Coluna Esplanada

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Abraji alerta para aumento de ações contra a imprensa durante campanhas
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Leandro Mazzini

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo alerta que deve aumentar o número de ações contra meios de comunicação, pedindo exclusão de notícias, com a proximidade das eleições municipais deste ano, e durante as campanhas (em agosto e setembro).

Em 2014, nos pleitos majoritários, foram 410 ações contra jornalistas e veículos em todo o País. As que vieram à tona.

A situação pode piorar diante da novata (e ainda questionada) Lei de Direito de Resposta, à qual principalmente os políticos e partidos estão recorrendo para tentar intimidar veículos e profissionais em casos nos quais se sentem desprestigiados.

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OAB impetra Adin no STF contra trecho da lei do direito de resposta
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Leandro Mazzini

coelho

O presidente do conselho federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinícius Coêlho, decidiu impetrar Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra trecho da lei de direito de resposta aprovada pelo Congresso e sancionada pela presidente Dilma. Jornais já relatam problemas variados à OAB.

Os políticos e assessores tentam amedrontar os repórteres.

O senador Romário (PSB-RJ) não gostou da palavra “armadilha”, em tom conotativo, publicado em nota da Coluna. A assessoria tentou intimidar este repórter ameaçando chamar advogado. Um outro senador do PT já pressionou repórter da Folha de S.Paulo. O Globo também relatou pressões.

O presidente da OAB não é contra a nova lei. Mas questiona trecho que permite direito de resposta imediato mesmo em caso de o personagem ter sido ouvido para reportagens. Nestes casos, para a OAB, caso o personagem peça nova resposta, a OAB defende que a Justiça deve decidir se haverá.


Novo marombeiro, Lula candidato adora malhar a elite e imprensa
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Leandro Mazzini

Foto: UOL

Foto: UOL

O presidente-operário apareceu no 1º de Maio nos seus melhores cenário e verve – voz grossa, cara de bravo e em palanque com discurso de vítima da ‘mídia golpista’ e da elite. Em resumo, candidatíssimo à Presidência em 2018.

Lula, novo marombeiro do pedaço – conforme vídeo divulgado por sua assessoria – saiu da academia para malhar (verbalmente) a imprensa que denuncia malfeitos do governo e as indícios de irregularidades envolvendo seu nome.

O Lula malhador tornou-se exemplo para o Brasil dois dias antes de o blog revelar pesquisa inédita do Ministério do Esporte, a ser divulgada até Julho: no País dos Jogos 2016, metade da população é sedentária. Mas só isso.

Fato é que o Lula de hoje, que posa de vítima, há anos não conhece um assento de voo comercial, passou a almoçar e jantar com banqueiros e empresários, e se esquece do quanto a imprensa – que hoje ataca – o ajudou a ascender, com a criação do Partido dos Trabalhadores.

Lula se esquece – ou faz de conta – de como Carlos Lemos, ‘o Chefe’, diretor de redação do Jornal do Brasil, o ajudou durante a ditadura. Como no episódio em que convenceu o chefe da Polícia Romeu Tuma a liberá-lo da cadeia para o enterro da mãe dona Lindu. De como dezenas de conhecidos jornalistas, alguns até hoje simpatizantes, mantiveram o PT na mídia e deram holofotes ao ‘Barba’ para que o partido amadurecesse – o País, idem.

A mesma imprensa que Lula ataca hoje como ‘golpista’ denunciou malfeitos e irregularidades de governos e mandatários, seus opositores, nas esferas estaduais e federal nas décadas em que Lula e o PT eram oposição. O que mudou foi o partido, mudou a sua estrela. A imprensa continua a mesma – apuradora, crítica, a lupa da sociedade. A posição de Lula e seu séquito é a melhor personificação da frase de Miro Teixeira: ‘político não gosta de notícia, gosta de Poder’.

Lula fez um bom governo, pelo seu esforço, suas estratégias de sucesso pela governabilidade – que renderam o preço da corrupção, vê-se agora – e com ajuda do cenário internacional favorável para a economia. Está bem de saúde, recuperou-se do câncer na laringe. Interpela criminalmente este repórter por notícia veiculada aqui, de que foi acometido com reincidência de câncer em órgão vital, descoberto e neutralizado a tempo com forte (e cara) medicação importada, que evitou a quimioterapia – monitorado em incursões ao Sírio-Libanês em esporádicas madrugadas para check-up (aqui a íntegra , matéria original sem distorções). Qualquer notícia além disso, de que está doente ou morrendo, é invenção de sites e blogs mal intencionados.

O petista está bem graças ao acompanhamento periódico e exigente dos seus médicos. E também ao seu credo e superstição. Do contrário não chamaria a cada 40 dias a São Paulo o famoso médium João de Deus, para tratamento espiritual. O curandeiro encontra-se com Lula no apartamento de um médico na capital, onde ocorrem as sessões (não incisivas).

Um detalhe, quando da divulgação do vídeo da malhação semana passada: a Folha de S.Paulo, em matéria de Marina Dias, foi o único jornal que fez alusão do vídeo como resposta à notícia sobre o câncer no blog, embora o Instituto Lula tenha deixado claro que não era provocação a ninguém. Faltou à reportagem perguntar, por exemplo, por que Lula divulgou o vídeo justo no dia em que o ex-presidente FHC foi parar no Sírio para exames no coração, após mal-estar, como adiantou este blog.


Na onda de Lula, embaixador ataca imprensa
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Leandro Mazzini

Alguns embaixadores decidiram entrar na onda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de culpar os meios de comunicação pelo desgoverno em alguns temas.

O embaixador Paulo Roberto Tarrisse da Fontoura atacou a imprensa no 1º Simpósio sobre Segurança Regional Europa – América do Sul, na última quinta (23). Segundo Fontoura, essa história de o Brasil querer assento no Conselho de Segurança da ONU é o exemplo da mentira dita cem vezes que se torna verdade.

Para Fontoura, o governo quer é reforma que torne o sistema ONU moderno e condizente com a atualidade. ‘O Brasil não busca uma candidatura, mas um novo modelo’.

Ainda de acordo com o embaixador, outros atores como os países ricos da OTAN vão ocupar o espaço cada vez maior nas decisões da ONU.


Com tiros e pedras, jornalistas sofrem atentados em série na Venezuela
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Leandro Mazzini

A situação continua tão tensa para a imprensa na Venezuela, na onda de protestos populares contra o governo, que até repórter de TV simpatizante do presidente Nicolas Maduro foi atacado na rua. O cinegrafista de TV estatal Jilfredo Alejandro Barradas foi ferido a balas num protesto.

Os jornalistas venezuelanos e estrangeiros sofreram ataques e atentados nos últimos dias, relata a ONG Repórteres Sem Fronteiras.

Karen Méndez, do El Comercio, do Peru, foi atacada a tiros (!). María Iginia, da Globovisión, foi agredida a pedradas. Um grupo de black blocs atacou com bombas a sede da VTV. A polícia Madurista incrementa os números: prendeu Rafael Hernández (Revista Exceso) e o blogueiro independente Ángel Matute enquanto apenas cobriam as manifestações.

A jornalista brasileira Elianah Jorge, que vive em Carancas, traz detalhes para a Coluna de como a onda de protestos começou no País:  “As manifestações começaram no estado Táchira, mo noroeste, quando estudantes se mobilizaram com a tentativa de estupro de uma aluna da Universidade de Los Andes. Eles protestavam basicamente contra a insegurança que, há anos, reina no país”.

Elianah conta que o movimento tomou as ruas da capital a partir da violência policial contra pequeno grupo de oito estudantes, “presos e levados a presídios em outro estado sem qualquer julgamento prévio. Até mesmo os presidiários manifestaram alegando que os estudantes eram inocentes”.

A partir da divulgação destas prisões arbitrárias da polícia do estado, aliada do presidente Maduro, os protestos se espalharam pela Venezuela e as ruas foram tomadas por multidão que reclamava da repressão policial e expôs também insatisfação contra o governo.

“Desde outubro, já havia um descontentamento da população pelos altos preços que posicionam o país com a mais alta inflação do Continente (56,8% a acumulada de 2013). Os protestos sao (ou eram) movidos basicamente por estudantes, mas a repressão está fazendo com que outros grupos da sociedade se somem”.

IMPRENSA 

Além da situação dos venezuelanos, que convivem com altos preços devido à inflação e restrição cambial, a jornalista brasileira também relata a situação delicada da imprensa venezuelana, que transfigura a insegurança – chegou ao aperto contábil, estratégia do governo Maduro.

“A imprensa local não tem papel para imprimir jornais porque o governo não libera os dólares preferenciais (cotados a 6,30 bolívares. O dólar no paralelo está hoje cotado em cerca de 85 bolívares)”.

Anteriormente opositor, o maior canal de TV, a Globovisión, foi vendida há dois anos para empresários simpatizantes do governo, restando poucas emissoras pequenas independentes.

O presidente Maduro avisou pelos canais oficiais que vai radicalizar a repressão aos manifestantes nas ruas caso a onda continue nas ruas.

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‘Leis de Informação’ aprovadas na América Latina deixam imprensa em alerta
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Leandro Mazzini

Sucessivas leis aprovadas em países de governos populistas do Caribe e América do Sul preocupam jornais de todo o mundo. Elas preveem penas de censura ou prisão a jornalistas, ditadas por ‘conselhos’ de notáveis, e apareceram na chamada ‘regulamentação da mídia’.

Costa Rica, Guatemala, Venezuela, Bolívia, Equador e Argentina já têm ou buscam as suas. No Congresso, os grupos de trabalho parlamentar ganharam forças em recentes pacotes de leis. PCdoB e PT são os partidos que desejam a revisão dos meios de comunicação.

Em todos os casos citados, há uma similaridade ao proposto no Brasil: um debate político-partidário, e não amplamente social.

Recentemente, o Congresso costa-riquenho aprovou lei de mídia que previa prisão de um a seis anos para repórter que denunciasse ‘Segredos de Estado’. Pressionado pelo povo, recuou há duas semanas.

Segundo a ONG Repórteres Sem Fronteira, o Brasil é vice-líder no rank mundial de jornalistas assassinados em 2013. Perde para Síria e Irã, empatados. Com tiros de borrachas em repórteres, a PM vai tentando ajudar.

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REZA FORTE

Henrique Alves, presidente da Câmara, desabafou há semanas sobre sucessivos casos-dor-de-cabeça: ‘Não é possível, preciso me benzer no Senhor do Bonfim (na Igreja). É Natan (Donadon), é índio, é Feliciano..’. O vice, André Vargas (PT-PR), emendou: ‘Então tem que ir os 513 deputados’. Dias depois vieram os protestos nas ruas.

SENADO.CC

Alguns servidores estão revoltados com a divulgação de seus nomes e salários, em site com lista elaborado por internauta anônimo, o http://senado.cc . Argumentam que, concursados, fazem por merecê-los e não querem ser bodes expiatórios.

PORTA A PORTA

Decidido a tentar a reeleição, como revelou o jornalista Eduardo Brito, o senador Gim Argello (PTB-DF) não perdeu tempo. Mandou distribuir 800 mil folhetos com seus feitos, um por casa, casa por casa, nas cidades satélites do DF.

LIMUSINE AÉREA

O jato C99 que transportou Renan Calheiros e esposa, e Henrique Alves e família, tem capacidade para 50 passageiros. A FAB tem jatos menores, de até oito assentos.

APADRINHADO

Apadrinhado pelo governador Tarso Genro (RS) e José Eduardo Cardozo (Justiça), o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) tentará a presidência do PT contra Rui Falcão.

DO JALECO AO GABINETE

Em troca de e-mails do diretor do Instituto Nacional do Câncer, Luiz Santini, com corpo clínico, vê-se a insatisfação dos médicos com o plano do Inca para o novo campus, por beneficiar, segundos médicos, alguns setores que têm maior interlocução com a direção. Santini, em e-mail, disse que aguarda posição do corpo clínico com sugestões. Mas a resposta pode ser perigosa. Nos bastidores dos jalecos, corre que o grupo faz gestões para emplacar como diretor-geral os doutores José Humberto ou Roberto Gil.

REDE DE PRESSÃO

Na Sexta, o Movimento pela Prisão dos Mensaleiros e Outros Corruptos tinha 1.948 assinaturas no Facebook na petição online. A ser entregue ao ‘Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Presidente do Egrégio Supremo Tribunal Federal’ (ufa!).

MESADA GOVERNISTA

Denúncia de um jornal do Maranhão traz um ‘mensalão’ do governo do Estado para 41 ex-prefeitos e candidatos derrotados na última eleição. Recebem R$ 5,8 mil por mês para participar de reunião mensal do Conselhão de Roseana Sarney. Os conselhos estão dando tão certo que o governo resolveu abrir mais 156 cargos. Atualmente, o gasto mensal é de R$ 1,2 milhão com os ‘intelectuais’.

PONTO FINAL 

Transparência no Congresso: seu dinheiro voa!


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