam para o cargo – Duda reservou páginas de jornais e grandes espaços nas TVs, e comprou o silêncio de blogueiros e colunistas, com o ‘GDF prestando contas’. Nada mais que um cala-boca. A coluna procurou Duda ontem, sem retorno.

ASS(f)ALTO NOVO

Outro grande problema para Agnelo é o Asfalto Novo, chamado nas ruas de Ass(f)alto Novo: recapeamento desnecessário de pistas, para ajudar empreiteiras amigas.

AGONIA 

Agnelo agoniza eleitoralmente. As pesquisas contratadas por partidos alternam os líderes, mas uma coisa não muda: em todas elas, a alta rejeição ao petista.

OS SEM-LEI

A comando do Pastor Feliciano, contra os GLBT, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara também rejeitou, em parecer do Pastor Eurico, o PL 6297 /05, do ex-deputado Maurício Rands (PT-PE). É o que cria lei de pensão a parceiro homossexual de servidor federal. Hoje, só uma resolução do INSS prevê isso, avalizado pelo STF.  Ativistas GLBT prometem reocupar sala da Comissão de Feliciano depois do rolo compressor de Quarta passada. Vários projetos de direitos homossexuais foram arquivados. Vai cair na CCJ o projeto de decreto legislativo 871/13, de Arolde Oliveira (PSD-RJ), que susta a resolução 175 do CNJ, a que autoriza cartórios a oficializarem união homossexual. A CCJ tem perfil mais simpatizante dos movimentos gays.

DEPOIS DE DIRCEU 

Agora é a carteira da Ordem do condenado Roberto Jefferson na mira. O advogado gaúcho Wambert di Lorenzo entrou com pedido na OAB pelo cancelamento do registro.

MEMORIAL DO PODER

Antes bajuladores de José Dirceu, os ministros Gleisi Hoffmann, Paulo Bernardo, Gilberto Carvalho e o vice-presidente da Câmara André Vargas se recusaram a assinar carta de apoio ao detento. Dirceu está magoado, descobriu que tem aliados de ocasião. O caso de Dirceu remete à amargura da perda de Poder. Foi o que sentiu Fernando Collor tão logo renunciou. Após decolar do Planalto, ainda presidente, pediu ao piloto do helicóptero que sobrevoasse uma escola que construía. O piloto se recusou.

MAY DAY!

A coisa é tão séria para o senador Zezé Perrella (PDT-MG) que ele ligou de pronto Domingo para Antonio Carlos Castro, o famoso advogado Kakay. É um mistério que só a PF sabe a apreensão de 450kg de cocaína num helicóptero de Perrela no ES.

MOTOSSERRA POLÍTICA

Em prol do ‘progresso’, a prefeitura do Recife derrubou 12 árvores exóticas e macaíbas decanas numa via no Centro da cidade, para abrir caminho para o BRT da Copa. A população se revoltou. Segundo a assessoria, não havia outra opção. Numa praça no local, o ex-prefeito João da Costa plantou em 2011 macaíbas numa revitalização que custou R$ 320 mil, cuja obra também abrangeu o local das derrubadas.

PONTO FINAL

Protesto de cidadão em Caracas, com cartaz: ‘Estes castro-chavistas falam como Marx, governam como Stalin e vivem como Rockfeller’.


Governo do DF vai contratar chaveiro por R$ 3,8 milhões
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Leandro Mazzini

O Governo do Distrito Federal tem medo de porta arrombada, todo tipo de porta.

Acaba de lançar pregão, para dia 3 de Setembro, e reservou a modesta quantia de R$ 3.886.654,67 (isso mesmo!) para serviços de chaveiro.

O serviço de chaveiro será prestado para 75 órgãos da administração. A subsecretária de Planejamento, Mariana Delgado, explica: o valor é um teto, não significa que será todo executado, e o preço pode baixar de acordo com as propostas apresentadas.

Ganha o contrato a empresa que apresentar o menor preço para ata com prazo de um ano de serviço, até Setembro de 2014.

O felizardo será acionado, por exemplo, para trocar fechaduras de portas de imóveis, de carros, confeccionar chaves de cofres e codificadas.

‘Fizemos uma ampla pesquisa de preços no mercado, com sete empresas’, diz a subsecretária. A última ata de preços-referência para o serviço é de 2011, mas ela não informou o valor.

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