Coluna Esplanada

Arquivo : gravação

Senador é gravado e se complica
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Leandro Mazzini

O clima está tenso em um gabinete do Congresso Nacional.

Um importante senador foi gravado por um interlocutor em conversas comprometedoras nos moldes do episódio que derrubou o então senador Delcídio do Amaral.

O áudio foi incluído por um delator através de um advogado nos autos da operação Lava Jato, e a Procuradoria-Geral da República pode soltar operação a qualquer momento. Não há certeza se haverá mandado de prisão ou só condução coercitiva.

O camburão da Polícia Federal está com a chave na ignição, e os grandes escritórios de advocacia criminal já estão preparados para a bomba.

Vale lembrar que, há três semanas, como citou a Coluna, o procurador-geral Rodrigo Janot mandou limpar meio andar para uma força-tarefa que trabalha sob sigilo. É o mesmo andar onde ficou concentrada a equipe de Janot na noite do dia 3 de março. Na madrugada do dia 4, a Coluna antecipou que haveria uma operação relevante pela manhã – e Lula foi levado em condução coercitiva pela PF para depor. 

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No Palácio, povo canta hino, insulta Lula e cobra renúncia de Dilma
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Leandro Mazzini

Foto: Walmor Parente - Imagem de celular

Foto: Walmor Parente – Imagem de celular

Os ânimos se acirraram no Congresso Nacional e na Praça dos Três Poderes nas últimas duas horas depois que o juiz federal Sérgio Moro liberou as gravações do grampo da Polícia Federal no telefone do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mais de 3 mil pessoas tomaram a Praça nesta noite.

Numa conversa com a presidente Dilma, fica claro que eles atuam para que Lula tenha um documento de nomeação como ministro para barrar qualquer tentativa de prisão do petista. Para a PF e o juiz Moro, Dilma atuou diretamente para impedir as investigações e a eventual detenção do aliado.

povo2

Parlamentares da oposição engrossam o coro em frente ao Palácio. Com palavras de ordens e cartazes, eles cobram a renúncia da presidente Dilma. Os mais exaltados insultam Lula, já nomeado como novo chefe da Casa Civil, com a frase “Lula Cachaceiro, do Povo Brasileiro”.

A presidente Dilma convocou rapidamente a Polícia do Exército e a tropa cercou todo o Palácio para evitar invasão.

Entre os opositores está o deputado federal e militar Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pré-candidato a presidente da República.

Os manifestantes ganham apoio de alguns motoristas que buzinam ao passarem devagar por uma faixa liberada da pista. Deputados da oposição distribuíram 50 livros da Constituição e os manifestantes empunham a obra.

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Colaborou Walmor Parente.


Delcídio desconfiava da gravação do filho de Cerveró
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Leandro Mazzini

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) desconfiava de que fora gravado pelo filho de Nestor Cerveró, o jovem Bernardo.

O advogado insistiu para que o encontro fosse na suíte de Bernardo no hotel, e não no apartamento do parlamentar, onde ele tomava seus cuidados.

O chefe de gabinete, Diogo Ferreira, entrou com olhar apurado e estranhou um chaveiro na mochila do jovem. Era o gravador. Ferreira ligou a TV em alto som, e sentou-se no sofá entre o senador e a mochila, para abafar a voz.

A atitude foi descrita na sentença como o motivo da prisão de Ferreira.

O encontro foi no último dia 4, e desde então Delcídio evitou conversas e reuniões com Bernardo e o advogado de Cerveró. Na noite de terça, quando Delcídio soube da reunião sigilosa no STF, chamou seu chefe de gabinete e alertou para esperar o pior.

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VEM PRA CÁ

Suplente de Delcídio, Pedro Chaves (PSC), segundo o senador de ‘reputação ilibada’ – ao contrário do titular – foi convocado a Brasília pelo advogado do parlamentar.

ABANDONO OFICIAL

O PT vai abrir processo de expulsão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Está à própria sorte. Foi decidido ontem em reunião entre Lula e Rui Falcão.


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