Coluna Esplanada

Arquivo : jogo do bicho

Planalto nega MP para liberação dos jogos
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

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É cautela na jogada (política).

Surgiu em Londres o boato de que a presidente Dilma Rousseff já tem uma Medida Provisória para legalizar os bingos, cassinos e o Bicho, a fim de não esperar a tramitação do projeto de lei no Congresso e acelerar a arrecadação.

Assessores do Planalto negam. Londres sedia a maior feira de jogos do mundo, e há comitiva de 50 brasileiros do setor por lá.

A presidente Dilma quer ir devagar, e prefere que a lei saia afinada do Congresso para sancioná-la. Mas, evidentemente, todos no Governo esperam isso para este ano.

Se vingasse a ideia da MP, especialistas do setor apontam que a arrecadação de impostos em cima do Bicho seria imediata (este jogo pode render até R$ 4 bilhões/ano, nos cálculos da turma); e em dois meses o País já teria reaberto dezenas de casas de bingo (fechadas por decreto em 2003 no Governo Lula). Os cassinos deverão ser autorizados em resorts.

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Entidades religiosas iniciam ofensiva contra legalização dos jogos
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Leandro Mazzini

Foto: Ag. Senado

Foto: Ag. Senado

Aposta alta do Governo para elevar a arrecadação em tempos de crise econômica, a legalização dos jogos, que avança no Senado – e devagar na Câmara – pode esbarrar num bloqueio de entidades contrárias ao setor, que iniciam batalha regimental.

Provocado pela entidade católica ProVida DF, o senador evangélico Magno Malta (PR-ES) vai apresentar recurso à Mesa do Senado em fevereiro na tentativa de travar o PLS 186/14, que autoriza a volta de bingos e cassinos, e oficializa o jogo do bicho no Brasil.

O projeto em tramitação é terminativo em comissões. Malta quer avaliação em plenário. Caso consiga dez assinaturas de colegas, o projeto vai a plenário. Pelo contrário, a proposta segue para a Câmara e será apensada a outras em análise na comissão especial dos deputados.

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Projeto da reativação de bingos e cassinos volta forte ao Congresso
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Leandro Mazzini

Pelo projeto, cassinos seriam permitidos em resorts no País. Foto extraída do mauoscar.com

Pelo projeto, cassinos seriam permitidos em resorts no País. Foto extraída do mauoscar.com

Entrou como grande aposta de avanço na pauta do Senado o PLS 186/14, o ‘Projeto do Jogo’, de autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI), amigo de donos de bingos. Apresentada em maio passado, a proposta reativa os bingos e cassinos no Brasil e, embora seja tema polêmico e não consensual entre bancadas, ganhou forte apoio político nos últimos meses.

O PLS tramita na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, e chegou ao senador Anastasia dia 18 de março após desistência do senador Benedito de Lira (PP-AL), alvo de inquérito no STF na Operação Lava Jato. Mas a relatoria já foi devolvida para o presidente da Comissão, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Desde o fechamento das casas de bingos, em 2003. A nova proposta abrange a legalização dos jogos de azar e inclui o Jogo do Bicho, os bingos, os caça-níqueis, a abertura de cassinos em resorts e os sites de apostas.

O ministro do Turismo, Vinícius Lages, é a favor. No texto do PLS, as disposições preliminares justificam a importância das casas de jogos ‘em reconhecimento ao seu valor histórico-cultural e à sua finalidade social para o País’.

O discurso na Câmara e Senado é de que, se bem regulamentados e fiscalizados, os bingos e cassinos poderiam render R$ 18 bilhões em tributos para o Tesouro, por ano. Em tempos de recessão na economia, aperto fiscal e tentativa de aumentar caixa para a União, seria uma boa alternativa para o Governo, apostam os defensores do projeto.

TRAMITAÇÃO

O PLS é terminativo (não vai a plenário) e terá sua decisão conclusiva na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, mas antes passará, além da Comissão de Turismo, pelas comissões de Ciência & Tecnologia e de Assuntos Econômicos (CAE). Estima-se que os principais embates de prós e contras sejam na CAE e na CCJ.


‘Bancada cristã de Cunha’ já listou projetos que pretende barrar
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Leandro Mazzini

A forte bancada cristã (evangélicos, católicos) – mais de 300 deputados – já fez uma lista proibida para a pauta deste ano. Estão de olho em dois itens da lista de votações, sobre casamento gay e jogos ilegais.

A turma da fé quer barrar votação do PL 580/07, sobre contrato civil da união homoafetiva, e o PL 442/91, que legaliza o Jogo do Bicho.

Um artigo do PL 7633/14, de Jean Willys (PSOL-RJ) causa confusão, porque cita a permissão de aborto logo no primeiro artigo sobre parto humanizado:

“Art. 1º – Toda gestante tem direito à assistência humanizada durante a gestação,pré-parto, parto e puerpério, incluindo-se o abortamento, seja este espontâneo ouprovocado, na rede de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e emestabelecimento privado de saúde suplementar”.

Apesar dos casos já previstos em lei, o texto, como está, segundo deputados, libera a prática do aborto.


Jogos ilegais renderiam R$ 20 bi por ano ao Tesouro se oficializados
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Leandro Mazzini

Dados de anos de pesquisa do Instituto Jogo Legal, destacados pelo jornalista Magnho José, editor do Boletim Notícias Lotéricas, mostram que se o Brasil legalizasse o Jogo do Bicho, e autorizasse a volta dos bingos e cassinos, o País arrecadaria R$ 20 bilhões por ano em tributos.

A maioria dos países da América do Sul e Latina têm cassinos e bingos. Os cassinos já não funcionam mais no Brasil desde 1946, porque eram ‘contra os princípios morais’, mas tiveram sua era de ouro entre 1934 e 46.

O ex-presidente Lula proibiu os bingos no País em 2004, através de Medida Provisória, por suspeita de lavagem de dinheiro.


Novo Código Penal é generoso com jogo do bicho
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Leandro Mazzini

O novo Código Penal (PLS 236/12), cujo parecer é do senador Vital do Rego (PMDB-PB), é um ‘morde e assopra’ em relação ao jogo do bicho, que deixará de figurar com contravenção penal.

O Artigo 267, sobre a proibição de explorar jogos de azar e o jogo do bicho, prevê pena de prisão de um a três anos para o apontador ou envolvidos. Mas determina que o juiz, ao julgar caso a caso, pode aliviar a pena (como prestação de serviços comunitários) diante de bons ou nenhum antecedente do flagrado.

HOMOFOBIA

No parecer sobre o novo Código Penal que será analisado hoje na CCJ do Senado, o PLS 236/12 define ‘o crime de veiculação de informações que induzam ou incitem a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional’.


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